terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Igrejas precisam de pastores e mestres (pte.1) - I Pe 5.2,3



A Igreja é feita por evangelistas. Após 200 anos no Brasil, há quem dê conta que precisamos de pastores e mestres (assim como eu). A herança dos missionários, da qual somos filhos, é óbvia, mas e agora? 


Os evangélicos romperam com a igreja apostólica-romana, não pertencem à essa diocese, pertencem aos seus templos. Se considerarmos as religiões de matriz africana que não eram reconhecidas, e se o são hoje, é graças ao crescimento da religião evangélica, que se impôs e admitiu não pertencer mais aos católicos-romanos. O IBGE mostra isso, onde espíritas, candomblé, umbanda, e evangélicos começaram a despontar. Mesmo sendo de outras religiões se diziam católicas apostólicas-romanas, pois não entendiam que, o que praticavam rompia com a diocese, o catolicismo. 

Dentro da Igreja atual, o personagem mais importante é o evangelista, que traz pessoas para a Igreja. Fica fácil compreender porque pastores evangelistas tem força, formam grandes Igrejas, mas continuam, não amadurecem - não sabem apascentar nem ensinar. O turn-over é enorme. Anunciam Jesus, existe um dom e o serviço para isso. Só depois, essa pessoa é cuidada pelo pastor, e ensinada pelo mestre. O evangelista não cuida nem ensina. Mas por ser uma instituição, sendo líder, dirige uma Igreja e é chamado de "pastor" - porém, ele não é pastor! 
Esta Igreja cresce, cresce, mas não amadurece, porque não tem pastor nem mestre. O evangelista não se preocupa com o próximo - o próximo para o evangelista é quem ele ganhar para Cristo, não a pessoa que está morrendo de fome - quem se preocupa com o faminto é o pastor. A Igreja está sendo liderada por evangelistas, lembrando que nada tenho contra, apenas uma constatação de inversão de papéis e ausência de dons.
O pastor conta pessoas, o evangelista conta cadeiras vazias. "Precisamos levar mais gente para o céu"; "Precisamos aumentar esse templo"; "Preciso colocar mais gente aqui".
(Leia a continuação)

Igrejas precisam de pastores e mestres (pte.2) - I Pe 5.2,3

Agora, recentemente, a Igreja começa a perceber isso. Precisamos suscitar pastores e mestres, pois já temos mais de 40% de crentes neste país, ele já está ganho, só que agora é hora de apascentar o país, ensinar, mas não mudamos a estrutura, a cultura, ou o social. Porque líderes evangelistas não farão isso mesmo, o dom deles é tirar o camarada do inferno! E eu digo: "Então, vai lá, retira ele do inferno e entrega pra mim". E assim, poderemos transformá-lo num agente do céu.
Não adianta pregar mais, eles já se converteram, já nasceram de novo, mas continuam ensinando que devem falar de Jesus, evangelizar, convidar para o pastor fazer o apelo, e para ter apelo, tem que ter quem precise, porém, o evangelista tira a pessoa do inferno, mas são mestres e pastores tiram o inferno da pessoa. 

E nos Seminários, sinto muito, mas não ensinam noções de ministério. Seminário não é para apascentar a Igreja local, só mantém a lógica denominacional. A pessoa frequenta um Seminário para aprender a ser metodista, ou aprender a ser baptista, ou aprender a ser presbiteriano, mas não é lá que aprenderá a cuidar de uma Igreja local - aprenderá apenas a doutrina de sua denominação, o que intensifica sua instituição, porém gera essa Igreja que vemos hoje, onde todos reclamam mas não se unem, que não vê o próximo (que precisa de amor), mas aponta para o pecador (que precisa de salvação), e só consegue ver o próximo dentro de sua casa - quando vê os da sua casa. 

Temos que compreender qual é o dom de cada um, desenvolvê-lo, caso contrário, a comunidade não irá se desenvolver, nem crescer. Muitas vezes as pessoas não sabem o que é o Evangelho, porque se batizaram, o que estão fazendo, e são cobradas porque não estão na Igreja no domingo (está fazendo o quê?) - está em pecado. 

É uma proposta: Porque não capacitar os mestres? Se é pastor, porque não andar junto e capacitá-lo? Qual o dom de cada um? Vamos desenvolvê-los para servir na Igreja do Senhor.


Que o Senhor nos dê Graça, ainda mais...

