terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Se olhar, você vê? - Mateus 13:13

Existem níveis de visão na Bíblia.
Os olhos físicos podem ver. Normal. Há também a visão (olhos físicos) das coisas que não estamos preparados, e não as vemos, pela situação, nervoso, tensão, ansiedade, pressa, mesmo que estejam ao nosso lado. Precisamos mudar o pensamento para poder ver. Estas visões são para os líderes onde precisam enxergar soluções.
E ainda existe o enxergar com o coração, algo como uma percepção (espiritual), que não vemos realmente, Ainda assim Deus permite e está lá, eu sei. Tenho muito isso.
Para sermos salvos precisamos desta visão.
Cegos vêem com as mãos e seus ouvidos são mais atentos do que os que tem olhos.
Olhar um quadro onde a casa ao lado está refletida no vidro que cobre este quadro, é uma experiência onde, por mais que olhe atentamente, não vejo claramente. De repente, sem que nada mude em mim (externo), começo a perceber o que é: somente a casa do lado refletida no vidro (espelho) de um quadro pendurado na parede.
Durante um tempo não estava vendo a realidade com meus olhos físicos. Depois, algo aconteceu, e me foi revelado, de uma vez: Eu percebi o reflexo da casa no quadro. 

Sabemos o que é ver, enxergar com nossos olhos (físicos) o que estamos preparados para ver. Mas as outras 2 formas de ver são menos óbvias.
"Oro para que os olhos do vosso coração sejam iluminados, para que saibais qual é a esperança do Seu chamado, quais são as riquezas da glória da Sua herança nos santos" (Efésios 1:18) 

Isso é percepção espiritual. É o que temos. Podemos olhar para a nossa esperança de estar com Cristo e ao mesmo tempo não conseguir perceber tudo o que nos move, moral e espiritualmente. Neste caso, precisamos orar como Paulo, para que o nosso coração possa ser iluminado de modo a ver e conhecer, verdadeiramente, a esperança pelo qual ela é verdadeira, gloriosa, boa e infinitamente valiosa: Cristo. 

Agar estava desesperada pela sua situação na falta de água, mesmo estando em frente ao poço: "E abriu-lhe Deus os olhos, e viu um poço de água; e ela foi e encheu o odre de água, e deu a beber ao moço" (Gênesis 21:19).
Quão perto estarão muitas das nossas soluções, mas não as vemos? 

Não exatamente na mesma categoria são as realidades que não podem ser vistas, mas que vemos porque Deus assim permite. Eliseu teve uma visão miraculosa porque Deus abriu uma "janela" para uma realidade que estava invisível em II Reis 6:17: "E orou Eliseu e disse: Senhor, peço-Te que lhes abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu". 

A visão do poço de Hagar, com permissão de Deus, foi como olhar o quadro, ver o reflexo da casa ao lado, mas não conseguir distinguir o que era. A comparo com a visão de Jesus pelos homens a caminho de Emaús (Lucas 24:31). A visão de Eliseu foi permissão de Deus em ver o impossível, ainda que vista pelos olhos físicos. 

Oremos pelos líderes da nossa Igreja. 
Que Deus nos dê visão em todos os níveis. Precisamos da Graça, do favor que não merecemos, para ver, tanto o óbvio, quanto os poços, assim como as situações impossíveis.
Orem pelos nossos olhos.


Graça e Paz!

O que devemos ser como igreja? - Mateus 7:21-23

Quem profetiza, expulsa demônios e faz maravilhas, está fazendo a obra? Sim. E o que Jesus quis dizer no texto citado? Que a igreja dita "do Senhor", segue a Cristo e reconhece em Jesus, o nosso Senhor e único Salvador. Tem a mesma revelação que Pedro: "Tu és o Cristo, o filho de Deus" (Mateus 16:16). 

Jesus ainda disse que faríamos coisa maiores. Pouco importa se você defendeu a igreja contra os ímpios que a atacam. Ou conhece a Palavra de A a Z. Ou, conforme citei, expulsa demônios, opera maravilhas ou profetiza. Porque a igreja do Senhor tem características próprias e não é isso que nos levará á Salvação. Através das obras Deus olhará nosso coração. 

Então é possível uma pessoa fazer tudo isso e não entrar no Reino de Deus? Sim. Jesus deixa claro que "sim". O que pode nos afastar de Deus é nossa iniquidade (v.23), se opõe á "equidade" (ou igualdade). Não amar o próximo, por exemplo. Responder como Caim: "E eu sou lá guardador do meu irmão?" (Gênesis 4:9), lembrando que Caim foi o primeiro homicida da história. 
A oração ensinada por Jesus, diz: "Pai nosso...", porque Ele é o mesmo pai de todos nós.
Uma pessoa "iníqua" é alguém que pratica a desigualdade, a injustiça e a soberba, o orgulho, o egoísmo, tem o coração perverso e maus propósitos. 

