sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Viver como gente grande (pte.1) - Lucas 24:13-35

Gosto muito dessa Palavra. É o sair da infância para a maturidade, deixar de ser gente pequena para ser gente grande, e é disso que eu quero falar.
Quando Deus diz a Moisés que não faça nenhuma escultura sobre quem é Deus, é porque o homem não seria, em tempo algum, capaz de definir quem Deus é, porque iriam reduzir Deus a algo que conheciam ou imaginavam - e isso nem chegaria perto do que Deus realmente é.
Algumas palavras tentam: "criador", "libertador", "rei", "justo juiz", "general dos exércitos", "pastor", "Pai", entre tantas. Ainda assim, não o define. 
Se alguém define Deus como "general dos exércitos" é porque ela divide o mundo entre ela e os inimigos. Ela está em guerra! É cabeça de gente guerreira.
Tem gente que define Deus como "juiz", pois Ele dirá o que é certo ou errado. Essa pessoa tem dificuldade em desfrutar da misericórdia, da compaixão de Deus. 

O problema é qual a "imagem" de Deus (se juiz, Pai, misericordioso, general, libertador, criador, rei, etc.) vai ocupar o seu coração e com qual dessas "imagens" você vai desenvolver relacionamento com Ele.
Aquilo que cremos em relação a Deus, determina as expectativas que serão desenvolvidas. 

No texto, os 2 discípulos estavam indo embora de Jerusalém, decepcionados. Responderam a Jesus, que ao chegar perto não fora reconhecido pois Deus fechou seus olhos, ao serem perguntados porque estavam tristes: "Você é o único a não saber?" E no V.21, dizem: "Nós esperávamos que Ele restaurasse a glória de Israel!".
O que eu penso sobre Deus determina o que eu espero que Deus faça!
Esses homens estavam equivocados a respeito de Jesus, pensavam que era como o rei Davi que conduziria o conflito contra a opressão de Roma e Israel sairia vitorioso, recuperando sua condição de nação. Afinal, era o Messias! Isso mostra porque seus olhos estavam obscurecidos. 
A ideia que faziam de Jesus estava equivocada - daí entendemos porque Deus não permitiu que vissem a Jesus, porque se eles o vissem no caminho de Emaús, diriam: "Ah, sim! É agora que o Senhor vai restaurar a glória de Israel!". Esse não era o propósito.
Deus cegou os olhos dos discípulos e não reconheceram a Jesus, até que entendessem.
Então, Jesus tem a oportunidade de dizer: "Como demoram a entender tudo o que os profetas falaram, não devia o Cristo sofrer para entrar em sua glória?" (Lucas 24:25,26). Depois de explicar-lhes as Escrituras, o coração deles aqueceu, diziam, enquanto Jesus falava. Começaram a entender: "Era isso? Agora entendo o que o Messias vinha fazer, agora faz sentido!"
Seus olhos se abriram.
Tinham uma visão errada do Messias e de Deus. Mas agora, os vêem.
Interessante, é que agora olham para Jesus, o vêem corretamente, e é outro Jesus. 
Jesus mudou? Não. 
A percepção deles sobre o Messias mudou, agora podem se relacionar com esse Messias e reajustar suas expectativas em relação ao Messias. 

Esse mesmo processo tem acontecido conosco. Consegue abraçar todo significado (início do texto). A Bíblia nos leva á pessoa de Jesus, que é a imagem do Deus invisível porque nEle habita a plenitude da divindade (Colossenses 1:15 e 2:9). 

Quer saber quem é Deus? Olhe para Jesus.
Em Jesus vemos quem é Deus e como o homem deve ser.

(leia a continuação)