sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

E Jesus chorou... - Lc 19.41-44

Jesus chorou em 3 ocasiões: junto ao túmulo de seu amigo Lázaro, no Getsêmani, e junto a Jerusalém. No grego, o choro de Jesus é com gemidos e soluços, algo profundo (Lc 19.41). Chorou, orando com forte clamor, pela culpa humana - nos ensinando como olhar para as mazelas do próximo - o choro sobre Jerusalém foi pelos problemas sociais, religiosos farisaicos, corrupção e descrédito aos seus profetas, pois destruiu-se a si mesma.

Assim como Jesus, nós também, se olharmos para trás vemos quantas oportunidades a nação tem desperdiçado e sido ignorante no conhecimento de Cristo e o plano perfeito de Deus. Ao olharmos para o povo, assim como Jesus olhou, vemos ignorância e cegueira espiritual em seus corações. Jerusalém deveria reconhecer o Messias, eles tinham já a Palavra dada através dos profetas. Ao olharmos ao nosso redor, vemos atividades religiosas distantes do Evangelho do Senhor, assim como Jesus viu no templo o covil dos salteadores e líderes religiosos (é só assistir a Tv). A inveja destes procuravam matar Jesus Cristo.
Assim como hoje, há muita religiosidade, mas nenhum conhecimento do Cristo.
Ao olhar para o futuro, Jesus chorou por ver o terrível julgamento da parte de Deus sobre Jerusalém. Saqueada e destruída, vendidos e perseguidos como escravos pelo mundo afora, não reconheceram o tempo da visitação enquanto Jesus foi enviado às ovelhas perdidas da casa de Israel, mas eles não o receberam: "Não queremos este homem reinando sobre nós" (Lc 19.14). 

Apesar de tudo o que Jerusalém representava, o templo de Salomão, as manifestações e habitação de Deus na terra e casa de oração aos povos, tais alegrias terrenas não trouxeram alegria a Jesus, sua tristeza não tinha alívio nem no passado, nem no presente, nem no futuro. Todos celebravam, mas Jesus chorava, não por si, mas pelos homens, pela cidade que o rejeitaria e o crucificaria - jamais pelas dores que sofreria.
Temos que compreender a compaixão de Jesus ao chorar, Ele é o Emanuel - o Deus conosco, que chora por nós porque nos ama e se importa conosco. As lágrimas de Jesus revelam o coração de Deus, onde Ele e o Pai são um: quem vê o Pai, vê Jesus.
Buscai o Senhor enquanto pode se achar. 

A terrível ignorância foi a derrocada de Israel: "Ah, se conheceras..." - Não, eles não conheceram.
- "O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende" (Is 1.3)
Não conheceram a Deus, nem o Filho de Deus que veio para derramar Graça e misericórdia. 
Acho mesmo que alguns não tenham a luz e ainda vivam nas trevas.
Acho mesmo que muitos, embora saibam a verdade, andam na mentira e não, segundo a verdade.
Acho mesmo que muitos ouçam e veem, mas continuam surdos e cegos espiritualmente.  

Jesus chorou sobre Jerusalém, embora fosse a cidade dos profetas, dos escribas e mestres, perecia por não conhecer a Deus. Odiavam o conhecimento da verdade e não temeram ao Senhor, desprezando-o. Escolheram morrer nas trevas e não vieram para a luz do Filho de Deus.
Há alguma diferença dos dias de que vivemos hoje?


Graça e paz, da parte do nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Comunhão: ficar parado ou encher a terra? (pte.1) - Gn11.1-9

Se a justiça não é vista nas ruas, o Evangelho não chegou a estas pessoas como devia. Se as pessoas as quais falamos/pregamos o Evangelho não mudam, nem são semelhantes a Jesus, então estamos pregando algo diferente do que Jesus pregou. Veríamos o mesmo impacto quando Jesus falou. É possível que o Evangelho que pregamos não seja o Evangelho de Jesus. Problema pode estar no evangelista.
Quando a Palavra de Deus começa em mim e não chega como deveria em você, possivelmente saiu de mim carregada com minhas intenções, dogmas, impressões, ideologias, eclesiologia e filosofia. O problema está na pessoa (evangelista) não no Evangelho. Servimos a uma geração que ouve com os olhos e não mais com os ouvidos, e acreditam mais no que veem jamais no que ouvem.
A Palavra de Deus se perde quando quem ministrou é pego com dólar na cueca. Somos aquilo que vemos jamais o que ouvimos, só que João nos diz que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus. O que se vê tem muito mais poder do que aquilo que se ouve.
Não há dúvida no que fazer, mas no que ser, pois é ensinado às ovelhas o que fazer, mas não como ser.

Em Gn 11.4 o povo tem a grande ideia de construir uma cidade e ficar juntinhos com Deus, para sempre. A proposta era comunhão, caminhar juntos. Lembrando que Deus rejeita, confunde as línguas e acaba com os planos humanos, pois não havia comunicação edificante.
Porque então Babel foi rejeitada por Deus?
Porque a comunhão foi fruto de um afastamento histórico existencial por parte do povo, já que em Gn 9.1, Deus abençoou Noé e mandou que enchesse a terra, essa era a ordenação que Deus queria: escrevam a história, caminhem e espalhem vida na terra. Essa era a ordem original, a missão do povo de Deus, mas enquanto na Babilônia disseram que iriam fincar os pés e ficar. 
Babel, portanto, era fruto da desobediência a Deus, e este tipo de ajuntamento, foi rejeitado.
A marca mais contundente do evangelismo é o "ir, encher a terra com a justiça de Deus". Não o permanecer, ficar para a própria preservação.
(Leia a continuação)
                                                                                                                                                                                    

Comunhão: ficar parado ou encher a terra? (pte.2) - Gn 11.1-9

O Evangelho de hoje está mais para "vinde" que para o "ide". Nosso trabalho é voltado para o ir, multiplicar, encher a terra, ou auto-preservação? Para se pensar. 

