terça-feira, 29 de julho de 2014

Joio e trigo - Mateus 13:24-43

O mundo está cheio de trigo, mas o joio é quem dá as cartas. Há muito trigo, porém é discreto. Não fala alto, não tem nenhum projeto além de ser 'pão', sem ambição, sem pretensão de viver, não sem antes, ter que morrer. 

O joio tem chão, tem cara de trigo, mas não dá fruto nem se torna pão. Justamente pela semelhança, não quer morrer, pois ambiciona apenas existir como 'clone' de quem dá fruto: o trigo. Não entendeu o propósito que Deus deu ao trigo. 

O trigo dá fruto depois que morre.
O joio não quer morrer - seu único fruto é a própria existência. Só tem sua própria imagem, que confunde os que são, com os que não são.
O trigo é forte como naqueles dias que estamos fracos.
O joio é forte como aquele que só tem a si mesmo, por achar que tudo é pela força. Mais nada além de si. 

Porém, os dias são maus. O trigo tem que viver com ousadia, coragem, pois Deus não deu ao trigo um espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação (II Timóteo 1:7). 

O joio está na força da corrupção, das máscaras, das aparências, das imagens, do poder de controlar e, sobretudo, da hipocrisia. O joio quer "parecer" e "aparecer".
O trigo precisa combater, através do fruto, não tendo medo de morrer. Se não morrer, ele fica só. Morrendo, produz muitos frutos.
Nenhum fruto é maior que viver no poder, amor e moderação, e sem covardia.

O pão da vida convida os trigos a se oferecerem à morte, mediante a entrega e confiança, de que produzam fruto e assim, deem ao mundo a oportunidade de saber que, nem tudo que reluz é ouro. Nem tudo que parece trigo, é trigo. Que tudo o que é trigo, dá pão (fruto), embora haja trigos que mesmo sendo trigo, não dão fruto (pão).
Jesus ainda nos diz que não é para acabar com o joio (já que este é um trabalho para os anjos, mas ajudar o trigo a morrer, dando assim, muito fruto. 

O joio tentará substituir:
- amor por poder;
- bondade por instituições de ajuda;
- boa vontade por política;
- misericórdia por ideologia;
- amor ao próximo por serviço religioso (e momentâneo);
- adoração por show;
- pregação da Palavra por sedução ou magia;
e todo a corrupção contra a verdade, o amor e a fé. 

Para os trigos, Deus diz: 
"Não foram vocês que me escolheram, mas Eu os escolhi, para irem e darem fruto, e fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome" (João 15:16)

NEle, que nos chamou para sermos não mais servos, mas amigos,


Graça e Paz!
Obs.: homenagem a um amigo, mais chegado que um irmão, Spilla.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Servo, ovelha - Filipenses 2:5-8

Quebrantamento é humilhar-se diante de Deus, é reconhecer a dependência de Deus para tudo, principalmente, viver uma vida que expresse Sua imagem, não porque saibam através da nossa boca, quem vive em nós, mas pelo exemplo dado: "Sem mim, nada podeis fazer" (João 15:5)
Uma ovelha na fé cristã, tem essa consciência. 

A princípio parece mais 'fraqueza' que 'liderança'. Pois aprendemos neste mundo que ser 'independente' - ter suas coisas, ganhar seu próprio dinheiro, não amar mas ser amado, fazer o que quer e quando quiser - é o correto. Porém, só faz esse tipo de comentário quem não entendeu a natureza do que é 'ovelha' na fé cristã. 

As Escrituras ensinam que houve uma rebelião no Universo, e que um dos três arcanjos, criados por Deus, rebelou-se e arrastou, seduzindo, a raça humana para dentro da insurreição, nos tornando então, prisioneiros desta criatura. Mas o Eterno veio nos resgatar por meio de um, da Trindade que, esvaziando-se do estado de glória que vivia, se fez humano e entregou-se, voluntariamente, para morrer em nosso lugar. 

Se você teve a mesma revelação do Espírito que Pedro, que "Jesus é Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mateus 16:16), somos então os que reconhecem o seu sacrifício, os que se renderam a Ele. Aqueles que voltaram da grande rebelião para o amor de Deus, através de Cristo, para sermos submissos e o adorarmos. Porque a um Deus, ou você reconhece e o adora ou você não o reconhece como Deus. Não tem meio termo. 

