Somos pessoas que choram pelos outros, que se compadecem. Já chorou pela dor do outro? É um choro compassivo, olha e se vê no outro, como o samaritano que pensa: "Se fosse eu, gostaria que parassem".
Jesus cansado, querendo se recolher, mudou sua agenda para distribuir o pão à multidão, teve compaixão. Poderia dizer que estava cansado, com fome, precisando descansar, e reagendar - como muitos fazem! Mas se compadeceu daquela gente - pior se pensarmos que esse mesmo povo iria gritar "crucifica-o" algum tempo depois. Mas Jesus se compadeceu, melhor, permitiu que a necessidade desta comunidade mudasse sua agenda. Imagine se a nossa agenda, compromissos, horários, etc, fosse flexibilizada pela necessidade do outro? Imagino a esposa ouvindo o marido dizer: "É... vou levá-la ao mercado e na volta, lavo a louça, depois, se der tempo, assisto o jogo na tv". O marido não vai mais fazer o que só ele quer, mas mudou sua agenda para servir ao próximo. Na maioria das vezes, a esposa ouve do marido: "Agora não tenho tempo, minha agenda não tem essa flexibilidade".
A compaixão de Jesus permite vermos que o povo tinha uma necessidade e vamos cuidar deles. Isso e compaixão.
Imagine se aqueles que tem o poder de decisão, tem a possibilidade de alterar leis, fazer cumprir mandatos, prender e soltar, alimentar, plantar e colher como decreto, mudassem suas agendas para servir ao próximo? Imagine o bairro, sua comunidade... Agora, imagine a sociedade... E agora, imagine o país? O que norteia nossa agenda (onde vamos, o que faremos, o que compraremos) se fosse a necessidade do outro? Que revolução seria?
Que a necessidade de quem está a ponto de tirar sua própria vida nos norteie. O foco continua sendo o ser humano, e isto é uma boa obra, através da luz de Cristo em nós. E mais profundo ainda: Se esses necessitados vissem estas ações para com eles, renderiam "Graças a Deus" e glorificariam o Pai que está no céu.
(leiam a continuação)
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