A comunhão que Deus quer não é ajuntamento, é comunhão como missão, é visão, não ajuntamento. E se a comunhão que fazemos não promove a consciência do "indo" (fato permanente e constante), terminará no ajuntamento, também não é fecundo, e arrisco dizer que toda vez que Deus nos visitar será para acabar com a nossa reunião. Para quem vive a teologia da manutenção, autopreservação, não cumpre a missão, busca a presença de Deus para a própria desgraça.
A comunhão deu errada porque era fruto errado, não do ajuntamento, mas da missão. Missão produz vidas. E outra, a cosmovisão do povo, estreitou-se, porque resolveram parar. Antes, caminhavam até chegar às planícies da Babilônia - lugar de melhor água e terra mais fértil jamais vista. Buscavam, portanto, conforto, prosperidade, enriquecimento, e acharam tudo para uma vida equilibrada. O conforto gerou neles uma deformação da visão de Deus para o homem, distorceu a ordem de encher a terra, pregar o Evangelho a toda criatura, até os confins do mundo. 
E nos dias de hoje, a teologia da prosperidade manda olhar para o próprio umbigo. 
Cadê o"ide"? 
Tem ajuntamento? 
Pra que sair? 
Estacionamento, ar condicionado, cadeiras confortáveis, telão, mesa de som. Nós estamos bem, mas e o resto? Sim, porque "resto" é como são tratados àqueles que não tem acesso á água, alimento, saneamento básico. Isso está longe de ser cristianismo. Não pode ser mais uma comunidade de fé - pois fé é a certeza de que o futuro já está pronto, ainda não chegamos, mas celebramos como se já fosse passado. Quem vive pela fé não conhece estagnação na vida. 
Nossa postura neste mundo tem sido de influenciá-lo ou da autopreservação? 
(leia a continuação)

Comunhão: ficar parado ou encher a terra? (pte.3) - Gn 11.1-9

Os homens queriam ficar ali e ser somente para eles. Nos colocamos no centro do universo, e se está bom, não precisa sair. E se o homem está centro, não posso crer mais no Evangelho, porque o Evangelho diz que Jesus é o centro. Protágoras diz que todas as coisas convergem nele, ao contrário do Evangelho, que tudo e todas as coisas convergem em Cristo - dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas. 

Este povo só pensava em si, suprir suas vontades, uma comunidade (igreja?) inerte onde os pensadores evangélicos ficam por ali mesmo, imaginando, falando, cantando, louvando, mas para dentro, nunca praticando o "ide", nem alcançando ninguém.
É melhor não ser do que ser para si mesmo. 
Assim como Caim, temos que ter a resposta para Deus: "Onde está o teu irmão?" (Gn 4.9). Se é para ser só para nós, então não serão - Deus vem e acaba com os projetos dos homens que queriam viver em comunhãopertinho dEle.
Acho que deveríamos ao menos refletir nisso. 

Quantos "cristos" dentro de ministérios estão morrendo ou adoecidos? Será que este ministério onde você está é mesmo de Jesus? Será que esta igreja onde você tem comunhão não é a 'sua' igreja? Ou age como se fosse sua? Será que não queremos preservar nosso próprio nome ou cargo nesse ministério? Se uma Igreja não vive para servir mas vive para preservar o próprio nome, Deus virá e destruirá, assim como Babel. O texto me garante esse raciocínio.
(continua)

Comunhão: ficar parado ou encher a terra? (pte.4) - Gn 11.1-9

Se há uma crise existencial, há um choque de vontades - a vontade de Deus é servir, a vontade dos homens é serem servidos, viver olhando para o próprio umbigo, o que prevalecerá é a vontade de Deus.
E a igreja que não se submete à vontade de Deus, não é mais igreja de Deus, e se é assim, não precisa de Deus. E Deus, ao se manifestar contra esta igreja, será como ladrão (Ap 3.3b): "Tem fama estar viva mas está morta, diz que é minha mas não faz minha vontade, sua motivação é outra, e se não se arrepender, virei contra ti como ladrão" - Neste caso, Deus não voltará para nós, mas contra nós. No modo e na missão, sem que percebamos: roubar, matar e destruir. Lutar contra o diabo, ainda há esperança, apesar do nosso pecado, porque há poder no nome de Jesus e Sua Graça nos cobre de todo pecado. Agora, lutar contra o próprio Deus? Que esperança teremos? 

Quando o assunto é o seu povo, ser para si mesmo, é melhor para Deus a divisão do que a apostasia (mais que abandonar a fé, é abandonar a missão), já que uma igreja morre não quando para de se unir, mas quando para de servir. É uma ofensa para Deus não amar o próximo, porque este, também é Seu filho - mesmo que num espojadouro de lama, mas é ainda filho.
Podemos ser melhores, somos chamados para servir, então, conheçamos as necessidades do homem contemporâneo: deixar de ser individualista e egocêntrico. Yung, diz que o processo de "individuação" evolui do estado infantil para um estado de diferenciação. Cresce, identifica e amplia sua consciência. Ministremos como fez Jesus, tanto no macro (sermão da montanha), como no micro (ladrão dos impostos, crianças). Este ser (individuação) se identifica com o gadareno, Jesus vê uma pessoa que diz: "Somos legião" (muitos em um, impedindo o indivíduo de ser ele mesmo). Jesus então restaura a humanidade neste homem, devolve a sua individuação - em pé, quer segui-lo, e Jesus diz para que este volte para casa e seja o novo homem transformado, pois sua família precisa conviver e saber que ele os ama.