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Somos um, em Deus - Jo 17.11,21



Achei muito bacana a campanha de um pastor que admiro e sua Igreja deste ano. Nossas ideias batem, quase o mesmo caminho para chegar ao mesmo fim, em concordância. Chamamos isso de unidade. E a Trindade bíblica que cremos são 3 pessoas ao qual chamamos "Deus" e é identificada por Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo. Sim, Ele é plural, mas é uno, possui uma unidade. Deus é um montão de eus.
Nós, criados à imagem e semelhança de Deus (plural, uno), não somos divisíveis - como alguns, infelizmente tratam separadamente o corpo, a alma e o espírito (tem gente incluindo a mente também). 
Homem e mulher, em unidade: um é osso dos ossos do outro, que é carne da carne do outro. 

Assim é a família, enquanto uns são "nós" de travar, de amarrar, de doer, de fazer mal, de não deixar ir, outros são "nós" de irmandade, de unidade, de ser irmão, de estar ao lado, mesmo que ausente - o tal do "tamojuntu" (que nunca confiei!). 

O sonho de Deus sempre foi viver em comunhão com Sua criação, especialmente ao carregarmos a imagem e semelhança do Pai. A Bíblia diz que, Criador e criaturas conversavam (Gn 3.8). Já pensou que doido isso? Até que o homem (indivíduo) quis usurpar o trono do Senhor, comeu do fruto que a serpente lhes deu, e cobiçou: Viram que era boa para comer (Gn 3.6) - Se são únicos e já terem tudo, por quê quiseram ser "igual a Deus" (Gn 3.5)? Eles já eram a imagem e semelhança! 
O humano tentando ser divino, fez a avalanche desabar: Caim matou Abel, na torre de Babel houve divisão da unidade para o indivíduo, grupos individuais chamados de "nações" lutavam contra outros grupos individuais, e foi assim que o mundo do eu nasceu, não mais o homem coletivo mas o homem indivíduo - agora somos nós contra eles! 

Enquanto isso, os "nós" literais cresciam, na forma de sentimentos e ações: frustração, amarração (entenda como quiser), dificuldade de relacionamento, interesses, agendas, males de toda sorte, traição, corrupção, confusão, onde a vida começou verdadeiramente a ser um grande "nó". Para combater esses "nós", só "nós" - coletivo, comunhão, gente como gente deve ser - sim, a família continua a ser o sonho de Deus, na retomada da unidade perdida. 

Na descendência de Abraão, Deus prometeu abençoar todas as famílias da terra, e congregar novamente as famílias humanas. E foi por isso que Jesus nasceu, da unidade divina, não usurpou ser Filho de Deus, mas se fez homem, se humilhou e mergulhou na hostilidade humana para falar de amor e de paz: "Para que todos sejam um, Pai, como Tu estás em mim e eu, em Ti. Que eles estejam também em nós" (Jo 17.11,21).
Maior declaração de unidade conosco, nunca se ouviu.
O sonho de Deus é este: sermos um.


A Graça e a paz de Cristo seja com todos!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Boas obras na vida cristã (pte.1) - Mt 5.1-16



Paulo e Jesus, nos alertaram que somos salvos, sim, mas pela Graça, não pelas obras preparadas por Deus. Uma seria para que ninguém receba a glória que é de Deus, a outra, para que as pessoas glorifiquem ao Pai ao nos ver praticando tais obras. Porém, nem Paulo nem Jesus nos dizem quais são essas boas obras. 

Interessante é perceber que Jesus nos diz que as boas obras tem a ver com quem somos, e como seres "luminosos" - porque Jesus é a luz do mundo e habita em nós - iluminaremos o próximo, como um holofote que aponta para o outro, onde esta luminosidade é manifesta através das boas obras. Já os que são "iluminados" (esotéricos, espíritas), apontam o holofote para si mesmos, pois creem que as boas obras os levarão ao céu - fazem ao outro mas no fundo, fazem a eles mesmos, e usam o outro, porque estas boas obras (talvez) os levarão a algum lugar.
As nossas boas obras não são atos de bondade, mas são expressões da nossa natureza - gera novo comportamento, novo jeito de ser gente, nova forma de viver, e finalmente, ser como gente deve ser.
Ou seja, as boas obras são reflexo da luminosidade da vida de Cristo em nossa natureza. E as boas obras só podem existir graças ao outro. Assim, Jesus ilumina os homens através da luz que habita em nós - "Vós sois a luz do mundo" (Mt 5.14), nós iluminaremos o mundo, não seremos iluminados! Nós vamos mostrar as coisas como são, vamos apontar caminhos, vamos mostrar a vida e dar o caminho da Salvação! 

