quinta-feira, 31 de maio de 2012

Família (pte.9) - Malaquias 4:6 e II Crônicas 7:14
Benção ou maldição?



Você acha que lavar uma louça pode trazer maldição para sua família?
Duvido que tenha pensado nisso um dia.
As tarefas do dia-a-dia, quando não valorizadas, vão minando o casal. A vida fica amarga.
- "Bem, compra açucar?"
-  "Ah, esqueci. Não vou voltar, não..."

Uma louça vira magoa. Porque?
Porque “lavar a louça” ou "trazer o açucar" significa atender o pedido do outro. Ser ouvido, ter sua atenção, dedicação e respeito. “Puxa, ele(a) me ouviu”.
Não permita que 2 estranhos morem no mesmo endereço.

E quando se calam, cuidado. Aqui entra a “guerra fria”.

Porque, em algum lugar, alguém vai falar. E mulher é pelo “ouvir”. O homem é pelo “olhar”. E podem ouvir conselhos do tipo: “Ah, separa!”.
E essa é a degradação da família: o divórcio.
Esse é o "ferir a terra" que o texto se refere.

Casamento é bobagem!”
É mesmo? Pergunte a quem já se separou, em “como” ele tentará ser feliz de novo. Sabe como? Casando...outra vez.
Se fracassar, lá vai ele, de novo.

Ou façamos como o famoso Nelson Rodrigues (1000 casamentos), quando perguntado: “Nelson, você é feliz?”, e ele: “Feliz? Pra quê?” E o mundo acha fantástica essa declaração: “Olha como o poeta respondeu, que profundidade!”. Quem responde isso (“Pra quê?”), é feliz? Então, não serve de parâmetro para felicidade de ninguém.

As coisas corriqueiras acabam com o casamento.
É nas pedras pequenas que tropeçamos, não nas grandes. Dessas nós desviamos.
Quando faltam as pequenas coisas, a falta de quebrantamento se instala.

Lembram quando o homem chegava em casa, dava um “cheiro” (profundo) por trás, abraçava ela, juntava tudo, tinha “pegada” – sangue de Jesus tem poder! – e queimava arroz, queimava feijão...? Pois é.
Hoje, ao chegar em casa, muitos tem até vontade de dar um abraço, mas perderam a intimidade.
Isso acontece muito dentro das igrejas. Por causa da “religião” não podem ter mais prazer, não vivem a plenitude de um relacionamento. Já não podem mais sorrir. E quando caminhamos nesse relacionamento, mesmo dentro da igreja, caminhamos na maldição. Porque faltou o corriqueiro.

- “Ah, não dá, minha mulher é uma pedra de gelo!” – E quem é o freezer? Gelo não se faz sozinho.
- “Ah, minha mulher está morta!” – alguém a assassinou! Quem matou essa mulher?
Se eu encontrasse um delegado, diria: “Sr.delegado, prenda esses dois! Um está matando o outro!".

E ainda tem gente que troca seu conjuge. Se apaixona. E acha que a justificativa está pronta. Se é paixão, irmão, então é carne. Na verdade, é fuga. Está fugindo dos problemas sem os enfrentar.
Sabe porque arrumou outra? Porque faltou o dia-a-dia.
seja bendito o teu manacial e alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Prov.5:18)

Mas tem o outro lado. Chega em casa, a mulher de chinelo, pijama, "bob" na cabeça, aquelas espuminhas entre os dedos, creme no rosto, barriga molhada do tanque (ou louça). Não há quem agüente.
 
Vá ao melhor restaurante, o melhor “chef”. Escolha a melhor comida. Agora, diga pra eles: "Você não pode usar sal". Pronto. Não há como essa comida ficar gostosa, saborosa.
“Sal” faz a diferença. Ele não aparece na comida, mas muda totalmente o sabor.
 
Casamento é assim: se tirarmos o tempero, não há relação q resista.
Qdo foi a última vez q você elogiou ele?

Tem homem que é “faz tudo” em casa: eletricista, torneiro, encanador,etc. Tem outros, como eu, que não sabem nem trocar a lâmpada.
Depois de muito tempo, insistência, tropeços, sobe na escada com medo, mas por fim, troca a lâmpada. Quase cai pra descer. Quando apertar o interruptor, e a luz acender, o que você diz?
- “Amor, você foi maravilhoso! Ninguém troca a lâmpada como você!”. Ou você diz:
- “Ê, miserável, não sabe nem trocar uma lâmpada!”
Você não sabe o esforço que ele fez! Na próxima vez, ele nem aparece.
Quando você elogia, ele já sai falando: “Onde tem mais lâmpada pra trocar??
Seu filho foi bem numa prova? Elogie: “Parabéns, filhão! Maravilha!”. Reforço positivo.
Pra isso não é necessário dinheiro.
Lembre: precisamos do dia-a-dia. Ausência de rotina afasta as pessoas numa família.