Passamos por uma crise de fé, geral e irrestrita, em todas as instâncias, não acreditamos em mais ninguém, aumento dos desigrejados, perdemos a fé nos homens de Deus, e em Deus, por causa do testemunho, ou a falta dele, sem individuação não tem capacidade de ver a massa se corrompendo, mas pela Graça de Jesus, vê em nós seres que remam contra a maré e conseguimos abraçar uma pessoa como o Senhor para que continue a ser quem é, amadurecer. Não é só mudar a religião do sujeito, trazer para nossa igreja, é muito mais que isso. Nossa missão é mudar a sua essência, isso é Evangelho.



Graça e Paz!

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Graça, coragem de viver - Hebreus 4:16

 A Graça é a manifestação do amor de Deus, favor absoluto. Se acredita que a vida só acontece pela Graça, não há medo. Pois Deus se declara apaixonado por nós, ao longo de nossa história, e ainda nos autoriza a perguntar quem será contra nós, se Ele nos ama?
Desse modo, os medos se vão e em relação a tudo - seja o medo de viver ou o medo de morrer, medo do presente (catástrofes) ou do futuro (cenas apocalípticas), medo dos anjos ou demônios, dos poderes humanos ou invisíveis, medo do abismo ou alturas impensáveis, medo de qualquer criatura maligna, e até medo do juízo. 

Em razão da Graça, Paulo pergunta: "Quem nos separará do amor de Cristo? (Rm 8.35); Quem nos condenará?" (Rm 8.34). E nem mesmo Nero ou Calígula, contemporâneos de Paulo, puderam amedrontá-lo. Ora, durante muito tempo não tive medo, pois acreditei que mesmo quando um exército se acampasse contra mim, meu coração não teria medo (Sl 27.3). Mas só quando os exércitos se acamparam verdadeiramente contra mim, meu coração tremeu e foi-se minha esperança. É verdade. Até o dia que admiti, que mesmo os Salmos que tanto li e cria, e eram esperança para mim em tempos de dificuldade, eu não vivia estes Salmos, pois não passei pelas situações sobre-humanas daqueles que os escreveram. 

Conheci a Graça de Deus em meio a desprezo, medos, sarcasmo, acusações, ironias e zombarias. Conheci a Graça, ao estar sozinho, eu e o mundo, sem mãe nem pai aos 24 anos. E também na falta deles. Trabalho e faculdade, sempre em meio a acusações e perversidade. Aprendi, na vida prática, que a Graça (sim, com letra maiúscula!) é melhor e maior que a vida. Alguns anos depois, em 2006, procurei me satisfazer com o amor de Deus, mesmo com a descoberta do desamor de alguns.
Ao perder meu pai em 27/12/2012 e minha mãe em 25/07/2014, acabei com o poder da morte sobre mim, e encontrei o poder da vida. Um imenso desejo de viver, de passar pela tristeza sem ficar triste, me empurrou para frente. 

A Graça, como conheci, me leva ao céu e aos vales, aos desertos e às montanhas, à fartura e à escassez, à saúde e às enfermidades, aos ganhos e perdas, mas fui conduzido em todas estas situações, em triunfo - porque ainda estou aqui contando isso. Aprendi o verdadeiro sentido de "Posso todas as coisas naquEle que me fortalece" (Fp 4.13) - Tudo o que? O que me faltar, não o excesso. 
Na Graça, há livramentos, já que tudo o que é sem vida, sem significado, é tirado da nossa vida. 

Por isso tudo, a fé de que não era o fim fez com que qualquer medo fosse embora. No amor, não há medo. Antes, o perfeito amor lança fora todo o medo.
Porém, aquele que perde o medo graças a confiança em si mesmo, este é o "forte". Mas o "fraco" é aquele que confia na Graça do Senhor.
O medo de alguns é tratado como o percebemos: instinto de segurança. O medo protege da covardia, mas o amor liberta os covardes, lançando-os para a viver a vida. A proposta da Graça sobre nós é confiar na entrega, no descanso da fidelidade de Deus. E só podemos fazer isso em amor, confiando.


Graça e paz!

sábado, 17 de junho de 2017

Feridas escondidas - II Timóteo 4:7

Estou com aquela sensação de que meus inimigos tentam me abater. Perseguido por olhos que não vejo. E eles tentam. Sim, é verdade, eles só tentam porque sinto a força do Senhor me sustentar. Aquela força que te segura, e sei, que se não fosse ela, eu cairia. Por mim mesmo, estaria rastejando. Cheguei a orar dizendo: Senhor, porque me abandonaste? Não por copiar a fala de Jesus na cruz, mas por sentir mesmo abandono, de alma. Onde os olhos do inimigo tinham vitória sobre mim. Me sinto cansado, tanto de sofrer quanto de lutar. A espada que você abate tantos inimigos quanto pode, pesa demais, e os braços não aguentam segurar mais a espada. Estou realmente cansado.
Fazem 15 dias que fico entre o deitado e gemendo. Sem querer ser poeta nessas horas, mas a dor chega aos olhos, que ardem. Uma coluna que, quando vista por trás, é um "s". Mas como sentir-me cansado, derrotado, dolorido, fraco, se acabei de ouvir uma Palavra de Deus...?
Digo isso para que você não pense que é só com você. Afinal, "todos os dias somos entregues à morte" (Rm 8.36), não? 