As boas obras estão no texto citado (Mt 5.1-16), as boas-aventuranças, onde Jesus subiu aos montes, sempre quando queria falar com discípulos, num grupo mais intimista, assim como os mestres de Israel - Paulo cresceu aos pés de Gamaliel - uma forma de dizer que aprendeu com o seu mestre. 

Como já disse aqui no Blog, a Bíblia não dá a receita da felicidade, mas aponta para o tipo de pessoas felizes. Os discípulos, para Jesus, era felizes (bem-aventurados). 

Ser humildes de espírito é saber que Deus é quem nos sustenta (At 17.28) onde o princípio das boas obras é tratar meu próximo como igual, dignos, como irmãos porque há um só Pai, de todos. Todos dependem de Deus, mas nem todos vivem como se dependessem de Deus. Nos julgamos ser "deus", logo, mandamos, ajuizamos, julgamos, exigimos, etc. É Deus quem nos permite mais uma hora (não mais um dia). Não sei quanto tempo tenho - e quem não sabe quanto tempo tem, tem muito pouco tempo - só posso viver esse pouco tempo que tenho, em Deus, onde minha oração é: "Obrigado pela Tua misericórdia, eu estou vivo". 

Consegue imaginar na sua cidade, todos tratando outros como iguais, sem discriminação nem segregação, merecedores, como você, da benção, do respeito e da vida, quanto qualquer um? Imagine como seria sua cidade? É isso que Deus quer, que pratiquemos as boas obras, a começar por sermos humildes, de espírito...
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Boas obras na vida cristã (pte.2) - Mt 5.1-16



Somos pessoas que choram pelos outros, que se compadecem. Já chorou pela dor do outro? É um choro compassivo, olha e se vê no outro, como o samaritano que pensa: "Se fosse eu, gostaria que parassem".

Jesus cansado, querendo se recolher, mudou sua agenda para distribuir o pão à multidão, teve compaixão. Poderia dizer que estava cansado, com fome, precisando descansar, e reagendar - como muitos fazem! Mas se compadeceu daquela gente - pior se pensarmos que esse mesmo povo iria gritar "crucifica-o" algum tempo depois. Mas Jesus se compadeceu, melhor, permitiu que a necessidade desta comunidade mudasse sua agenda. Imagine se a nossa agenda, compromissos, horários, etc, fosse flexibilizada pela necessidade do outro? Imagino a esposa ouvindo o marido dizer: "É... vou levá-la ao mercado e na volta, lavo a louça, depois, se der tempo, assisto o jogo na tv". O marido não vai mais fazer o que só ele quer, mas mudou sua agenda para servir ao próximo. Na maioria das vezes, a esposa ouve do marido: "Agora não tenho tempo, minha agenda não tem essa flexibilidade". 

A compaixão de Jesus permite vermos que o povo tinha uma necessidade e vamos cuidar deles. Isso e compaixão.
Imagine se aqueles que tem o poder de decisão, tem a possibilidade de alterar leis, fazer cumprir mandatos, prender e soltar, alimentar, plantar e colher como decreto, mudassem suas agendas para servir ao próximo? Imagine o bairro, sua comunidade... Agora, imagine a sociedade... E agora, imagine o país? O que norteia nossa agenda (onde vamos, o que faremos, o que compraremos) se fosse a necessidade do outro? Que revolução seria?

Que a necessidade de quem está a ponto de tirar sua própria vida nos norteie. O foco continua sendo o ser humano, e isto é uma boa obra, através da luz de Cristo em nós. E mais profundo ainda: Se esses necessitados vissem estas ações para com eles, renderiam "Graças a Deus" e glorificariam o Pai que está no céu.
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Boas obras na vida cristã (pte.3) - Mt 5.1-16



Somos pessoas mansas. Moisés foi um grande líder, aprendeu em 40 anos no Egito e 40 anos no deserto, era manso, mas era um líder quando devia ser, pois pegou um bando de escravos rebeldes, sem lei, de um lado, e entregou do outro lado, antes mesmo de ser um Estado, que já tinham um culto e a lei, e agora poeriam ser um Estado, um povo, com cultura, alfabeto, 5 livros escritos, liturgia (quem era Deus, o que deveriam fazer e qual a expectativa de Deus em relação a eles). 