(leia continuação)

domingo, 27 de maio de 2012

Família (pte.8) - Malaquias 4:6 e II Crônicas 7:14


O perdão, em família, tem que existir.
Não adianta dizer: "Em 1978, você fez isso e aquilo, e eu fiquei chateado!". Se ainda lembra, é porque não perdoou, verdadeiramente. É muito mais fácil pedir desculpas: "Olha, eu errei. Me desculpa!" ou "me perdoa, eu esqueci!".
Pronto. Acabou.
Mas o nosso ego não permite. Temos necessidade de colocar o outro no lugar dele, ou seja, abaixo de nós.
Sabe qual é o problema em dizer que errou?
A soberba. Assumir um erro é assumir que não é perfeito. Que não sou aquela imagem que eu vendo. E "a soberba precede a ruína, a queda" (Prov.16:18)

Perceba que a Palavra de Deus nos confronta.

Sempre brinquei, dizendo: "A culpa é minha e eu coloco ela em quem eu quero". Na verdade é totalmente inspirada no ser humano.
E para assumir que está errado, tem que ser muito homem, muito "macho", porque não é qualquer pessoa que assume que está com medo de pedir perdão.
Quando fazemos uma imagem acima do que realmente somos, não reconhecemos o erro. Não conseguimos admitir.

Quando não reconheço meu erro (soberba) e não peço perdão, planto uma semente de maldição na minha casa.

Quando você erra e não reconhece (negação, mentira), os filhos ouvem e pensam: "É...meus pais mentem". Você acabou de plantar uma semente de maldição na sua casa, que frutificará, no seu tempo. E, de agora em diante, é uma questão de tempo para seu filho mentir também.
Preciso lembrar quem é o pai da mentira? (João 8:44).

Nos perguntamos, muitas vezes, quando foi que as nossas famílias começaram a ser amaldiçoadas. Parece que quando começa um problema, é um atrás do outro. "Meu Deus, o que está acontecendo com a minha casa, com a miha família?"

O que aconteceu foi que, em algum dia, uma semente de maldição foi plantada e você não percebeu. O reino de Deus é comparado a uma semente de grão de mostarda. A menor de todas.
Você decide o que é mais fácil plantar: o bem ou mal.

sábado, 26 de maio de 2012

O que está acontecendo com os cristãos?



Não consigo aceitar a tentativa de converter cristãos em consumidores. E a igreja, em serviços religiosos. Está se perdendo a essência. Como disse David Quinlan: "A essência és Tu, Jesus".
O movimento evangélico cresceu, mas não consegue vencer a tentação de lucrar como empresa.  Uma luta em que a igreja se molda à Babilônia.
Não consigo mais admirar os evangélicos que se valem da mídia, os formadores de opinião.

O fogo que consome não é do Espírito, mas das vaidades.
São "ídolos" mudos. Não tem nada a dizer ou acrescentar, mas dominam.
O que está começando a dominar é o espírito de confusão.

Seguir os passos de Jesus já é, por si só, um desafio.

Eu sou igreja. E você?
É dos que gritam aleluia ou dos que dizem ave-maria? Sim, porque nos tornamos aquilo que tanto criticamos.

Quando alguém se converte, aprende a orar. No início ele crê que tudo vem de Deus. Por isso, ele ora.
Em seguida, começa a crer que tudo vem de um líder. Por isso, ele o segue.
Depois, ele crê que tudo depende da igreja. Por isso, ele trabalha (diaconia?).
Então, começa a crer que tudo, na verdade, depende dele. Por isso, procura ser um líder.
O próximo passo é que ele crê que tem uma visão incomparável e divina. Sai para semear, se sente vaso usado. Percebe que cresceu. Por isso, acha que sua mão tem poder.
Chega a hora em que ele decide e Deus obedece.
Daí em diante ele já é um líder evangélico de responsa: não ora há anos, não chora sozinho há décadas, não pensa em mais nada que não dê lucro em benefício próprio há séculos.
São presunçosos, vivem apostando com seus concorrentes quem tem o maior ego. A conversa é em torno de "quantos membros há na sua igreja?" - Essa pergunta é para saber se a igreja é abençoada ou não?

Hoje me recusei a ser chamado de crente. Eu sou cristão. Sigo a Cristo. Até porque "crente" (como aprendi com um pastor que me ajudou a crescer muito - Pr.Francisco): "Tu crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios o creêm e estremecem" (Tiago 2:19).