Carrego no corpo e na alma marcas e feridas, onde muitas, esqueci de bom grado, outras, estão comigo como lembrança das lutas e vitórias. Porque Deus me fez ver que na vida é: Em frente. Senão, enfrente!
Se eu parar para olhar minhas feridas, olharei para baixo, para o agora, para a circunstância, e isso, contraria o que Deus disse: "Levantarei meus olhos, de onde vem o socorro, que vem do Senhor, que formou o céu e a terra" (Sl 121.1,2). 

As feridas na carne, ou as chicotadas, as perseguições, os tapas na cara, pauladas e cuspidas ao longo da caminhada, vão doer. Mas passarão, garanto. O problema são as feridas na alma. Poderia me estender mas quero falar apenas da auto-estima, onde somos julgados, geralmente mal julgados, e logo, excluídos. Situações onde depreciam seu caráter, onde tentam diminuir o que sabe e sua capacidade, subjugam quem você é. Fizeram, ou tentaram fazer isso com Jesus. É nessas horas que temos que saber o nosso RG, a nossa filiação. Jesus sabia quem era, de onde veio e para que veio, e se Ele é o nosso alvo, não podemos ter uma crise de identidade, nem sermos enganados pelo inimigo (http://marcioneves67.blogspot.com.br/2013/05/crise-de-identidade-pte.html), por mais que sejamos tentados. Não podemos sucumbir porque o vizinho, o colega de trabalho ou o chefe (porque 'líder' não faria isso) e até nosso cônjuge, abata nossa alma com críticas infundadas e ataques maldosos, em vendo-nos numa situação de jejum, nos tentem a ponto de termos que resistir a um belo prato de macarronada. Ou nos insultar e tentar contra nossa vida, incitando a se jogar na frente de um carro ou de uma ponte, já que você é um Filho de Deus, e provavelmente, nada irá acontecer. Ou até, se ver tão perdido e abandonado a ponto de lhe oferecerem dinheiro, fama, poder, carros, mulheres - já que o jargão do momento é "tudo te darei se prostrado me adorares" (Mt 4.9) - esquecendo que essa fala nunca, jamais foi do filho do Deus vivo. 

Tem muito crente se jogando do pináculo porque acredita ser mesmo filho de Deus.
Você sabe quem é?
Para qual propósito nasceu? Por que está aqui?
Quem é o seu Pai?

Pronto.
Responda a essas perguntas corretamente, e um valente do Senhor estará pronto para o combate. Só é o fim quando Deus determinar. Por enquanto, estou combatendo o bom combate e carregando minha fé, portanto, minha carreira não acabou.
E você?


NaquEle que resgatou a chave da morte e nos quer com Ele, eternamente,
Graça e paz!

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Perfume - João 12

Há 2 (anos) a Coca-Cola fez uma propaganda que, ao mesmo tempo, retorna aos valores estabelecidos por Deus enquanto família, e combate a propaganda do Boticário, em apoio aos gays, como inclusão social.
Não vou cair na esparrela de todo (pseudo) evangélico. Até porque, isso não é Evangelho de Jesus, pois o amor faz com que olhemos como fomos olhados por Ele, em estado de perdão (permanente). Não se diz no jargão evangélico "vem como estás, mas não ficarás como és"? Isso não significa apoio, que fique claro. 

Perfumes nada tem a ver com salvos ou não salvos, fariseus ou pecadores. Aliás, em João 12, Maria se derrama aos pés de Jesus, nosso Senhor e Salvador, seu melhor perfume, o mais caro, e ainda secou os pés de Jesus com seus cabelos, sendo esta, uma clara demonstração de desprendimento e amor. Tanto que Maria aproveitou a melhor parte, pois estava ali, junto a ela. 

Não há perfume suficiente capaz de espantar o fedor de uma igreja que não acolhe uma pessoa, onde quase sempre, o histórico é de molestamento familiar. E ainda são capazes de querer que as pessoas que desconhecem e por isso, são contrárias à Palavra de Deus, vivam como párias, pois nem perfume podem mais usar. A questão aqui não é o perfume, mas vidas. Não esqueçam, que Deus criou com seu amor sem medida, capaz de suportar até o desamor. 
São gente, são pessoas. A não ser que queiram que estes se convertam primeiro para poder frequentar suas igrejas? Sim, 'suas igrejas', porque a igreja da qual falamos, é a igreja de Cristo. Não nós, mas Deus quem nos amou primeiro. E aprendi a amar as pessoas, não o que elas fazem de errado. Ou pare de comprar produtos desta empresa que apóia, mas jamais deixe de amar pessoas. 

Deus, que se fez homem, sentou e  atraiu os menos favorecidos e desejados da sociedade (prostitutas, bêbados, leprosos, samaritanos, publicanos, pescadores, etc), aqueles que a comunidade mais rejeitava. Se fosse hoje não seria diferente. O amor de Jesus pelas pessoas só agrega. O amor que nos une é maior do que aquilo (ignorância, orgulho, altivez) que nos separa. Quem não feder que atire a 1ª pedra, pois sem o perfume de Cristo, nosso fedor é abominação para Deus - meu sangue não salvaria ninguém.

"O Senhor é o mesmo para todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquEle em quem não creram? E como crerão naquEle de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o Evangelho da paz; dos que trazem alegres boas novas" (Rm 10.12-15)

Graça e paz!

