quarta-feira, 24 de junho de 2015

Dados do Blog - Atingindo pessoas em países que jamais sonhei!


Os números acima são de apenas uma semana.
Foi isso que Deus me chamou para fazer, em 2006, ao me converter. Disse: "Escreve tudo o que acontecer, o que se passar contigo". 
O Blog, que só tive coragem de colocar no ar em 2012, tem atingido muitas pessoas, de países diferentes. Geralmente, o "inglês" resolve. Mas países com Zâmbia, Nigéria, Vietnã, Polônia, Argentina, Índia, China e Korea, por exemplo, nunca passou pela minha cabeça que poderiam ler.
Mas a mensagem de Deus está sendo passada.
E as pessoas recebem a Palavra de Deus, são atingidas pelo amor e misericórdia do Senhor.
Digo isso porque as respostas que tenho encontrado, são as mais positivas.
Sou uma formiguinha. Tem muita gente abençoando pessoas. Mas não é pelo meu tamanho ou pelo que eu faço. É por aquEle que me chamou: Jesus Cristo. 

Como servo, não paro de trabalhar para o Reino, pois foi para isso que Deus me chamou. Quem pega no arado não olha para trás (Lucas 9:62).
Creio, por isso falo.


NaquEle, que jamais nos abandona, o guarda que não dorme, nos conduz segundo sua vontade: boa, perfeita e agradável, sempre!

Corajoso ou incrédulo? (pte.4) - João 20:19-28

 Porque Jesus voltou para Tomé?
Porque ele foi verdadeiro. Não mascarou sua dor, nem foi hipócrita. Vendemos uma imagem de "juízes", acusando o pecado alheio para sermos aceitos e respeitados e desviamos da misericórdia. Já até ouvi que pastores não se misturaram com ovelhas, porque perdem o respeito. 
Então Jesus Cristo estava errado? Sim, segundo a teologia moderna. Se mostrar fraqueza, então... 

Jesus voltou para Tomé, mas a igreja o chama de incrédulo. Jesus volta para os sinceros de coração, e eles verão a Deus. Jesus volta para pessoas, pois estas, entram em crise, e talvez, sejam plano de Deus para que, assim como Tomé, (re)encontrem a Cristo. Porque fariseus e religiosos jamais o acharão. 

Observe que os discípulos acolheram Tomé. Ambiente propício para quem está em crise, não havia hipocrisia, havia gente ali. Os 10 discípulos estavam trancados por medo, também em crise. Agora, imagine se Tomé voltasse num ambiente onde ouvisse o que ouvimos hoje?
- "Não fique assim, irmão. Você é mais que vencedor. Crente é só vitória, não chora nem fica doente,não tem crise de fé!". 
E nós, que ouvimos essa sentença, adquirimos outra crise: 
culpa por sentir crise. Sim, porque ninguém sente, só eu. 

A comunidade dos discípulos recebe Tomé, em amor. Compreende a crise de Tomé. Falar a verdade, em amor, é devolver a esperança ao ferido. Os discípulos dão a notícia: "Vimos o Senhor!", sem sarcasmo ou prazer em dizer: "Ah, você não veio semana passada? Perdeu. O Senhor veio nos visitar!". Imagine Tomé entrando de cabeça baixa. O foco da igreja são 'pessoas' e sabemos quando alguém não está bem. Disseram na esperança de alegrá-lo. Mas sua esperança tinha morrido, disse.
Muitos usam a verdade para acusar. Que possamos ficar longe da religiosidade. Que possamos nos libertar de máscaras, com misericórdia.
Tomé foi tratado com misericórdia e respeito pela sua fraqueza, por Jesus e a comunidade dos discípulos. Um lugar onde ele pôde dizer que estava doente e foi tratado. É isso que Jesus quer de sua igreja. 

Há uma geração de pessoas decepcionadas com a igreja. Há instituições dogmáticas, que as pessoas tem sede de Deus, mas não o encontram, pois igreja é um organismo, não uma instituição. Muitas pessoas buscando desesperadamente a Deus.
Assim como Tomé, Jesus vir até você e curar suas crises, dúvidas, incertezas, medos, questionamentos. Pode curar o que você nunca pode ou quis falar. Tenha coragem, assuma
"estou em crise!".  

