terça-feira, 2 de junho de 2015

Os dias correm depressa - Salmos 90:12


Confesso que a rapidez com que os dias passam (efeito Shummann), assusta. Tão rápido que, quase sempre, é impossível absorvê-los e tirar deles a vida que neles há.
Traduzindo: os dias passam e desperdiçamos vida. E se não a vivemos na totalidade, significa dizer que não vivemos muito - advérbio de intensidade!
Acredito até que essa 'saudade', essa 'nostalgia' que nos atinge ás vezes é resultado desse 'vazio', mesmo naquelas pessoas cujo passado não há nada bom para lembrar, pela dor ou privação, em querer esquecê-lo. Vejo muito isso nas redes sociais.
Mas, se o passado é ruim, de onde vem a nostalgia ou saudade?
Vem da vida que não foi vivida. Saudade do que não foi, do que não se viveu na plenitude, do que poderia ter sido. Saudade não do que se viveu, mas do que não se viveu. Saudade do abraço não recebido, do sorriso não devolvido, do beijo negado, do namoro que não aconteceu, do olhar que apesar de trocado, não seguiu em frente, do bilhete que se perdeu no tempo, do correio elegante enviado, da palavra doce que não foi dita, do amor que era certo mas não cresceu nem frutificou, do perdão que não deu nem recebeu, da caridade retida ou solidariedade contida, enfim, da vida não vivida. 

Infelizmente, os pais de hoje esqueceram de ensinar aos filhos que ser homem/mulher é mais que ser adulto. Os dias são rápidos e a vida nestes dias não está sendo vivida, o que gera em nós essa sensação horrível de sempre nos faltar algo. 

O que é a vida vivida? E o que é a vida desperdiçada? Reflita. Medite sobre isso. Qual dessas vidas predominou sobre nós: a vida que vivemos ou q que não vivemos? 

Quantos abraços foram dados e quantos não foram por causa da amargura, da raiva, da incompreensão, da negligência. Estes, não liberam perdão. Quantos sorrisos foram evitados? Não é o que fazem conosco mas sim, o que nós fazemos com os que fazem isso conosco! E nos tornamos ranzinzas.
Quantos beijos e abraços deixamos de dar? Quantos sinais de carinho e respeito? Mas reprovamos e somos indiferentes. Quantos afetos, cafunés, toques, palavras doces que não foram oferecidos, e agora, porque foram guardados, venceram o seu prazo, "azedam" a nossa alma? 

Quanta vida há para ser vivida e não foi? 

Minha oração (e esperança) é que, apesar de mim, Senhor, a começar por mim, todos os outros, homens e mulheres, possamos permitir que a Sua vontade seja feita. Porque nela, além de boa perfeita e agradável, é para que amemos o nosso irmão, com todo nosso coração, com toda a nossa alma, com todo a nossa força e todo nosso entendimento - mesmo que não saibamos o que isso signifique ou o quão seja profundo. Porque assim, estaremos amando a Deus. 

Se os dias passam rápido, e não vivemos a vida como deve ser vivida, envelhecemos sem viver. Há muitos que estão morrendo e passaram apenas pela vida, mas não viveram. Quase um paralelo com a "Parábola dos talentos" quando o trabalhador que recebeu 1 talento, por medo da volta do seu Senhor, enterrou o seu talento para devolvê-lo. 

Lembrando que próspero não é quem tem muito, mas quem tem sempre.


NEle
, que controla o tempo e as estações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Só há um caminho. Uma verdade. Uma vida. Deixe um comentário.