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Sacrifícios e louvores (pte.1) - Hebreus 13:9-16

Meu louvor é fruto do meu amor por Jesus Cristo. A minha paz habita em Ti, Senhor. Meus lábios confessam Teu nome porque Teu Espírito Santo habita em mim.
Culto, servir, oferecer sacrifício á Deus. Não são muitos que perguntam "como devo prestar culto á Deus?" ou "que sacrifício devo render a Deus?".
O povo hebreu (judeu) servia a Deus no templo de Jerusalém, num sábado sagrado, através dos sacerdotes sagrados, no templo sagrado e através do sacrifício de animais sagrados, onde o sangue era aspergido. Neste pacto de Deus através de Moisés com o povo hebreu.
Apenas para entendermos, o tabernáculo, era um templo móvel - lugar santo, portanto, só os sacerdotes entravam, e o lugar santíssimo, só o sumo-sacerdote entrava - no dia do perdão judeu, o "yom kippur". Se Deus não aceitasse o sacrifício, eles não retornavam, e seriam puxados por uma corda, previamente amarrada no sumo-sacerdote. 

Para os judeus, cultuar e adorar a Deus, sempre fora oferecer sacrifícios de animais. Havia portanto, dia certo, lugar certo, sacrifício certo, pessoa certa. Jesus, o Cristo, como cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, se entregou para morrer de uma só vez, como sacerdote e cordeiro sacrificado, encerrou o processo do sacrifício. Não há mais razão para ir ao templo num sábado oferecer sacrifícios de animais ou estar no templo todos os dias, porque Jesus Cristo se ofereceu como sacrifício, o Deus que se fez carne, sem pecado algum, em morte de Cruz do Calvário. E foi definitivo. 

Os judeus indagaram: "Como vamos adorar, cultuar e servir a Deus agora? Acostumados a sacrificar animais, entregar aos sacerdotes, estes sacrificavam e aspergiam o sangue no altar para remissão dos nossos pecados, e sermos aceitos por Deus e recebermos Seu perdão. Agora vocês cristãos dizem que não precisa mais? Que Jesus foi o sacrifício definitivo? Vocês acabaram com a nossa religião!". 

Paulo diz que algumas pessoas "fazem diferença entre dias e dias" (Rm 14.5) por falta de conhecimento. Paulo diz também que não há dia certo para adorar a Deus (Cl 2.16), sendo a implicação do sábado, como dia certo para adorar a Deus, "sombra" do que haveria de vir, sinal imperfeito do que haveria de ser perfeito - Jesus Cristo. Todo dia é dia de adorar a Deus.
Só há um mediador entre Deus e os homens - Jesus Cristo. Portanto, você não precisa de ninguém, não há hierarquia diante de Deus, somos parte do reino de Deus, não do império das trevas, e falamos com Deus em nome de Jesus. Não há mais sacerdotes, ou pessoas mais especiais e menos especiais diante do Pai, cristãos de 1ª ou 2ª categoria. Não temos lugar certo, Gerezin ou Jerusalém, nem mesmo sacerdotes. Agora, temos Jesus, o Cristo. Onde você estiver, pode invocar o nome de Jesus: "Seja o comer, beber ou qualquer outra coisa, faça tudo para a glória de Deus" (I Cor 10:31).
Assim como os judeus, muitos concluem: "Vocês acabaram com a nossa relligião. Estávamos acostumados a fazer a coisa certa. Agora, como e onde vamos cultuar a Deus? Quem irá sacrificar por nós? Onde está o sacrifício?"

(leia a continuação)

Sacrifícios e louvores (pte.2) - Hebreus 13.9-16

Cito Hb 13.15: "Nós, por meio de Jesus Cristo, devemos oferecer a Deus sacrifício de louvor que são fruto de lábios que confessam o nome de Jesus"
O sacrifício de louvor só pode ser oferecido por quem confessa, através de seus lábios, o nome de Jesus. Para entendermos, cito Rm 10.1-4: "Irmãos, o desejo do meu coração e a minha oração a Deus pelos israelitas é que eles sejam salvos. Pois posso testemunhar que eles tem zelo por Deus, mas seu zelo não se baseia no conhecimento. Porquanto, ignorando a justiça que vem de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se submeteram à justiça que vem de Deus. Porque o fim da lei é Cristo, para a justificação de todo aquele que crê"
Na aliança com Moisés, uma pessoa era aceita/justificada se obedecesse a lei de Deus. Mas pergunto: Alguém consegue obedecer os mandamentos de Deus? Ninguém. Assim, ofereciam animais em sacrifício pelo seu pecado. No texto, Paulo diz que o "fim da lei é Cristo" - no sentido de "pra quê", de finalidade, pois toda a lei de Moisés apontava para Jesus.
Veja que o sábado era um dia que apontava para todos os dias; o templo era um lugar que apontava para todos os lugares; os sacerdotes apontavam para todas as pessoas; e os animais sacrificados apontavam para o cordeiro de Deus, Cristo, que tira o pecado do mundo, definitivamente, o cordeiro cujo sangue nos justifica, purifica e nos limpa para Deus. A lei apontava para Cristo.
Porém, muitos ainda preferem o caminho do dia certo, do lugar certo, do sacerdote certo, do sacrifício certo, sendo esta a lei dos homens. E Cristo, é a lei de Deus.
Ao menos, assumimos que somos pecadores, sim, porque há pessoas que pensam não ter pecados, já que não matam, não roubam, não adulteram. Enfim.
Antes, se não obedeceu a lei, era só sacrificar. Mas como ninguém conseguiu obedecer a lei, Jesus Cristo se ofereceu como sacrifício definitivo.