Manso não é quem não reage, mas quem não sonega o que tem - dons, possibilidades, conhecimento - quebrou as pedras talhadas com os mandamentos, ficou doido com o bezerro de ouro. Repassou conhecimento e temor de Deus ao povo, para que todos recebessem o máximo possível. Imagine o nosso povo, não querendo tudo para si, mas querendo tudo para todos? Este era o propósito. Este povo criaria escola excelente para todos, não só para alguns. Imagine uma cidade onde as pessoas não negam e ainda fazem tudo para todos. Essa é uma boa obra. 
Somos as pessoas que tem sede e fome de justiça, não nos contentamos com a injustiça. E só para lembrar, não há justiça sem amor. Apontamos o erro, auto-cobrança: "Não pode isso!"; "Isso não é justo!". Porém, a iniquidade se multiplicou, não há mais relação entre os homens - o ser humano não significa mais nada! Jesus disse que "a lei é para os homens, não os homens para a lei". Não há mais quem tenha fome e sede de justiça - nós nos importamos. Mais uma boa obra.  

Somos misericordiosos, que em hebraico (haram) quer dizer 'ventre' - assim como uma mãe, Deus nos carrega no ventre, e assim temos todas as condições para uma vida saudável, e nós temos condições de dar todas as condições para que o outro viva, com dignidade, apesar dos erros. Misericórdia é Deus nos amando, apesar dos nosso erros e ausência de méritos - dando o que precisamos, não o que merecemos (Salvação, não condenação) - para vivermos uma vida digna.
Imagine se nossa cidade, estado e país, tivesse mil misericordiosos? Tivesse o fruto da luz que há dentro de nós (Jesus Cristo)? Essa luz dentro de nós manifesta segregação, compaixão, capacidade de doação, sede de justiça, dignidade do ser humano (apesar de nós).
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Boas obras na vida cristã (pte.4) - Mt 5.1-16



Somos limpos de coração. Olhamos para as possibilidades de alguém, assim como Deus. É a Graça.
Jesus chamou Levi (Mateus, o coletor de impostos), odiado pelo povo. Se alguns de nós estivessem ali, diríamos: 
- "Jesus, vai chamar Levi? Então tô fora...";
- "Tem algo contra ele?";
- "Eu e a torcida do Flamengo...";
- "O que pensa sobre Levi?";
- "Bandido, leviano, corrupto, ladrão, não confiável...";
- "Eu vejo diferente... Vejo um santo, um apóstolo que escreverá sobre mim e durante séculos, quem quiser saber sobre mim, terá que ler o que ele escreveu. Vejo também alguém que chamei para me seguir, e ele veio, e nunca mais foi o mesmo, se transformou. Pedro e os outros tinham para onde voltar, Levi não, é odiado pelo povo e não aceito pelos romanos. Ele voltaria para onde?" 

Quando o homem olha para alguém, quer saber seu passado (currículo): O que fez, onde andou, quem é, mora onde, se tem dinheiro, se é bom caráter, etc. Quer saber o seu passado.
Quando Jesus olha para alguém, olha o futuro: as suas possibilidades. Porque nenhum dos apóstolos estava pronto para seguir Jesus.
Jesus era limpo de coração. Eu sou fruto dessa Graça, e assim como Jesus, sei bem o que a Graça pode fazer - e só gente que sabe, investe na humanidade.
Porque arrecada mantimentos e roupas? Porque eu sei o que a Graça pode fazer.
Porque vai orar e louvar nos hospitais, com doentes e no ministério de idosos? Porque eu sei o que a Graça pode fazer. Porque ministra às pessoas o Evangelho? Porque eu sei o que a Graça pode fazer. Porque faz ações sociais? Porque eu sei o que a Graça pode fazer. Porque trabalha de graça numa ONG que cuida de crianças e idosos numa comunidade carente? Porque eu sei o que a Graça pode fazer.
Eu crio meios para que a Graça de Deus faça o que só ela pode fazer!!
Deus pode pegar um corrupto e transformar num apóstolo. Outra boa obra. Acreditar nas possibilidades da Graça, simplesmente porque a vida de Cristo está em nós. É a fé, não no desejo que aconteça, mas na certeza de quem me falou - é ter certeza no caráter de Deus. Ele disse que posso ter certeza, que posso esperar: "Esteja convicto, já está feito" - Pronto, eu creio, Deus tem caráter! 