Então, nosso maior desafio é não apenas reaprender a viver (apenas para si mesmo), mas aprender a conviver (viver com o outro) sabendo que a vida é uma dádiva, tanto o viver quanto o depender de Deus. 

Temos que nos permitir ser conduzidos pelo caminho da submissão e obediência, a quem nos criou. A partir disso, o quebrantamento será um estilo de vida, porque é nessa estrada que as ovelhas de Cristo tem que passar.


Fique na Graça e na paz, do Senhor!

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Entre o cinismo e a aceitação - João 21:15~17 (pte.final)

Então, Pedro descobre que não é perfeito. Melhor, descobre que Jesus ainda o ama. Jesus aceita o meu 'fileo', não exige o meu 'ágape'. Mas há um detalhe aqui.
Porque Jesus aceita o 'fileo' de Pedro?
Porque Pedro viu que ele mesmo não era perfeito. Não era capaz de amar á perfeição, mas também, que Pedro sentia muito o não ser perfeito. Por mais que quisesse. Sabe o que é, assume que não consegue, mas não deixa de perseguir o alvo.
Tem muita gente que ao perceber que não é perfeito, nem conseguirá ser, se entrega, desiste, não faz nada para mudar: "Casou comigo assim, você sabia". Ok, mas não vai mudar nunca? Nem tentar melhorar? As pessoas podem crescer, melhorar, vencer os medos, se amar (não ficar no papel de vítima), amar o próximo, ter vergonha na cara, sensibilidade, se arrepender, amadurecer, ser curado. Tentar. Não podemos nos entregar á imperfeição e fazer disso a razão para uma vida porca e suja. Isso é gente cínica. Deus não gosta de "perfeitinhos", como vimos, mas também, gente cínica, o oposto, não dá.
- "Márcio, tu me amas?"
- "Que é isso, Jesus! A carne é fraca. Vai perdoando aí, 70x7..." 

Você está brincando? Desdenhando do amor de Deus por você? Fazendo pouco caso da Graça? 

A Graça de Deus, a pré-disposição de Deus amar, não é licença para termos uma vida cínica. Não temos uma vida perfeita, mas também não somos cínicos. Temos que aprender a andar com Deus, nesse amor, onde jamais conseguirei ser perfeito, acompanhada de uma profunda tristeza em dizer para Jesus que eu não consigo amar "ágape", mas apenas o amor "fileo". Arrependimento.
Fico a pensar se não é essa tristeza que falta aos olhos das pessoas, essa consciência do erro, que Pedro sentiu. Lamento pelo erro, não é arrependimento.
Arrependimento vem acompanhado de uma profunda vergonha e busca aos pés da cruz (leia: http://marcioneves67.blogspot.com.br/2012/04/remorso-ou-arrependimento-tristeza.html?showComment=1405089263927#c6393031213027008662). 
É justamente o que os pais de hoje em dia não fazem aos seus filhos: dizer o quanto foram magoados com a atitude dos filhos, em seguida, olhar dentro dos seus olhos e esperar 1 minuto. Caso contrário, não será gerado arrependimento.
Mais ou menos como a parábola do Fariseu e o Publicano. Enquanto um batia no peito pelo orgulho, o outro nem levantava os olhos, tamanha a vergonha.
Há domingo que tenho vergonha de ir á igreja. O grande perigo é ser cínico e deixar de ajoelhar, orar, buscar a face de Deus e se arrepender dos maus caminhos. Deixar de me transformar, aceitando aquilo que sou.
O dia que alguém achar que pode entrar na presença de Deus sem sentir vergonha, está perdido. Não estarão na presença de Deus os cínicos nem os presunçosos.
- "Você me ágape?"
- "Não, Senhor. Eu te fileo, o Senhor sabe que eu só te fileo".
Quando, após essa pergunta, escorrer uma lágrima, e você abaixar a cabeça de vergonha, Deus verá essa lágrima e dirá: "Você não é presunçoso, nem cínico. Vem aqui, deixa eu te dar um abraço. Me ajuda a cuidar das minhas ovelhas? Você é dos meus!" 

É isso que Deus espera de nós: nem a presunção dos religiosos 'perfeitos', nem cinismo dos que se escondem atrás da errada noção da Graça de Deus. 