Como sendo pecadores ousamos invocar o nome do Pai? A resposta está em Rm 10.9,10. Se antes era pelo sacrifício, através do sacerdote, no templo e no dia corretos, hoje, chegamos até Deus, em nome de Jesus, confessando com nossos lábios: "O Senhor Jesus é Senhor da minha vida, creio que Jesus sacrificou-se por mim e só assim, posso estar na presença de Deus". E ao confessar, com meus lábios, abro mão da minha carne e meus desejos, e ofereço sacrifícios de louvor.
E o sacrifício de louvor é "não deixem de fazer o bem e repartir o que vocês tem, pois com esses sacrifícios, Deus se agrada" (Hb 13:16).
Não ficou simples compreender?
(leia a continuação)

Sacrifícios e louvores (pte.3) - Hebreus 13.9-16

Cantar umas músicas aos domingos na igreja não é sacrifício de louvor. O fruto dos lábios que confessam o nome de Jesus é a vida em Cristo. E qual o sacrifício? Fazer o bem, só isso.
E "fazer o bem" é ajudar um velhinho atravessar a rua? Distribuir cesta básica? E trair? Roubar? Mentir? Dar esmolas? Pode? Fazer o bem é viver para as boas obras, fazer a vontade de Deus, porque fomos criados para as boas obras.
Viver satisfazendo a própria vontade ou a vontade do mundo, é estar longe de Deus, obedecendo a um espírito errado, espírito de escravidão (Ef 2.3). Se quiser ser livre, obedeça a Deus.
Esse espírito de escravidão que cerca o mundo é o que a Bíblia chama de espírito imundo. E pessoas que satisfazem a própria vontade e a vontade do mundo, é escravizado pelo príncipe das trevas. Este "príncipe das trevas" jamais dirá: "Você quer fazer a minha vontade?". Claro que não, todos dirão. "Se é para fazer a vontade de alguém farei a vontade de Deus, vou fazer a sua, você é louco?". Na verdade, ele não está preocupado em você fazer a vontade dele, contanto que você faça a sua própria vontade. Assim, você fará a sua vontade, não a vontade de Deus. Viva do jeito que bem entende, siga os desejos da sua carne! E só isso já te afasta da vontade de Deus.
Agora, as pessoas que ouviram falar, creram e confessaram, com seus lábios que Jesus é o único Senhor e Salvador da sua vida, disseram assim: "Espírito das trevas, vocês não tem mais autoridade sobre minha vida, não mais a sua vontade mas farei a vontade de Deus!" - ou "Venha o Teu reino e faça a Tua vontade" (Mt 6.10). Tais pessoas foram libertas, salvas da escravidão em ser "maria-vai-com-as-outras" ou servir espíritos imundos. Tais pessoas não são boas ou possuem virtudes, mas confiaram no nome de Jesus. A essas pessoas, Jesus disse: "Andem em boas obras fazendo a vontade de Deus". 

Portanto, sacrifícios de louvor é fazer a vontade de Deus. Sacrifícios de louvor é estar de domingo a domingo no culto, na igreja? Dar dinheiro? Preciso gostar das músicas que cantam alto aos domingos? Preciso estar nas vigílias? Não necessariamente. Posso me deitar com outra mulher? Ter
 escravos? Ser corrupto? Vida baseada na mentira? Não, claro que não. Mas tem que honrar pai e mãe. Ter uma vida reta. Não escandalizar o irmão. E claro, viver uma vida consagrada e segundo a vontade de Deus, onde Jesus é o Senhor da sua vida. 

Entendo como oferecer sacrifícios de louvor algo mais extraordinário que cantar músicas em dia de culto e se emocionar. Como disse antes, é fazer a vontade de Deus, e isso, é fazer o bem - ainda que pareça simples e fácil.
(leia a continuação)

Sacrifício e louvores (pte.4) - Hebreus 13.9-16



No Antigo Testamento os animais eram sacrificados fora do acampamento. Comparativamente, Jesus nasceu, viveu, morreu e ressuscitou, fora dos muros de Jerusalém. E isso foi escândalo. Para nós, se já confessamos Jesus como Senhor da nossa vida, saiamos fora dos portões e assumamos a desonra que Jesus assumiu. Não há como ficar dentro dos portões, no conforto, com tv á cabo, se dormimos quando temos sono, comemos quando temos fome - vendo e sabendo que muitos não podem. Acredito que Jesus até gostaria de nos livrar, pela misericórdia e amor, mas não dá, não é possível. Se confessamos a Cristo como Senhor e único e suficiente salvador das nossas vidas, logo, se o mundo o odiou, também nos odiará. Se aceitou o nome de Jesus, também o perseguirão. Mataram-no, também vão querer matar você. Tenho certeza que, se confessou a Cristo, praticou sacrifícios de louvor, abriu mão da sua própria vida, já sentiu algo parecido. A luz incomoda trevas. E ao estarmos nas trevas, Deus nos leva para Sua luz, assim, os que estão nas trevas, nos olham e tem 2 alternativas:
- Ou vem para a luz, porque Jesus nos atraiu;
- Ou tentam nos apagar, porque nossa luz incomoda.
É a história de Caim e Abel. Deus se agradou da oferta de Abel, mas não se agradou da oferta de Caim. Mais ou menos assim: Ou pergunto para Abel como devo ser e o que tenho que fazer para Deus me aceitar... ou mato Abel! Ou vou para a luz ou apago a luz. Caim apagou a luz de Abel, acha mesmo que com você seria diferente?
Jesus, luz dos homens, revelava em si, as más obras daqueles homens. Só confessa através do sacrifício de louvor quem está debaixo dessa luz - e como diz Roberto Carlos "Essa luz só pode ser Jesus...". E apenas estes, assumem verdadeiramente a desonra: Irão afastar-se de nós, dizendo que somos bobos, perdendo tempo, desperdiçando nossa vida sem razão, não farão negócios conosco porque iremos atrapalhar seus esquemas e agendas secretas, romperão relacionamentos conosco porque não vamos mentir com eles, não iremos ferir as pessoas, como eles, pois estamos com Jesus. Vai doer. Mas somos fruto dos lábios que confessam seu sacrifício. Minha vida não é mais minha.
(leia a continuação)