Acredite nas possibilidades da Graça, porque onde o sujo de coração diz: "Esse cara não tem jeito", o limpo de coração diz: "Sim, tem jeito, nada é impossível para Deus". Invista na vida, sempre.
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Boas obras na vida cristã (pte.5) - Mt 5.1-16



Somos pacificadores que promovem a paz, que não é pano quente nem concorda com o que está errado. A Bíblia diz que "a justiça é uma semente que se semeia na paz" (Tg 3.18), mas paz é disposição, não é fruto da justiça - aprendi que Deus diz: primeiro deseje a paz, e depois de desejá-la, estaremos prontos para admitir a justiça, e q o outro também tem o direito.
Mas se não quero a paz com o outro, só tenho o direito. Nunca haverá paz porque ela é disponibilidade de coração -  paz não é ausência de guerra, é ausência de trégua. 
Paz é um desejo profundo de comunhão, fruto íntimo em ter comunhão, amizade, comunidade, voltar a ter família, vida comunitária. Somos quem ajuda as pessoas para que se disponibilizem à paz, e quando isso acontece, estão prontas para que a justiça seja feita. Mais uma boa obra. 

Somos os perseguidos pela justiça. O mundo está cheio de ódio, e nós, promovemos o amor, clamamos por justiça. Há desapego no mundo, e nós proclamamos amor ao próximo, clamamos por misericórdia e responsabilização sobre o outro. Cheio de injustiça no mundo e nós clamamos por justiça. Cheio de necessidades, de pessoas buscando seus próprios interesses, e nós dizemos que precisa flexibilizar a agenda em favor do outro que necessita. É óbvio que vamos ser perseguidos, vai custar, mas você está preparado? 

Para ser perseguido precisa estar disposto, e só estaremos dispostos ao entendermos "Quando por minha causa" (Mt 5.11) - que é quem mora dentro de nós. Não é um bom coração ou compreensão da vida, Jesus é a luz dentro de nós, afinal não há outra forma de viver.
Não faço boas obras para ser salvo, eu sou salvo (pela Graça!) por isso faço as boas obras. Nada que eu faça agradará a Deus, porque deus me abençoa enquanto durmo - temos que descansar e dormir mais! Cristo em nós é a esperança da Glória.
Fazemos as boas obras porque não tem outro jeito de viver. Somos da turma que voltou da rebelião, não temos nada a ver com o pecado. Somos o sal da terra, preserva e impede a maldade de avançar.
Não somos felizes porque fazemos boas obras, mas felizes porque graças a Cristo, que habita em nós, Deus reina.
(leia a continuação!)

Boas obras na vida cristã (pte.6) - Mt 5.1-16



O reino do céu é nosso, nos foi dado. Deus habita e reina em nós, e somos felizes porque abraçamos, não porque fazemos boas obras.
Somos felizes não por nos compadecer de todos, mas porque Deus faz nossa compaixão dar resultados, e assim, somos consolados. Somos felizes não por distribuir o que recebemos, mas porque temos ainda mais para distribuir - nós herdamos a terra. Somos felizes não porque queremos justiça, mas porque Deus ouve nossa oração e fará obras maiores em nosso meio. Somos felizes não porque tratamos bem ou reconhecemos valores, mas porque Deus nos trata com dignidade, apesar de pecadores. Somos felizes não porque somos limpos de coração,  mas porque acreditamos que por trás dessa sociedade caótica, Deus sempre aparece e diz: "Fique tranquilo, Eu estou aqui" - e só então investimos. Somos felizes não porque levamos as pessoas a terem uma mensagem de paz, mas porque Deus nos chama de FILHOS, e somos reconhecidos - até porque, para ter um coração assim, só sendo filho mesmo de Deus. Somos felizes porque Deus reina em nós, porque só fazemos algo de bom porque a resposta para nossas orações é: "Fiquem tranquilos, abençoarei vocês como abençoei os profetas". A gente não merece, mas Deus, apesar de saber tudo (onisciente), abençoa, até porque os profetas viveram assim. 

O maior presente pra mim, seria: "Rapaz, você viveu como os profetas, que vieram antes e sofreram perseguições". E apesar da vergonha, ficarei com o sentimento de realização, ciente de que o Senhor fez em mim algo tão extraordinário que eu jamais imaginei que pudesse acontecer na minha vida. "Servo bom e fiel" - não... Deus, o Senhor é bom e fiel!! Bendito seja o Teu nome.



Graça e paz!