quarta-feira, 28 de maio de 2014

Como lidar com sentimento de culpa? (pte.2) - Mateus 26:58

Aos olhos de Deus, o pecado foi aniquilado na cruz, conforme o texto aos Hebreus. Os pecados que faziam separação entre nós e Deus, foram removidos. Por isso, e só por isso, todo aquele que invocar o nome de nosso Senhor, será salvo.
Ora, essa Salvação não é apenas um passaporte para a eternidade, mas sobretudo, é uma certidão de libertação da culpa, da vergonha e do medo. Inclusive, o medo da morte.

É sem culpa que nós temos que tratar nossos pecados. Pois com a "culpa" apenas aumentaremos e os fixaremos mais profundamente em nós.
É necessário não ter pecado para começar a pecar cada vez menos. Somente aquEle para quem toda condenação já fora cancelada, é que pode começar a andar de modo a não se condenar tanto, e assim, pecar menos. Pois a condenação apenas nos faz pecar mais e mais!

Santidade é o estado de todo pecador que vive sem culpa, por que creu na Graça, que é maior que a árvore do conhecimento do bem e do mal.
Os que assim creem, desistiram da árvore do bem e do mal, exatamente no momento em que admitiram que a Salvação é pela fé.
Inverte-se a ordem!
Não é conhecimento que gera a fé.
É a fé que gera um conhecimento (em fé, pela Graça), que se entende como sendo "Graça". Do próprio eu (ego), vem pelo auto-desenvolvimento, de Deus, vem do desenvolvimento do alto. Isso muda tudo. Aqui está a esperança para se crescer para além das neuroses, mesmo sendo um caminho estreito e poucos acertam com ele.
Ele é estreito para o "conhecimento", mas largo para a "fé". E isso é para quem crê.
Quem crê não será confundido jamais.

Como lidar com sentimento de culpa? (pte.1) - Mateus 26:58

A culpa está na essência humana.
Foi a força que moveu a humanidade. Culpa. Ela advém da primeira transgressão, Adão.
Uma coisa é conhecer a Lei: "da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás", outra coisa é saber de sua transgressão: "se dela comer, certamente morrerás" (Gênesis 2:17).
O conhecimento não gerou culpa, nem medo. Mas quando o fruto foi comido, despertou até sentido estético - o fruto era vistoso, bonito de se ver - liberou a ambição em tê-lo, ou seja, ser como Deus: conhecer o bem e o mal. Mas eles já conheciam o "bem" e o "mal". Tinham é que passar pela "experiência". Experimentar. 

Só há Lei porque tem quem a ultrapasse. E somente quem a ultrapassa, conhece a Lei. Porque a Lei só se faz conhecer através da "culpa" e do "medo". E dessa "culpa" e "medo" é que derivam todas as doenças psicossomáticas, as neuroses humanas.
A culpa se expressou primeiro pela negação: "Vendo que estavam nus fizeram para si coberturas, cintas de folhas de figueira" (Gênesis 3:7). O "bem" virou mal, e o "mal" virou bem. Até hoje em dia.
Sentimos culpa de quase tudo: Culpa por ter nascido, gostar do que não se deve, amar quem não se pode, amar e não ser correspondido, não ser capaz de amar, não ser o que um dia desejou, não ser compreendido, ter gerado filhos e não tê-los gerado também, não controlar o seu destino, por ter e por não ter, culpa por ter sucesso e por não ter também, culpa por ser feliz e infeliz, não alcançar (suas) expectativas, culpa pela cobiça, pelo poder, pela fraqueza e incompetência, orgulho, falência e... do ser, simplesmente.
Chego á conclusão que a culpa e o medo são a antítese da Graça e a paz. 

A psicanálise identifica a neurose. Ok. Mas é somente quando tomamos consciência de que Jesus se fez pecado, se fez culpa e se fez pecado por nós é que tomamos o caminho da total libertação dessa "culpa". E, no momento que se liberta dessa culpa, em Cristo, caminhamos em direção a "paz" tão buscada.
A culpa só é sanada em Cristo.
Deus aceitou como consumado tudo o que o homem lhe devia. Portanto, Deus é o 1º "crente": acreditou no sacrifício do cordeiro, Cristo. Aceitou a todos nós, que vamos á Ele por intermédio de Cristo. E se você acredita nisso, começará a entrar na "paz".

(leia a continuação)