domingo, 15 de janeiro de 2017

Sábado - Marcos 2:27

Sábado, um dia, foi sombra do que haveria de vir. E veio. Agora, todos os dias são para o Senhor.
Os discípulos estavam com fome, e era sábado, onde atravessavam uma plantação. Colher espigas para comer era praticamente um ato natural. Porém, foram advertidos sobre o pecado, e foi dito a Jesus, já que os discípulos, seus alunos, estavam infringindo uma lei (lei de Moisés). Como um rabi permitia que seus discípulos não guardassem o sábado? Sabiamente, Jesus faz o que lhe é próprio, citando as Escrituras, como um bom judeu, onde Davi fizera o mesmo no passado, em relação aos pães reservados aos sacerdotes. Portanto, colher para comer, não violaria o sábado. Diferente do ato dos fariseus, que colhiam para acumulação de bens e fazia toda a diferença. 

A lei fora criada para a glória da Trindade, assim como a Graça sobre nós. O sábado foi estabelecido num tempo de homens de dura cerviz, pensando no bem do ser humano, para que este pudesse alcançar a Graça realizando o bem, e não dependesse da lei para impor limites ao querer do homem e fazer o bem.
Guardar o sábado é lei, desfrutar o bem que alcançamos pela Graça, sem a qual não alcançaríamos, é Deus sendo glorificado quando o homem desfruta, realiza e atinge o bem - fim pelo qual fomos criados. Afinal, dizer que o sábado foi criado para o homem é estabelecer um padrão, e qualquer ação ou conhecimento que não nos leve a praticar o bem, nos levará á desconfiguração do original pelo qual fomos criados. 

Alguns raciocínios ficam mais claros: a medicina serve ao homem para ser bem cuidado e cuidar bem. A pedagogia para que aprenda, raciocine e faça o bem. A engenharia é para que o homem produza o bem - do micro ao macro - até chegar ao próximo. A teologia é para o ser humano crer corretamente, e crer para o bem. Outras profissões (política, direito, economia, administração) são para que o homem faça o bem à todos.
Relacionamentos são para promover o bem do outro, e como um abraço, a razão para o bem voltar a ele. Fazer o bem é o homem viver como ser humano, criado á imagem e semelhança (caráter), onde Deus pode ser visto.
Por isso, acredito que ser e fazer o bem, é um jeito que todos sejam e tenham o bem.

Graça e paz!

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Em casa ou na vida, ramos da videira! (pte.1) - João 15:1-17


Estar na videira, como ramo, é Graça. 
A liderança tem que podar os ramos, ou as variações de um ramo, que não frutifica - a tal da maçã podre. Apesar de ser sustentado pela seiva, este ramo nada produz para a videira, nem ao agricultor, logo, tem que ser admoestada pela Palavra, acompanhada pelo líder, e finalmente, acontecer o que vejo ser a grande dificuldade dos nossos tempos: discipulado. 
A liderança tem que perceber, em amor, que o ceifar é interromper esse ramo infrutífero ali mesmo. Para que logo adiante, possa frutificar - algo que não vem fazendo. Para isso, temos que ter o Espírito do agricultor em nós. Se não fizer isso, pode contaminar outros. Confundimos isso com misericórdia
A ausência de coragem em podar os ramos e suas variações que não frutificam, condena as igrejas, e essa coragem deve ser buscada ao orar, ouvir a voz do Senhor, e executar os Seus planos, pois se trata de um ato de amor sobre esta vida infrutífera. Porque, apesar de sabermos quem é joio e quem é trigo, não nos é dado o poder de separá-los, mas é o trabalho de Jesus Cristo. 
Cortar este ramo infrutífero resolve e o trabalho terminou? Não. Falta andar juntos, caminhar e ensinar a fazer o certo, fazer juntos, o tal "discipulado" - que quando não acontece, todos olham para o ramo podado e subjugam, veem o erro, sendo que o erro não foi do ramo, mas do pastor que não caminhou com ele, não ensinou a ele, não demonstrou junto, para que aprendesse. Dá mesmo muito trabalho caminhar junto a alguém, ensinando-o. Por isso, é somente para quem Deus chamou, não para aventureiros. 

A videira se revela no fruto. Sem fruto, o ramo pode até parecer bonito e sadio, mas nega a videira, e ainda drena a vitalidade, impedindo os demais ramos de terem vida, pois "suga" mas não frutifica.
A existência do ramo (nós) só se justifica ao dar o fruto. O significado do fruto (boas obras) vem da videira verdadeira (Jesus), assim como o significado da videira verdadeira vem do agricultor (Deus) - e nEle tem sua alegria.

(leia a continuação)

Em casa ou na vida, ramos da videira! (pte.2) - João 15:1-17

O ramo não sobrevive sem o amor de Deus pela videira, já que terá que podar aquele que não dá fruto, e só acontece isso, por amor. Precisamos entender que a poda deste ramo é por amor, puro. O ramo tem que expressar a videira, de onde ele veio e o seu significado, mediante o fruto que dá. 

Mais estranho ainda é, mesmo que o ramo dê fruto, ainda assim será podado. São aquelas situações em que estamos na obra, louvando e adorando a Deus, firmes na promessa, mas Deus sabe que podemos dar mais fruto, e porque conseguimos dar mais fruto, somos podados pelo agricultor. Muitos não entendem. Está acontecendo comigo, neste momento. Ter que ser limpo pois qualquer dreno das categorias inferiores dos ramos podem estar nos secando. Roubando a seiva que teria que ser nossa. 

Nunca se cuida de uma videira verdadeira sem coragem de podá-la. Quem tem, será dado ainda mais, quem não tem, tudo o que tem, será tirado. Pois foram dadas todas as oportunidades. 

A poda significa reconduzir a planta à sua vida, novamente. Não pode-se permitir crescer ramos que não darão fruto, muito menos, que roubem o fruto de quem tem para frutificar. E vejo acontecer em ministérios. E o agricultor sabe quem é quem. Muitos líderes de ministério estão sugando a seiva, não permitindo que outros ramos cresçam, por inveja, ciúme, ou por simples incapacidade. São as maçãs que apodrecem, não apenas em si mesmas, mas apodrecem o próximo.
A poda acontece em quem frutifica.
Na videira verdadeira ninguém fica sem poda. 
O ramo conduz a vida, da seiva ao fruto, e esse fruto não é do ramo, é da videira. 

O ramo, eu e você, não temos significado algum se estiver desligado da videira. Não haverá vida. Será no máximo madeira para fogueira, assim como sal para ser pisado pelos homens.
A videira se dá ao ramo, para que o ramo se dê ao fruto desta videira - que é a essência da vida desta videira. Quem provar deste fruto, pode se tornar um outro ramo, engendrado nesta videira, alimentando-se desta seiva também. 

Da videira, nascem uvas - jamais espinhos. Estes, são os ramos infrutíferos.



Graça e paz!