Sacrifícios e louvores (pte.5) - Hebreus 13.9-16

Certa vez, um pastor que gosto muito disse que gostaria que esse verso não estivesse na Bíblia: "Na luta contra o pecado, vocês não resistiram a ponto de derramar seu próprio sangue" (Hb 12:4). Lembra quando Jesus estava no Getsêmani para fazer a vontade do Pai, abdicou em fazer a sua própria vontade? Sua aflição era tão insuportável que transpirou sangue (Lc 22.44). É isso. Entre a sua vontade e a vontade do Pai, nós nem começamos a sangrar e já reclamamos. Nós não terminamos nem a dieta começada na 2ªfeira. Dou minha palavra mas a quebro no dia seguinte. Casamos, até que a morte nos separe, mas separamos antes da morte. E ao pecar, apelo para a misericórdia infinita de Deus e espero Seu perdão. Nem chego a sangrar. Quando há o conflito entre fazer a vontade do Pai ou a minha vontade, eu resisto, acabo não indo para a cruz. Enquanto aflito, peço oração, converso com o pastor, mas "lutar" para não fazer minha vontade, chegar a sangrar de tanto "lutar" contra mim mesmo, eu não sei o que é. Falo aos que confessam a Jesus, e com "sacrifício de louvor", dizem "não mais a minha vontade, mas a Tua, Senhor!".
Quando a minha vontade entra em conflito com a Tua, fico na agonia, sofro, até aguento, mas quando começar a sangrar, sei que a brincadeira só está começando - mas jamais abrirei mão da vontade do Pai.
Acredito que quando falamos de sacrifícios de louvor, estamos falando de tudo isso. Mas há muitos que preferem um Cristo "mole", paliativo e anestesiado, aguardando ser perdoado e receber misericórdia, a ponto de só "sacrificar" da boca pra fora. Estes, vão continuar cantando louvores aos domingos e entendendo que, "sacrifícios de louvor" é só cantar, jamais fazer, acontecer, crer, estar, ser! Fazemos as nossas coisas durante a semana, e aos domingos, apelamos de novo e pedimos misericórdia pelo que não fizemos, e tudo bem. Se quisermos andar com Cristo, e oferecer "sacrifícios de louvor", teremos que sangrar para experimentar a liberdade que apenas Cristo tem para nós.
Esse papo de "ser livre" pode soar bem quando cantamos, mas só somos livres, em Cristo. Só nEle, porque se depender de nossa vontade... esqueça. Esse negócio de buscar liberdade é uma eterna escravidão. Se há algo que não consegue viver sem (drogas, pornografia, vícios, etc), então é isso que te possui, não é você quem manda. Quando fala em ser livre está falando sobre o quê? Agora, só podemos ser livres verdadeiramente invocando a autoridade de Jesus.
(leia a continuação)

Sacrifícios e louvores (pte.6) - Hebreus 13.9-16

O homem luta contra os apetites da carne, os vícios. É dia de começar a sangrar. Chamar a libertação, assumir a desonra da cruz e dizer: "Jesus é o Senhor da minha vida!". Pode doer, mas se te escraviza, não vem de Deus.
Meu louvor é fruto do meu amor por Jesus Cristo.
A minha paz habita em Ti, Senhor. Meus lábios confessam Teu nome pois Teu Espírito Santo habita em mim. Ainda que as cadeias me prendam, que homens se levantem contra mim, e as trevas me cerquem - eu Te louvarei! Porque meus lábios cantarão que não vivo mais para minha vontade, oferecendo sacrifícios de louvor. Ofereço a minha vida no Teu altar, é só isso que me resta.
Altar não é lugar para pedir, mas sim, para entregar.
Foi isso o que Deus me falou. 

Algumas coisas que eu entrego á Deus vão misturadas com as minhas lágrimas, misturadas com meu sangue. Mas é o melhor que posso fazer. Se não entregá-las, elas irão me destruir, destruir quem amo e quem me ama. Essas coisas que entrego no altar de Deus vão com meu sangue porque arranquei das minhas entranhas, do mais profundo do meu ser.
Não irá se arrepender porque ninguém que entrega sua vida para Jesus vive pior do que estava. Afinal, Jesus é o caminho, a verdade e a vida. A nossa paz que nem conhecemos.
Que possamos deixar essa lama e beber da fonte da água viva.

Graça e paz!

domingo, 15 de janeiro de 2017

Sábado - Marcos 2:27

Sábado, um dia, foi sombra do que haveria de vir. E veio. Agora, todos os dias são para o Senhor.
Os discípulos estavam com fome, e era sábado, onde atravessavam uma plantação. Colher espigas para comer era praticamente um ato natural. Porém, foram advertidos sobre o pecado, e foi dito a Jesus, já que os discípulos, seus alunos, estavam infringindo uma lei (lei de Moisés). Como um rabi permitia que seus discípulos não guardassem o sábado? Sabiamente, Jesus faz o que lhe é próprio, citando as Escrituras, como um bom judeu, onde Davi fizera o mesmo no passado, em relação aos pães reservados aos sacerdotes. Portanto, colher para comer, não violaria o sábado. Diferente do ato dos fariseus, que colhiam para acumulação de bens e fazia toda a diferença. 