Senhor, Tu sabe o meu tamanho. E hoje, eu também sei o meu tamanho. Sem sua Graça, nada sou. descobri que só posso, só sou e só consigo, debaixo da Tua mão. Tudo posso naquEle que me fortalece, soprado pelo Teu Espírito. Humilhado, ajoelhado e prostrado, dizendo que sem Ti nada sou. Não estou mais iludido a respeito de mim mesmo, nem sinto medo em dizer que nada sou. 

Meu conselho é segura na mão de Deus e vai, meu irmão! Se largar, você cairá numa vida cínica, sentirá culpa e tentará provar que tem uma vida perfeita, que não tem.
Eu dependo de Ti, Senhor. 

Naquele que temos todo o amor mas ainda não o entendemos.



Graça e Paz!

Entre o cinismo e a aceitação - João 21:15~17 (pte.2)

Não precisamos ser perfeitos e amar á perfeição para que Deus nos ame.
- "Márcio, você me ama ágape?"
- "Não, Senhor. Eu só consigo amar fileo. Não consigo nem perdoar, nem recusar dinheiro de fonte ilícita, como vou dizer que morro por Jesus? Não consigo".  

Eu sei que o Senhor me socorre, me ouve. Mas quando é para oferecer a outra face... Quando me pedem a capa, tem que dar também a túnica? Não dá, não consigo. Não consigo gastar menos para poder doar mais. Cuidar da minha saúde. Conversar mais com meus filhos. Se eu morreria pelo Senhor? O Senhor sabe que não.
E ao ouvir isso, Jesus dirá: "Tudo bem. Vem comigo, vou usar sua vida para trabalhar para mim. Você é dos meus!". 

Qualquer um diria: "Pedro é uma cilada, além de não te amar como deveria, tem cara de pau de dizer e o Senhor ainda o chama para os seus?".
Então, Jesus diria: "Você não entendeu nada. Mas Pedro, sim, entendeu".
E porque Pedro entendeu? Porque Pedro sabia que o seu amor por Jesus era imperfeito. E a partir disso, iniciaria sua transformação. 

- "Pedro, tu me amas ágape(ou seja, á perfeição, do mesmo jeito que eu te amo)?" 
- "Não, Senhor. Lamento, eu até acreditei, mas não te amo assim e o Senhor sabe".  

Finalmente Pedro chegou aonde Jesus queria. Jesus jamais acreditou que Pedro o amava nem o amaria do jeito que ele dissera. 
O problema é que Pedro, não sabia disso, e se achava perfeito, suficiente, capaz de viver a altura do padrão da perfeição do Filho de Deus.
Esse é o perigo do farisaísmo (moralista): gente que acredita ser perfeito. Pedro não se iludiu, reconheceu. Por isso "apascenta minhas ovelhas". 

Se foi criado numa família ou igreja que te ensinou a ser perfeito no falar, no vestir, programado para ter uma vida perfeita, uma carreira perfeita, um salário perfeito, um casamento perfeito, filhos perfeitos, desculpe, mas desconfio que você viva num 'inferno'.
Porque você não é perfeito!
E vive desesperadamente buscando perfeição, frustrado e se frustrando, se culpando, porque o inimigo colocou na sua mente que, para que Deus te ame e para que as pessoas te amem, você tem que ser perfeito. Tenta, mas vive nesse ciclo, neurótico, se culpa e se frustra. 

Você não foi um filho perfeito, nem mãe ou pai perfeito. Deus nunca pensou que você pudesse ser perfeito. Ouço pessoas posando de 'santo': "Olha, eu sei que Deus me perdoou. Mas eu não me perdôo!".
Simples: se você não se perdoa, porque não admite que não é perfeito.
"O que fiz de errado para ele(a) me abandonar?" - Nada. Só não há ninguém perfeito. Não há quem atenda nossas expectativas, nem governo, nem esposa ou marido, filhos, nem Deus é perfeito para nós: Ele demora, não me atende, não dá o que eu quero.