Você está no lugar certo, aos pés de Cristo, na igreja. Porque a verdadeira igreja é de Cristo,ele é o dono da igreja. "Senhor, preciso do Teu cuidado!". É possível que ouça repreensão. Mas ainda sim, lembre, que Deus te quer assim, verdadeiro, sem máscara.
É melhor ser aceito por Deus que aceito por homens. Para que possamos, assim como Tomé, reconhecer após a crise:
- "Senhor meu, Deus meu!" (v.28)


NEle, que nos amou primeiro, morreu por nós, está conosco todos os dias e voltará para buscar a Sua igreja.

Corajoso ou Incrédulo? (pte.3) - João 20:19-28



Tomé foi corajoso porque colocou para fora a sua angústia: "Vocês podem dizer o que quiserem e até não me entender, mas meu coração já está muito ferido e eu não creio!". Será que Tomé era tão diferente de nós?
Sabe porque muitos tem doenças psicossomáticas (medo, angústia, depressão, síndrome do pânico, amargura, mágoa, não perdoa)? Porque muitos não são como Tomé. Não tem coragem para dizer, nem colocam para fora o que sentem, logo, não são tratados. Querem agradar, ser acarinhados, compreendidos, são os 'adaptados', permitem-se ser vítimas das circunstâncias, e o coração vira celeiro de angústias. Permitem uma palavra maldita do vizinho, do marido/esposa, do chefe, faça raiz e frutifique, porque não tiveram coragem para falar e reagir. Talvez, por isso que Jesus ainda não voltou para te dar a benção. Como fez com Tomé.  

Quando colocamos nossos sentimentos para fora, falamos, choramos, até "vomitamos", e isso nos trata. E o 'vômito' nos humilha, fede, sem controle, nos envergonha, é horroroso. Em seguida, após o vômito, nós melhoramos. O que era ruim e estava dentro de nós, você pôs para fora. É quando você diz: "Não creio!" - esse é o vômito psicológico. Colocar o lixo para fora indica que não há lugar para ele dentro de você. O coração não tem espaço para semente de amargura ou ódio. Não sei porque muitos acham que no silêncio há virtude. Engano. As pessoas maquiam, fingem, guardam dores, juntam podridão, se recusam a viver a dor, se fazem de super-crentes, 24 horas/dia, de santo, mas no fundo, estão fingindo ser o que não são. Estamos a caminho da santidade mas não perdemos a humanidade. Se você age assim, aguarde para ver o que irá acontecer com você daqui alguns anos. Deus conhece nosso coração.
Contrário disso, fez Tomé: "Quer me chamar de incrédulo, crente meia-boca, me chama! Mas eu não creio enquanto não ver e tocar suas feridas!". Enquanto Tomé, até hoje, contraria a lógica dos homens, Jesus lhe entendeu. E, sinceramente, prefiro agradar a Deus do que aos homens. Tomé era corajoso por ser transparente, jamais incrédulo. 

Não há outro lugar em que as pessoas usem mais máscaras que na igreja. Religiosos. A religião diz que você é mais que vencedor, que você não tem problemas nem fica doente, que a vitória é sua, os testemunhos são sempre de vitória ("Eu tinha um carro, hoje tenho dois"), é só poder, conquista. Mas o Evangelho diz outra coisa. Não se ouve ninguém dizer que já serviu o Senhor, pregou, tocou e cantou, "mas hoje sento lá no fundo, último banco, porque não tenho forças para chegar no altar. Orem por mim". infelizmente, alguém vai colocar a mão no seu ombro e dizer: "Falando assim você enfraquece a igreja".
A visão está errada.
Porque minha mãe morreu vou fazer um culto de ação de graças? Não. Estou triste, choro, saudade. Deus se agrada mais naquele que é sincero (pois tenho intimidade para isso) do que naquele que se diz 'santo'. Ele sabe todas as coisas (Salmos 139). 
Temer é honrar e respeitar, não ter medo. Poderia dizer:"Minha mãe faleceu, mas estou bem". Então, Deus diria: "Márcio, você está usando máscara! Está doendo e você finge que está tudo bem!". Prefiro viver uma verdade diante de Deus do que uma mentira diante dos homens. Há tempo de chorar e tempo de sorrir (Eclesiastes 3:4).