A lei fora criada para a glória da Trindade, assim como a Graça sobre nós. O sábado foi estabelecido num tempo de homens de dura cerviz, pensando no bem do ser humano, para que este pudesse alcançar a Graça realizando o bem, e não dependesse da lei para impor limites ao querer do homem e fazer o bem.
Guardar o sábado é lei, desfrutar o bem que alcançamos pela Graça, sem a qual não alcançaríamos, é Deus sendo glorificado quando o homem desfruta, realiza e atinge o bem - fim pelo qual fomos criados. Afinal, dizer que o sábado foi criado para o homem é estabelecer um padrão, e qualquer ação ou conhecimento que não nos leve a praticar o bem, nos levará á desconfiguração do original pelo qual fomos criados. 

Alguns raciocínios ficam mais claros: a medicina serve ao homem para ser bem cuidado e cuidar bem. A pedagogia para que aprenda, raciocine e faça o bem. A engenharia é para que o homem produza o bem - do micro ao macro - até chegar ao próximo. A teologia é para o ser humano crer corretamente, e crer para o bem. Outras profissões (política, direito, economia, administração) são para que o homem faça o bem à todos.
Relacionamentos são para promover o bem do outro, e como um abraço, a razão para o bem voltar a ele. Fazer o bem é o homem viver como ser humano, criado á imagem e semelhança (caráter), onde Deus pode ser visto.
Por isso, acredito que ser e fazer o bem, é um jeito que todos sejam e tenham o bem.

Graça e paz!

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Em casa ou na vida, ramos da videira! (pte.1) - João 15:1-17


Estar na videira, como ramo, é Graça. 
A liderança tem que podar os ramos, ou as variações de um ramo, que não frutifica - a tal da maçã podre. Apesar de ser sustentado pela seiva, este ramo nada produz para a videira, nem ao agricultor, logo, tem que ser admoestada pela Palavra, acompanhada pelo líder, e finalmente, acontecer o que vejo ser a grande dificuldade dos nossos tempos: discipulado. 
A liderança tem que perceber, em amor, que o ceifar é interromper esse ramo infrutífero ali mesmo. Para que logo adiante, possa frutificar - algo que não vem fazendo. Para isso, temos que ter o Espírito do agricultor em nós. Se não fizer isso, pode contaminar outros. Confundimos isso com misericórdia
A ausência de coragem em podar os ramos e suas variações que não frutificam, condena as igrejas, e essa coragem deve ser buscada ao orar, ouvir a voz do Senhor, e executar os Seus planos, pois se trata de um ato de amor sobre esta vida infrutífera. Porque, apesar de sabermos quem é joio e quem é trigo, não nos é dado o poder de separá-los, mas é o trabalho de Jesus Cristo. 
Cortar este ramo infrutífero resolve e o trabalho terminou? Não. Falta andar juntos, caminhar e ensinar a fazer o certo, fazer juntos, o tal "discipulado" - que quando não acontece, todos olham para o ramo podado e subjugam, veem o erro, sendo que o erro não foi do ramo, mas do pastor que não caminhou com ele, não ensinou a ele, não demonstrou junto, para que aprendesse. Dá mesmo muito trabalho caminhar junto a alguém, ensinando-o. Por isso, é somente para quem Deus chamou, não para aventureiros. 

A videira se revela no fruto. Sem fruto, o ramo pode até parecer bonito e sadio, mas nega a videira, e ainda drena a vitalidade, impedindo os demais ramos de terem vida, pois "suga" mas não frutifica.
A existência do ramo (nós) só se justifica ao dar o fruto. O significado do fruto (boas obras) vem da videira verdadeira (Jesus), assim como o significado da videira verdadeira vem do agricultor (Deus) - e nEle tem sua alegria.

(leia a continuação)

Em casa ou na vida, ramos da videira! (pte.2) - João 15:1-17

O ramo não sobrevive sem o amor de Deus pela videira, já que terá que podar aquele que não dá fruto, e só acontece isso, por amor. Precisamos entender que a poda deste ramo é por amor, puro. O ramo tem que expressar a videira, de onde ele veio e o seu significado, mediante o fruto que dá. 

Mais estranho ainda é, mesmo que o ramo dê fruto, ainda assim será podado. São aquelas situações em que estamos na obra, louvando e adorando a Deus, firmes na promessa, mas Deus sabe que podemos dar mais fruto, e porque conseguimos dar mais fruto, somos podados pelo agricultor. Muitos não entendem. Está acontecendo comigo, neste momento. Ter que ser limpo pois qualquer dreno das categorias inferiores dos ramos podem estar nos secando. Roubando a seiva que teria que ser nossa. 

Nunca se cuida de uma videira verdadeira sem coragem de podá-la. Quem tem, será dado ainda mais, quem não tem, tudo o que tem, será tirado. Pois foram dadas todas as oportunidades. 

A poda significa reconduzir a planta à sua vida, novamente. Não pode-se permitir crescer ramos que não darão fruto, muito menos, que roubem o fruto de quem tem para frutificar. E vejo acontecer em ministérios. E o agricultor sabe quem é quem. Muitos líderes de ministério estão sugando a seiva, não permitindo que outros ramos cresçam, por inveja, ciúme, ou por simples incapacidade. São as maçãs que apodrecem, não apenas em si mesmas, mas apodrecem o próximo.
A poda acontece em quem frutifica.
Na videira verdadeira ninguém fica sem poda. 
O ramo conduz a vida, da seiva ao fruto, e esse fruto não é do ramo, é da videira. 

O ramo, eu e você, não temos significado algum se estiver desligado da videira. Não haverá vida. Será no máximo madeira para fogueira, assim como sal para ser pisado pelos homens.
A videira se dá ao ramo, para que o ramo se dê ao fruto desta videira - que é a essência da vida desta videira. Quem provar deste fruto, pode se tornar um outro ramo, engendrado nesta videira, alimentando-se desta seiva também. 

Da videira, nascem uvas - jamais espinhos. Estes, são os ramos infrutíferos.



Graça e paz!