(leia a continuação)

Entre o cinismo e a aceitação - João 21:15~17 (pte.1)

Pedro nos mostra ser uma pessoa pouco preocupada com a opinião alheia, não se intimidava. Era intenso, sempre sobressaía. Exagerado e líder nato. Pedro é o primeiro a perceber a manifestação divina em Jesus (assim como em Isaías 6:5). Um pecador diante do Santo. Teve a revelação do Espírito que temos hoje: "Tu és o Filho do Deus vivo".
Somos humilhados pela presença divina, invadidos por alegria e pânico. Afinal, a Palavra de Deus ao se manifestar a alguém sempre diz: "Não temas!". Pedro teve essa experiência.
Pedro diz que morreria por Jesus, mas o negou 3 vezes. E ao tomar consciência da negação caiu num pranto desesperado.
No domingo da ressurreição, as mulheres avisaram aos discípulos, que estavam escondidos, para encontrar Jesus na praia. Pedro não sabe se vai, afinal o tinha negado. Então, Maria Madalena diz: "Pedro, Ele o está esperando!" (Marcos 16:7).
E do outro lado da margem do rio, após Pedro nadar até lá, conversaram. Agora, imagine: após negar 3 vezes a Jesus, Pedro é indagado 3 vezes.
Enquanto Pedro, envergonhado, se pergunta: "Como pude fazer isso?", justamente a pessoa que machucou, pergunta: "Você me ama?". É difícil.
Jesus está substituindo a memória da negação por outra memória de amor. O amor substituiu a traição. 

No grego aprendemos que há tipos de amor.
Há o amor EROS (erótico, homem e mulher, sexo, egoísta, quer para si, sofre, mata por amor). 
Há o amor FILEO (amigos, empatia, afinidade, prazer na companhia: amamos os amigos sem fazer força). 
E existe o amor ÁGAPE (divino, puro, de Deus; morre por você, se doa, se sacrifica, perdoa 70x7, respeita. Sofre pelo outro).
Tudo isso é para explicar que Pedro ama Jesus 'fileo'. E apesar de dizer, não consegue amar a Jesus 'ágape'. 
Se essa conversa fosse há um ano, Pedro teria dito: "Claro que te amo ágape, Senhor! Eu morro por Ti!". Sabemos o que aconteceu quando o galo cantou. 
Foi somente aqui que Pedro, depois que negou a Jesus 3 vezes, soube que só conseguia amar "fileo". Só damos aquilo que temos, não podemos dar aquilo que não temos.

(leia a continuação)

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Mens sana in corpore sano - Efésios 4:17 (pte.2)

O que agride o Espírito Santo não é o que eu fiz, no campo da moralidade. Mas sim, o que eu faço no campo da mentalidade. Mente fútil. Não luta, racionalmente, contra o pecado. Aceita e embarca. Afinal, o correto é aquele que não tem sua mente sob controle ou quem a tem, mas não usa?

Segundo Paulo, o problema da igreja hoje é mentalVaidades. Projetos que, de tão grandes, não são úteis, mas sim, fúteis. Gente morrendo por falta do básico. Bom seria se, a igreja, com o espaço que tem na mídia, lutasse não contra o homossexualismo (estes, temos que amar!) mas contra a fome, a injustiça social, a criminalidade, o estado degradante da saúde (nem gaze, nem band-aid). A dignidade humana saindo pelo ralo, tratado pior que um animal, sem leito, sem remédio. Pessoas morrendo pela falta do básico.
Ninguém grita contra a humilhação e degradação.
Mas, na mídia, esbravejamos contra a causa homossexual.
Quem lembra das viúvas? E dos órfãos?
Transformar uma comunidade, construir casas, ensinar a ler e escrever, ONG preparando jovens com cursos profissionalizantes, cestas básicas, essa é a nossa obrigação. O Espírito Santo diz: "O que me ofende é ver pessoas abençoadas com a mente em Cristo e não produzirem nada". 

Pense: No que sua mente está envolvida neste momento? Qual projeto? O que tem feito com os dons e talentos que Deus lhe deu? 

"Discipular" no Brasil é conhecido como aquela pessoa que deixou de fazer o que faziam. Se bebia, não bebe mais, por exemplo. Assim como muitos, estes são conhecidos pelo que não fazem mais. Agora, existem aqueles que, simplesmente, não fazem mais, mas também, não fazem nada além disso.
A vida de um discípulo de Jesus não se manifesta pela sua abstinência ("Não faço mais isso!"), mas pela nova perspectiva de seus feitos.
Um bom católico não faz isso.
Um hare-krishna muito menos.
Um muçulmano, nem pensar. 