(leia a continuação)

Corajoso ou Incrédulo? (pte.2) - João 20:19-28



Jesus retardou sua agenda apenas para voltar a Tomé. Tem uma razão para isso: Tomé está em crise. Jesus morreu, seus sonhos frustraram-se. E na 1ªvez, Tomé não estava, talvez fraco na fé, com vontade de sumir, amargo, dominado pelo sintoma de decepção, quis ficar sozinho. Você nunca se sentiu assim?
Se o meu sonho de vida se frustrar, me sentirei assim. Um homem em conflito consigo mesmo. Só um homem que é corajoso admite que está em conflito, não tem medo de que alguém pense que é fraco, pois ele sabe quem é. Até porque, o medroso, usa máscara, maquia a realidade, mas por dentro quer morrer. Se é que já não está morto, perdeu a fé. Não tem coragem de assumir que está em conflito, em crise. Somente os corajosos admitem, quem é livre da influência do conceito alheio. E assumir que está em crise é o primeiro passo para sair dessa crise. 

Jesus disse que teria que padecer mas que ressuscitaria ao 3º dia. Ele acreditou. Jesus morreu, mas para Tomé, não foi verdade, duvidou: "Será que vai acontecer mesmo? Será que a humilhação da cruz vai ser revertida? Não estou acreditando nisso!". É até engraçado, porque assim como eu e você ouvimos "Deus abre todas as portas e pode todas as coisas" ou "Deus tem todo o poder", ainda assim temos insônia. Ainda assim, depois do culto, pedimos para o pastor orar sobre nós (quer dizer q as orações feitas durante o culto não foram suficientes?). Falamos mal da nossa igreja e dos irmãos. Choramos e lamentamos porque não acreditamos que o tempo de desemprego vai acabar. 
Mas, eu estive mal, e alguém me visitou. 
Assim foi Tomé, como eu, você e muitos cristãos, que na hora do fogo, ao invés de serem trigo, viram joio. Ao invés de gerarem fé, esperança, geram morte e desespero.
Sendo assim, nós também não cremos que Jesus pode mudar a nossa sorte. Nós também somos "Tomé". Então porque muitos o julgam como "incrédulo"?
Jesus vem para os doentes, não para os sãos. E Tomé, era um homem corajoso e sincero. 

Em João 11:16, Jesus foi ressuscitar Lázaro. Os discípulos pediram para Ele não ir, poderia morrer. Mas Jesus quer ir para que a glória de Deus se manifestasse. Tomé foi o único que disse: "Vamos nós também para morrermos com Ele". Todos queriam que Jesus não retornasse, porque eles não queriam ir. Mas Tomé, o "incrédulo", foi o único a dizer para todos irem com o mestre. Todos estavam com o Senhor, entre a volição (vontade) e o dever fazer (obrigação).

(leia a continuação)

Corajoso ou incrédulo? (pte.1) - João 20:19-28

 Sempre digo que Deus ouve no coletivo, mas age no individual. Tomé é visto pela igreja como "incrédulo", mal exemplo, indivíduo que não tinha fé e não deve ser imitado. Bem aventurado os que não viram e creram.
Tomé, assim como muitos de nós, teve momentaneamente, uma crise de fé, e só por esse fato, não consigo dizer que não tenha sido bem aventurado, simplesmente porque Jesus retornou justamente para Tomé: "Vem Tomé, toca nas minhas feridas" (v.27). Jesus queria que Tomé deixasse de duvidar, que recuperasse sua fé. 