Uma pessoa pode expulsar demônios mas ser "iníquo"?
Pode profetizar e praticar a iniquidade?
Fazer maravilhas e ser iníquo?
Sim, porque tudo isso é dom de Deus, não vem de nós: "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer quanto o realizar, segundo sua boa vontade" (Filipenses 2:13). O poder de Deus não atesta conduta errada. Ter um piano em casa não o torna um pianista. Estar na igreja não é ser igreja. 

Se "o mundo jaz no maligno" (I João 5:19), quer dizer que as coisas pertencentes a esse mundo são dele (I João 4:5). a única coisa que jamais poderá pertencer ao inimigo é a igreja (Mateus 16:18). A resposta correta é "sujeitai-vos  a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tiago 4:7). 

Não se venda. Não abaixe a cabeça. Resista, aprenda a usar as armaduras de Deus (Efésios 6:10).
Mas, se sabemos, o que é ser igreja?
"Revesti-vos como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros; se alguém tem queixa contra o outro, assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isso, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição" (Colossenses 3:12-14).
Isso é ser igreja.
Sejamos como indivíduos, mas principalmente, como comunidade. Somos a igreja do Senhor, independente da denominação. Como ouvi de um pastor amigo: "Estamos no mesmo propósito".
nenhuma desavença pode nos dividir. Porque é isso o que o mundo quer. É isso que o inimigo quer. Pastores, como muitos que vejo, saem da igreja onde estão e abrem a "sua" igreja. Não quero entrar nessa seara, se Deus mandou, amém. Mas geralmente, é porque ele quer do jeito dele. Então começa a divisão. Igreja dividida não prospera: "Todo reino dividido contra si mesmo é devastado" (Mateus 12:25).
Um pastor muito querido disse: "Não quero abrir minha igreja ou outra igreja. Por estatística, 90% dos frequentadores, são oriundos de outras igrejas. E se saíram de lá, um dia, sairão da minha igreja também. Porque o que procuram não está fora, e sim, dentro deles. E nunca acharão. A igreja é do Senhor Jesus, não minha. Para quem é rebelde, nunca estará bom. Não é pra isso que estamos aqui".
Achei digno. 

O que caracteriza um cristão? "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (João 13:35).
Então a marca do cristão NÃO é Bíblia debaixo do braço? Não.
Não é falar língua estranha? Não.
Não é pela roupa nem cabelo? Não.
O que caracteriza os cristãos, em todos os tempos, é o amor
Amar, independe se é amado. Eu não te amo só se você me ama. Eu te amo independente se você me ama. Eu te amo por decisão, não porque você me ama. Sim, amar é racional, é uma decisão. Assim como não amar. 

Você poderia trocar o cálice com o teu irmão na ceia do Senhor? 

Para finalizar, um texto que gosto muito e é o que temos que buscar: I Timóteo 3.
Leia.


Graça e Paz!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O que caracteriza Deus: amor ou poder? (pte.4) - I João 4:7-14

João diz que "antes que você me pergunte porque Deus é amor eu já lhe adianto: por causa da cruz" (ela é anterior a todas as coisas). Entendeu-se que não havia como criar seres com vontade própria (arbítrio) sem ter que aceitá-los através do sacrifício e claro, sofrimento. Essa é a cruz. Na esperança e certeza que esse sacrifício e sofrimento não seriam em vão. Valia a pena criar, apesar da dor de criar. 

Que bom que Deus se definiu como "amor", porque  se definisse como "poder", não estaríamos aqui. 

Temos que entender que qualquer relacionamento, tem que ser um relacionamento de amor.
E tenha certeza: vamos sofrer. Haverão sacrifícios. Deus convive com isso: fazer o outro existir. Ou também não é assim num casamento? 

Ouvi: "Não sei porque Deus não me livra dessa angústia! Sempre pensei que Deus fosse me tirar disso, faria alguma coisa!!"
Mas Deus está fazendo muita coisa.
Você define Deus como aquele que pode acabar com o seu sofrimento.
Eu defino Deus como aquele que aceitou o sofrimento para que tudo (inclusive você!) pudesse existir.
Isso muda tudo.
Se entendermos que Deus, antes de tudo aceitou o sofrimento (e é por isso que eu acredito que um dia o sofrimento vai ter fim), que é resultado de conviver com o arbítrio (liberdade que tantos buscam - Parábola do filho pródigo) que usamos tão mal.
Deus, por amor, aceitou o sofrimento de criar algo que exigiria o seu sacrifício. Quando entendemos isso, nossa relação com a família, no trabalho, mudará. Sempre teremos limite, mas isso quer dizer que amamos. Os que entendem os limites e os que se ferem tentando viver fora do limite da existência - rebeldes, isso é um atentado contra eles mesmos. 

