segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Boas obras na vida cristã (pte.1) - Mt 5.1-16



Paulo e Jesus, nos alertaram que somos salvos, sim, mas pela Graça, não pelas obras preparadas por Deus. Uma seria para que ninguém receba a glória que é de Deus, a outra, para que as pessoas glorifiquem ao Pai ao nos ver praticando tais obras. Porém, nem Paulo nem Jesus nos dizem quais são essas boas obras. 

Interessante é perceber que Jesus nos diz que as boas obras tem a ver com quem somos, e como seres "luminosos" - porque Jesus é a luz do mundo e habita em nós - iluminaremos o próximo, como um holofote que aponta para o outro, onde esta luminosidade é manifesta através das boas obras. Já os que são "iluminados" (esotéricos, espíritas), apontam o holofote para si mesmos, pois creem que as boas obras os levarão ao céu - fazem ao outro mas no fundo, fazem a eles mesmos, e usam o outro, porque estas boas obras (talvez) os levarão a algum lugar.
As nossas boas obras não são atos de bondade, mas são expressões da nossa natureza - gera novo comportamento, novo jeito de ser gente, nova forma de viver, e finalmente, ser como gente deve ser.
Ou seja, as boas obras são reflexo da luminosidade da vida de Cristo em nossa natureza. E as boas obras só podem existir graças ao outro. Assim, Jesus ilumina os homens através da luz que habita em nós - "Vós sois a luz do mundo" (Mt 5.14), nós iluminaremos o mundo, não seremos iluminados! Nós vamos mostrar as coisas como são, vamos apontar caminhos, vamos mostrar a vida e dar o caminho da Salvação! 

As boas obras estão no texto citado (Mt 5.1-16), as boas-aventuranças, onde Jesus subiu aos montes, sempre quando queria falar com discípulos, num grupo mais intimista, assim como os mestres de Israel - Paulo cresceu aos pés de Gamaliel - uma forma de dizer que aprendeu com o seu mestre. 

Como já disse aqui no Blog, a Bíblia não dá a receita da felicidade, mas aponta para o tipo de pessoas felizes. Os discípulos, para Jesus, era felizes (bem-aventurados). 

Ser humildes de espírito é saber que Deus é quem nos sustenta (At 17.28) onde o princípio das boas obras é tratar meu próximo como igual, dignos, como irmãos porque há um só Pai, de todos. Todos dependem de Deus, mas nem todos vivem como se dependessem de Deus. Nos julgamos ser "deus", logo, mandamos, ajuizamos, julgamos, exigimos, etc. É Deus quem nos permite mais uma hora (não mais um dia). Não sei quanto tempo tenho - e quem não sabe quanto tempo tem, tem muito pouco tempo - só posso viver esse pouco tempo que tenho, em Deus, onde minha oração é: "Obrigado pela Tua misericórdia, eu estou vivo". 

Consegue imaginar na sua cidade, todos tratando outros como iguais, sem discriminação nem segregação, merecedores, como você, da benção, do respeito e da vida, quanto qualquer um? Imagine como seria sua cidade? É isso que Deus quer, que pratiquemos as boas obras, a começar por sermos humildes, de espírito...
(leia a continuação)

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