Os discípulos se reuniram, com medo, e Tomé foi o único discípulo que não estava presente (v.24). Afinal, a benção é para quem está presente, e Tomé estava ausente. Geralmente, ouço que, quem está ausente da comunhão do culto na igreja, não recebeu a benção. E você, que está ausente da comunhão dos irmãos na igreja, tenho certeza que a paz, há muito se ausentou da sua vida. Uns se dizem "desigrejados" pois acham que não precisam de pastor - esquecem que são ovelhas, que o sumo-sacerdote é Cristo, que prometeu buscar sua igreja, em comunhão, Ele como cabeça e sua noiva, como corpo. A Palavra de Deus não mudou. Mas acreditam que lendo a Bíblia sozinho, assistindo culto na TV ou internet, em várias denominações, pastores que falam o que eles querem ouvir, basta. Infelizmente. E Jesus aparece entre os discípulos dizendo: "A paz seja convosco".
Ouvindo os discípulos dizerem que viram o Senhor, disse: "Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei" (v.25). 
Mais ou menos assim:
- "Ei, o Senhor esteve aqui!"
- "Eu não creio..."
E então, se diz que Tomé é incrédulo.
Jesus novamente se põe entre eles: "A paz seja convosco". Tomé foi abençoado, 8 dias depois. Mesmo dizendo que só tocando nas feridas acreditaria. Jesus ministra a mesma benção á todos, e Tomé é abençoado. Nunca é tarde para a benção chegar, Jesus nunca desiste de nós.
Tomé era tão ruim assim quanto pensávamos? Tem algo em Tomé que Jesus amava, só voltou para ele! E porque Jesus voltou só para Tomé? 
Aos olhos humanos, Tomé era o pior deles, crente raso, não teve fé e duvidou da ressurreição de Jesus. Incrédulo. Um crente que não crê em milagres? Mesmo depois de tantos que Jesus fez e ele presenciou? Parece uma história que conhecemos, poderia ser nós mesmos.

(leia a continuação)

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Em secreto, com o Pai (pte.2) - Mateus 6:6

Há coisas que não conseguimos explicar. Vivemos em dias tenebrosos, injustiça, ausência de moral e ética.
Faço ou não faço? Vou ou não vou? Primavera árabe, política, morte, fome, escassez de água, corrupção, que mundo louco!
Todo dia me sinto um sobrevivente. Penso: "Onde estão minhas filhas e esposa agora?". Me sinto vulnerável diante de tanta notícia ruim. Então, ouço Jesus dizendo: "Entra no teu quarto...". A oração é um ato de quem confia em Deus. Aprendi e sempre digo, que a oração é para converter meu coração á vontade do Pai, e não para que o Pai faça minha vontade, o que muitas pessoas ainda desejam (basta olhar as redes sociais).

"Pai Nosso...seja feita a Tua vontade". Oração é render-se.

Orar é sair da mente e habitar no coração, permanecendo diante da face de Deus. Onde vivemos não há sentido algum. Justiça? Perdão? Amor ao próximo? 

O que deveria, não acontece. E o que não deveria, acontece. 
Essa vida não faz sentido, caso contrário, não precisaríamos orar: "...venha a nós o Teu reino e seja feita a Tua vontade". Primeiro, pedimos que o reino de Deus seja também aqui na terra, quer dizer que vivemos outro reino, não o do céu. Segundo, se oramos, é porque a vontade do Pai aqui, não é feita. Assim, os homens podem se render á Tua vontade e o mundo possa fazer um mínimo de sentido. Aliás, descobrir sentido no mundo é descobrir que o mundo não faz nenhum sentido.

É no "quarto fechado" que descobrimos que Deus tem um caminho no meio da tempestade (Naum 1:3), ou um caminho nesse mundo sem sentido.

É na intimidade com Deus que as coisas recebem a luz do céu e nosso coração fica em paz. Nossas culpas são perdoadas e encontramos caminho para reconciliações. 
De repente, vem á tona aquela vontade de perdoar, vontade de amar ou abraçar a pessoa que você estava com raiva. Do nada. De repente, vem a solução para algum problema que até ali, não tinha saída. 
Não há muito para levar adiante, apenas as pessoas, e então teremos o que comer, o que vestir e o que beber. Se levarmos as pessoas, teremos a festa da comunhão, da generosidade, da solidariedade. Pena que tem gente que come, bebe e veste, na mais profunda solidão.

É no "quarto fechado" que ouvimos a palavra que recebemos: perdão.

O povo recebe o maná de sábado, na sexta-feira. Esse é o pedido de Jesus: "O pão nosso de cada dia nos dá hoje", que nos dê provisão, nos dê um coração seguro, satisfeito, na certeza de que nada nos faltará, que sabe celebrar e se satisfaz com o que tem.