A Palavra de Deus diz "deixe o ímpio em seu caminho, mas você, volte ao Senhor". O seu testemunho tem que ser diferente do testemunho dos outros. No testemunho, a pessoa conta toda sua vida pregressa. Coisas que até enojam. E num dado momento, diz: "...e eu entreguei a minha vida á Jesus!" - a igreja vem abaixo. 
Contou 2 horas de desgraça e agora ficamos aguardando o que fez com a nova vida, em sua transformação, como nova criatura, certo?
Não. Silêncio. Ele não conta mais nada. O testemunho acabou aqui. O que fez para o inimigo, ele contou. Agora, e o que fez para Deus e o reino? A conversão é o final da história? 

Também ouço aquele testemunho do "crente" que viveu anos e anos na igreja, com sua vida exemplar, nunca fez mal a ninguém. Ok, eu acredito.
Mas...e o "bem", ele fez para alguém? 

O que fazemos com a mentalidade que Deus nos deu?
O que a igreja faz com a capacidade que Deus deu? Leia a Parábola dos Talentos (Mateus 25:14-46). 

A qualidade de vida que temos está intrinsecamente ligada, ao uso da mente que fazemos.


NEle, que está ás portas, aguardando não só os que morreram, mas os que viveram como Ele,

Graça e Paz!!
*créditos: Neil Barreto

Mens sana in corpore sano - Efésios 4:17 (pte.1)


Crisálida é o invólucro em que entra a lagarta e sai a borboleta. Ela passa um tempo ali, mas essa é uma crise para o bem dela. Sai do raso, onde rasteja, onde qualquer um pode pisar, para voar alto, linda.
Nossa "crise" pessoal, muitas vezes, pode ter a ver com a "crisálida", que aliás, tem a mesma raiz. 

Quando Paulo diz para sermos seus imitadores, é porque ele imita a Cristo. E com autoridade.
Agora, perigoso é sermos imitadores de quem não é ou apenas o que nos interessa. 

Paulo, em Éfeso, nos diz: Andem com a mente renovada. Não mintam mais. Quando vos irarem (e isso faz parte da humanidade) não produzam nada estando irados. Calem a boca. Se isolem. Se furtava, não furte mais. Trabalhe.
E há muitas pessoas esperando que o Espírito Santo mude seu caráter e suas vontades (adultério, roubar, mentir, irar-se, etc).Tome um posicionamento. A mente pensa (primeiro), depois o coração age, não o contrário. Tenha sempre uma palavra edificante.  

E por último, o conselho de Paulo é: "Não entristeça o Espírito Santo" (Efésios 4:30)
Tenho a impressão que, o que entristece o coração de Deus, não é o palavrão que digo, minha ira ou pedir desculpas em seguida, nem meu comportamento dia-a-dia. 

Quando falamos sobre sermos imitadores de Paulo, pois ele é imitador de Cristo, é sobre o Evangelho que se prega hoje. Apenas alcança o lado comportamental, e jamais atinge o cerne do ser humano. Portanto, não há transformação. 

É muito bom a nossa fé mexer com nosso comportamento. Ouço muito que a pessoa mudou depois que passou a frequentar a igreja e ouvir a Palavra de Deus. E tem que ser assim mesmo. Mas não é só isso. Sobretudo, não entristeça o Espírito Santo. E como não fazer isso?
Efésios 4:17: "Assim eu lhes digo, e testifico no Senhor, que não vivam mais como os gentios, que vivem na futilidade dos seus pensamentos". 

Não vivamos como os gentios, portanto, não andemos na vaidade/futilidade da sua mente.
De um lado, Paulo exorta o comportamento (o lado exterior do homem), o lado que é visto. Do outro, Paulo usa a mente (raciocínio, pensamento), o lado interior, o que os outros não veem, só nós e Deus.
E Deus, saiba, não se relaciona com quem somos quando tem alguém nos olhando. O Espírito de Deus se relaciona com o ser que nós somos quando ninguém está olhando.
Isso é muito sério. 

Ao conhecer Cristo, a primeira coisa a ser transformada, é a nossa mente. 

Vaidade da mente = futilidade de sentidos. 
Desperdício das faculdades mentais em temas indignos. O contrário disso é ter uma capacidade mental imensa, voltada para a glória do Senhor e seu reino, impactando pessoas em projetos grandiosos e ainda gerar frutos. 

(leia a continuação)