quinta-feira, 18 de junho de 2015

Em secreto, com o Pai (pte.1) - Mateus 6:6

Muitos querem mudanças. Outros, nem podem ouvir falar. Alguns sabem quais precisam, uns querem uma oportunidade e outros, não saem da zona de conforto.
Há algo em comum nas mudanças: escolhas.
Desconfiamos, relutamos diante das decisões tomadas, entramos em portas erradas, e vacilamos diante das portas certas. Apesar de sermos agentes de mudança e certos que o futuro está em nossas mãos, isso nos paralisa.
O dia de amanhã nos atemoriza. Não deveria, mas...
Sartre dizia: "Somos escravos de nossa liberdade. Decidir não ir, é decidir".
Qual o caminho? Temos massa crítica para decidir? Acredite: Ainda que tenhamos as informações, não controlamos o amanhã. Não temos controle, nem das pessoas e suas decisões, nem decisões que nos afetam. Embora possamos fazer tudo, não sabemos se dará certo. Isso quando não deixamos a vida nos levar. Aliás, algo que abomino. Que coisa triste, o camarada não viver a vida do jeito que tem que ser vivida, na verdade ele 'passa' pela vida. Ao acaso, tem experiências, é usado e se deixa usar, se vê num terremoto de dissabores, mas garante: "eu sei o que é melhor pra mim". Ou como aquela música: "Vamos viver tudo o que há pra viver, vamos nos permitir" - O que há para viver? Se fora de Deus, não há vida, não há nada, o que há pra viver? Morte? Gravidez indesejada? Drogas? Alcoolismo? Estupro? Furto? Roubo? Infidelidade? Perigo para todos os lados? Falsidade? Doenças? Sem afeto? Sem amigos? Sem um abraço de mãe ou pai? O que há pra viver se não andar correto? Aliás, o que poderá fazer aquele que não teme a Deus? Se nada o detém? 

Um espera o outro fazer, e ninguém faz nada, jogamos nossa vida nas mãos do outro: "Tomara que alguém decida por mim, né? Assim, posso culpá-lo se não der certo!". Tem a ver com o casamento. Com amizade. 
Jesus nos atesta: "Vocês tem razão, não são capazes de decidir". 

Me parece razoável entrar no quarto e orar pois o Pai, que vê em secreto, atenderá meu desejo, também em secreto. Não é aquela atitude covarde, escapista, mas atitude de quem sabe o seu tamanho. E também sabe que não é obra apenas de Deus - isso seria atribuir a Deus um papel de manipulador (http://marcioneves67.blogspot.com.br/2014/02/o-que-caracteriza-deus-amor-ou-poder-i.html), nem tampouco nós, homens, julgando ser iguais a Deus, queremos assumir o controle da própria existência.
A vida é, em si, esse relacionamento entre Deus e os homens. Aliás, a Palavra nos ensina que, se o Senhor não edificar e guardar sua casa, em vão trabalham os que a edificam e a vigiam (Salmos 127:1). Apesar que não isenta o trabalhador de edificá-la, nem libera o vigilante de seu ofício. 

Entra no teu quarto, no mais profundo do teu coração e encontre-se com Deus. É isso que Jesus quer que façamos. 
Há momentos que não sei o que é certo ou qual é o caminho. Emocionalmente, eu caio. Convicções profundas duram até a próxima informação bíblica. É complexo, pois gera uma sensação de busca eterna. Me sinto impotente, até cair e ouvir a Jesus. Pode ser uma decisão simples ("o que almoçar?") ou algo mais complexo ("como aconselhar meus filhos?"). Idéias, informações, caminhos, decisões. 

No quarto fechado, nos prostramos, e é aqui que a luz acende. Entrar no quarto, é na verdade, nos fechar para o mundo, fechar os acessos que podem influenciar as decisões e direções.
Jonas fugiu de Deus. E ao contrário da proposta de Jesus para nós, foi para o lado oposto de Deus, buscou o mundo num navio, na tripulação, no porão, e ainda dormia. A diferença é que, entrando no quarto e orando, não fugimos - mas buscamos.
Ali no quarto, fechando a porta e buscando ao Pai, estão apenas você e Deus (que te ouve em secreto).

(leia a continuação)

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