É no "quarto fechado" que vemos o que é "nos livra do mal". Segundo C.S.Lewis (teólogo, filósofo, Cambribge, Oxford): "Acredito no diabo. Primeiro, porque na história da humanidade tal presença é constatada. Segundo, porque a ciência não me fez desacreditar nele, e terceiro, em acreditando, eu consigo explicar um monte de coisas que, sem acreditar, eu não consigo".


Ganhamos força em viver na luz, seguindo Jesus, no "quarto fechado", orando. Desejo que não nos falte a recompensa de quem nos vê e ouve em secreto. 

Vá para a oração.
Vá para o seu quarto.
É ali que Ele dará suas respostas.
Leve para Deus seus anseios e desejos, pois é ali que Deus te dará satisfação.
Leve seu coração ferido, é ali que Deus te dará perdão e oportunidade de reconciliação.
Leve tuas tentações, maldades e pecados, é ali que Deus te dará livramento.
Vivamos na esperança deste reino.


NEle, onde a vontade de Deus foi plenamente satisfeita.

Em secreto, com o Pai (pte.1) - Mateus 6:6

Muitos querem mudanças. Outros, nem podem ouvir falar. Alguns sabem quais precisam, uns querem uma oportunidade e outros, não saem da zona de conforto.
Há algo em comum nas mudanças: escolhas.
Desconfiamos, relutamos diante das decisões tomadas, entramos em portas erradas, e vacilamos diante das portas certas. Apesar de sermos agentes de mudança e certos que o futuro está em nossas mãos, isso nos paralisa.
O dia de amanhã nos atemoriza. Não deveria, mas...
Sartre dizia: "Somos escravos de nossa liberdade. Decidir não ir, é decidir".
Qual o caminho? Temos massa crítica para decidir? Acredite: Ainda que tenhamos as informações, não controlamos o amanhã. Não temos controle, nem das pessoas e suas decisões, nem decisões que nos afetam. Embora possamos fazer tudo, não sabemos se dará certo. Isso quando não deixamos a vida nos levar. Aliás, algo que abomino. Que coisa triste, o camarada não viver a vida do jeito que tem que ser vivida, na verdade ele 'passa' pela vida. Ao acaso, tem experiências, é usado e se deixa usar, se vê num terremoto de dissabores, mas garante: "eu sei o que é melhor pra mim". Ou como aquela música: "Vamos viver tudo o que há pra viver, vamos nos permitir" - O que há para viver? Se fora de Deus, não há vida, não há nada, o que há pra viver? Morte? Gravidez indesejada? Drogas? Alcoolismo? Estupro? Furto? Roubo? Infidelidade? Perigo para todos os lados? Falsidade? Doenças? Sem afeto? Sem amigos? Sem um abraço de mãe ou pai? O que há pra viver se não andar correto? Aliás, o que poderá fazer aquele que não teme a Deus? Se nada o detém? 

Um espera o outro fazer, e ninguém faz nada, jogamos nossa vida nas mãos do outro: "Tomara que alguém decida por mim, né? Assim, posso culpá-lo se não der certo!". Tem a ver com o casamento. Com amizade. 
Jesus nos atesta: "Vocês tem razão, não são capazes de decidir". 

Me parece razoável entrar no quarto e orar pois o Pai, que vê em secreto, atenderá meu desejo, também em secreto. Não é aquela atitude covarde, escapista, mas atitude de quem sabe o seu tamanho. E também sabe que não é obra apenas de Deus - isso seria atribuir a Deus um papel de manipulador (http://marcioneves67.blogspot.com.br/2014/02/o-que-caracteriza-deus-amor-ou-poder-i.html), nem tampouco nós, homens, julgando ser iguais a Deus, queremos assumir o controle da própria existência.
A vida é, em si, esse relacionamento entre Deus e os homens. Aliás, a Palavra nos ensina que, se o Senhor não edificar e guardar sua casa, em vão trabalham os que a edificam e a vigiam (Salmos 127:1). Apesar que não isenta o trabalhador de edificá-la, nem libera o vigilante de seu ofício. 

Entra no teu quarto, no mais profundo do teu coração e encontre-se com Deus. É isso que Jesus quer que façamos. 
Há momentos que não sei o que é certo ou qual é o caminho. Emocionalmente, eu caio. Convicções profundas duram até a próxima informação bíblica. É complexo, pois gera uma sensação de busca eterna. Me sinto impotente, até cair e ouvir a Jesus. Pode ser uma decisão simples ("o que almoçar?") ou algo mais complexo ("como aconselhar meus filhos?"). Idéias, informações, caminhos, decisões. 