Já ouvi, testemunhei coisas horrorosas, execráveis e fatos que são inenarráveis. Perseguição e injustiça, de todas as formas. Não consigo mais partilhar: "Olha para o seu irmão que está do lado e diga: eu te amo!".

A igreja, infelizmente, está se tornando inútil em pregar a Palavra. Somos sal, não podemos perder o sabor, caso contrário, não serve para mais nada.
Não quero fazer parte de uma igreja que perde credibilidade por priorizar a prosperidade.
Se prosperidade fosse o foco, Paulo deveria estaria feliz por sofrer pela cruz? E se houve algo que os discípulos não tinham, era dinheiro. Status. Conforto. Jesus não tinha onde recostar sua cabeça.

Como conviver com o dia das orações poderosas? Mas a oração não é poderosa, em si? Ou conviver com a mistura de objetos de poder (rosa, vela, sal grosso, fotografias, fitas, pulseiras, óleos ungido, etc)? Onde Cristo entra nessa história?
Ambientes que geram culpa, com o pretexto de ajudar as pessoas, para reconhecerem a necessidade de Deus.

Posso parecer radical, mas a Palavra de Deus é redical. Na misericórdia de Deus, há justiça. Mas na justiça de Deus, não haverá misericórdia.

O que estão ensinando nessas igrejas?

Como termina tudo isso?
Termina com os mortos enterrando seus mortos. E o dos outros. Na verdade, não acabará, mas virará uma religião.
Vinho novo em odres velhos? Não dá, se perderá tanto o vinho quanto os odres.

Retenha o que é bom.

A sua fidelidade ao Senhor o mantém vivo e alerta.
A verdade, transformada em história, se manifestou em Jesus Cristo.
Tenha apenas um como pastor, guia, mestre, bispo, apóstolo: Jesus Cristo.
Ele nos ensinou a olhar para tudo isso e dizer aos mestres de Israel: "Importa-vos nascer de novo" (João 3:7)

Creia que Deus, é Deus mesmo! E Ele cuida do seu povo.
Não podemos cair na armadilha do inimigo que nos faz pensar que nós é que cuidamos dos interesses de Deus na terra.
Não.
Nós apenas pregamos o reino. Rogamos aos homens que se reconciliem com Deus, visto que Deus já se reconciliou com os homens, em Cristo.
É melhor ser criança na fé.

Pregue a Palavra e verá que milhares de evangélicos ainda hão de se converter.
Basta crer, confiar e andar na Palavra e no Espírito.
O mais Ele fará.

Graça e Paz!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Família (pte.7) - Malaquias 4:6 e II Crônicas 7:14
Pai e mãe: se perguntassem a seus filhos:
- "Que tipo de pais eles são?" ou "Que tipo de esposa e marido, eles são?"
E eu pergunto:
- "Marido, que tipo de esposa ela é? "
- "Esposa, que tipo de marido ele é?"
O que diriam?

Será que diriam: "Meu pai é um homem de Deus. Ele cuida da gente, eu posso contar com ele, tenho orgulho de ser seu filho" ou "Sou feliz como esposa e mãe, graças á ele. Ele é um verdadeiro sacerdote"?

Diriam isso sobre você? Ou diriam:
"Meu pai é ausente. Não lembro a última vez que precisamos, mas ele não estava. Ou que eu tive 10 minutos de prosa com meu pai".

O que diriam?

Se quem nos conhece, todos os dias, convive conosco com o melhor e o pior de nós, fala que você não é bom marido ou bos esposa, a sua família está em processo de deterioração.
Estão entrando num processo de maldição.
E isso começa pela ausência da rotina, do corriqueiro.
Coisas como "bom dia", "vá com Deus", "vou chegar tal hora". Ou almoçarem juntos, tomar o café da manhã juntos, mesa posta, convivendo. Ouve-se, de vez em quando, um "desculpe, não fiz por querer" ou "me perdoa?" ou "Errei. Me desculpa". E isso é importante, porque em qual hora existiria tal intimidade? Na hora da novela?

Fiquei muito feliz ao ouvir minha filha, hoje casada, reconhecer que antes, quando pequena, não entendia porque tínhamos que sentar para almoçar ou tomar café juntos, em família. Mas hoje, com a sua família (marido e filha), reconhece a importância disso.

Não há quem não erre.
Você pisou na bola? Prometeu e não cumpriu? Disse que faria e não fez?
Peça perdão. Isso é posicionamento, é mandamento. Deus não nos diz: "Se você quiser...". Ele diz: "se não perdoar, não será perdoado" (Mateus 18:35).

Mas isso, é para outro dia.

(leia a continuação)