No quarto fechado, nos prostramos, e é aqui que a luz acende. Entrar no quarto, é na verdade, nos fechar para o mundo, fechar os acessos que podem influenciar as decisões e direções.
Jonas fugiu de Deus. E ao contrário da proposta de Jesus para nós, foi para o lado oposto de Deus, buscou o mundo num navio, na tripulação, no porão, e ainda dormia. A diferença é que, entrando no quarto e orando, não fugimos - mas buscamos.
Ali no quarto, fechando a porta e buscando ao Pai, estão apenas você e Deus (que te ouve em secreto).

(leia a continuação)

A tempestade vem... (pte.2) - Mateus 14:23-31



Pedro é um capítulo á parte. Ao ouvir a declaração de Jesus, mesmo com dúvida, pediu: "Senhor, se és Tu, manda-me ir ao Teu encontro por sobre as águas" (v.28). Jesus ordenou, ele foi, enquanto olhou para Jesus, Pedro seguiu. Bastou olhar para o vento e a chuva forte, sentiu medo e afundou. Apesar de algo impossível acontecer (Pedro andar por sobre), tenho para mim que Pedro não poderia mesmo andar sobre as águas - mesmo que alguns pregadores digam para não tirarmos os olhos de Jesus e não olharmos para as circunstâncias (o que não é errado), como Pedro fez - mas porque andar sobre as águas (milagre) só Cristo poderia, jamais Pedro, para que todos nós soubéssemos que Jesus Cristo, é o Senhor - Ele sim anda sobre as águas e ainda nos salva, estende a mão quando pensamos ser iguais a Ele, com misericórdia, nos ajudando a sair da água que nos afoga.
Portanto,"Ele é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos"(Efésios 3:20).  

As tempestades nos fazem buscar refúgio, refrigério, e caminhos que nunca buscaríamos. Podemos não saber quando os temporais vem (não é uma opção que possamos fazer), mas podemos escolher onde ficar quando elas chegarem. Jesus nos convida a ser corajosos não por nós mesmos (assim como Pedro afundou), mas porque Ele está conosco.
Jeremias, nos mostra que temos que trazer á memória aquilo que nos dá esperança, pois é o amor de Deus que não permite a nossa morte. Misericórdias nos alcançam e renovam-se toda manhã, porque acordamos e abrimos os olhos - essa é a sua fidelidade para conosco. Coloquemos nEle a nossa esperança, pois ela nunca será em vão. 

Assim como Pedro, não deixemos de olhar para Cristo. 
Mas saibamos que Ele pode, nós não podemos.
Eu não consigo, mas Ele consegue.
Eu não sei, mas Ele sabe.
Porque Ele é o ungido, e todos nós, estamos debaixo da unção dEle, do Cristo, o Filho do Deus vivo.


Naquele que jamais nos desamparará, até o fim dos tempos.

A tempestade vem... (pte.1) - Mateus 14:23-31

O mar da Galileia é vulnerável aos ventos que vem das montanhas de Golã. Pedro e os discípulos estavam em apuros, apesar de esperar uma viagem tranquila. Durante boa parte da noite, ventos fortes, relâmpagos e grandes ondas fustigaram o barco (v.24). Longe da terra, inseguros, a tempestade os alcançou.
Exatamente como a mim e você, nos dias de hoje.
Fizemos um planejamento, estava tudo bem, mas de repente, as coisas aconteceram diferente do que prevíamos. Os discípulos lutaram contra a tempestade em circunstâncias desfavoráveis. Mas, de repente (gosto disso) algo extraordinário aconteceu: Jesus andava sobre as águas em sua direção, e isso é lindo: Deus sai, de onde estiver e vai ao nosso encontro. Entretanto, os discípulos, ao invés de se sentirem aliviados, "ficaram aterrorizados" (v.26). 

Situação interessante, pois precisavam de socorro, mas quando Jesus vai ao encontro deles, sentem insegurança e medo. Ficamos perplexos mais do modo como Jesus chega do que o fato do Filho de Deus vir ao nosso encontro para nos salvar. No caso, imaginavam-se perdidos.
Na maioria das vezes determinamos a forma como Deus deve nos atender, e assim, não conseguimos "ver" o socorro enviado. 
Ao ver o pânico dos discípulos, Jesus lhes diz: "Coragem! Sou eu. Não tenham medo" (v.27).
Nessas circunstâncias, ouvir Jesus declarando isso, é tudo o que precisamos para continuar a caminhada, firmes. Isso pode mudar a vida das pessoas. 

Podemos encontrar na Palavra de Deus várias vezes a mesma declaração. É importante constatar que Deus sabe quem somos, os nossos limites e o que quer de nós:"Estarei convosco todos os dias, até o final dos séculos" (Mateus 28:20).

(leia a continuação)

terça-feira, 2 de junho de 2015

Os dias correm depressa - Salmos 90:12


Confesso que a rapidez com que os dias passam (efeito Shummann), assusta. Tão rápido que, quase sempre, é impossível absorvê-los e tirar deles a vida que neles há.
Traduzindo: os dias passam e desperdiçamos vida. E se não a vivemos na totalidade, significa dizer que não vivemos muito - advérbio de intensidade!
Acredito até que essa 'saudade', essa 'nostalgia' que nos atinge ás vezes é resultado desse 'vazio', mesmo naquelas pessoas cujo passado não há nada bom para lembrar, pela dor ou privação, em querer esquecê-lo. Vejo muito isso nas redes sociais.
Mas, se o passado é ruim, de onde vem a nostalgia ou saudade?
Vem da vida que não foi vivida. Saudade do que não foi, do que não se viveu na plenitude, do que poderia ter sido. Saudade não do que se viveu, mas do que não se viveu. Saudade do abraço não recebido, do sorriso não devolvido, do beijo negado, do namoro que não aconteceu, do olhar que apesar de trocado, não seguiu em frente, do bilhete que se perdeu no tempo, do correio elegante enviado, da palavra doce que não foi dita, do amor que era certo mas não cresceu nem frutificou, do perdão que não deu nem recebeu, da caridade retida ou solidariedade contida, enfim, da vida não vivida. 

Infelizmente, os pais de hoje esqueceram de ensinar aos filhos que ser homem/mulher é mais que ser adulto. Os dias são rápidos e a vida nestes dias não está sendo vivida, o que gera em nós essa sensação horrível de sempre nos faltar algo. 

O que é a vida vivida? E o que é a vida desperdiçada? Reflita. Medite sobre isso. Qual dessas vidas predominou sobre nós: a vida que vivemos ou q que não vivemos? 

Quantos abraços foram dados e quantos não foram por causa da amargura, da raiva, da incompreensão, da negligência. Estes, não liberam perdão. Quantos sorrisos foram evitados? Não é o que fazem conosco mas sim, o que nós fazemos com os que fazem isso conosco! E nos tornamos ranzinzas.
Quantos beijos e abraços deixamos de dar? Quantos sinais de carinho e respeito? Mas reprovamos e somos indiferentes. Quantos afetos, cafunés, toques, palavras doces que não foram oferecidos, e agora, porque foram guardados, venceram o seu prazo, "azedam" a nossa alma? 

Quanta vida há para ser vivida e não foi? 

Minha oração (e esperança) é que, apesar de mim, Senhor, a começar por mim, todos os outros, homens e mulheres, possamos permitir que a Sua vontade seja feita. Porque nela, além de boa perfeita e agradável, é para que amemos o nosso irmão, com todo nosso coração, com toda a nossa alma, com todo a nossa força e todo nosso entendimento - mesmo que não saibamos o que isso signifique ou o quão seja profundo. Porque assim, estaremos amando a Deus. 

Se os dias passam rápido, e não vivemos a vida como deve ser vivida, envelhecemos sem viver. Há muitos que estão morrendo e passaram apenas pela vida, mas não viveram. Quase um paralelo com a "Parábola dos talentos" quando o trabalhador que recebeu 1 talento, por medo da volta do seu Senhor, enterrou o seu talento para devolvê-lo. 

Lembrando que próspero não é quem tem muito, mas quem tem sempre.


NEle
, que controla o tempo e as estações.