Deus é complexo, dinâmico, profundo, apaixonante, desafiador - todo poderoso que se definiu como "amor" (amar e se sacrificar). E terá fim porque Ele ressuscitou ao 3º dia. Não é apenas um ser que se sacrifica, mas que triunfa após o sacrifício.
O seu sacrifício em direção daqueles que você deveria amar mas não consegue ou não o faz, não será em vão. Deus está te vendo.
E João nos diz: "Amados, amemos uns aos outros. Porque Deus é amor" (I João 4:7)


NEle, que nos amou primeiro, apesar de quem somos.


Graça e Paz!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O que caracteriza Deus: amor ou poder? (pte.3) - I João 4:7-14

Se alguém contesta o "amor" logo pensamos que é uma pessoa fria, que não merece ser amado, pois o amor é um sentimento que não pode ser negado, nem contestado,
porque o amor tem que ser correspondido. Mas se ele tem que ser correspondido, já não é mais amor.
Deus se definiu como "amor", como aquele que se sacrifica. Aquele que aceita o sofrimento da convivência, da comunhão, da comunidade, da família, da vida. 
Que bom que Deus se apresentou como "amor", porque se tivesse se apresentado como "poder" teria que destruir tudo no jardim do Éden, por exemplo. Porque o "poder" não pode ser contestado.
Deus só é capaz de perdoar porque Ele é amor. O "amor" aceita ser contestado, entende que qualquer convivência será ás custas de sacrifício (dar-se, doar-se!), pois conviver com outras pessoas é entender que ela tem vontade própria.
Aceita porque não sofre nenhum prejuízo em ser contestado. Já o poder, sofre. 

Em família, os pais quando sentem que estão sendo contestados na sua autoridade, e temos que decidir o que somos enquanto "pais": se somos pais de "poder" ou de "amor". Se somos autoridade (poder), não podemos ser contestados. Nossa reação será dura, não proporcional (o ofendido sempre sente mais do que quem o ofendeu), e a palavra final nunca poderá ser contestada, senão, não é autoridade. 

E nós, como nos definimos?
Isso vai determinar minha atitude. Se sou "autoridade" (poder) não posso permitir discordância com a minha decisão, tenho que punir quem discordou, como exemplo, para outros que ousarem que o "poder" pode ser contestado.
Agora, se como pais, forem definidos como "amor" - pronto para o sacrifício - todos saberão que serão amados até o fim, apesar de não concordar ás vezes, com o que estão fazendo. Porque quando se ama, não necessariamente, se concorda. Não precisa concordar, só ama. 
Aceita. 
Espera. 
Socorre. 
Dá tempo.
Sabendo que tudo isso é impossível sem sacrifício.

(leia a continuação)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O que caracteriza Deus: amor ou poder? (pte.2) - I João 4:7-14

Engraçado como Deus não se apresenta como "poder", ainda que tenha todo o poder. Deus se apresenta como "amor", e isso é o que o identifica.
O "amor" ama quem ama, mas também quem não ama. O amor aceita...
Segundo João, o que caracteriza esse amor é que Deus enviou seu filho, ou seja, a maior característica desse Deus de amor é a disposição para o sacrifício.
Por isso o amor não sofre prejuízo algum quando encontra o desamor.
Alguém pode perguntar: "Como você sabe que Deus é amor?". Ora, pela disposição ao sacrifício! Pois Deus, enviou seu Filho. Você sacrificaria seu próprio filho? Talvez por boas pessoas, mas não por assassinos, corruptos e ladrões.
Deus sacrificou-se pelo seu Filho (Trindade: Deus-Pai, Filho e Espírito Santo, um só). Um ato do Filho, é um ato da Trindade. "Todas as coisas foram feitas em Cristo" (João 1:3). É o sacrifício que sustenta todas as coisas. 

Se não se apresentasse como "amor", mas como "poder", Deus não poderia criar um mundo com consciências livres. Livre arbítrio? Como?
Quem convive com "arbítrio" convive sempre com a possibilidade de rebelião, contradição ou desconfiança. Pense nisso...
Porque quando você cria um ser que tem vontade e pode exercê-la, tem que saber e entender que, esse ser criado, terá vontade, inclusive, contra você, o próprio criador. Lembre do seu filho...
Agora, um ser (Deus) que se define por "poder", não pode fazer isso - porque o "poder" não pode ser contestado. 

Aliás, só entendemos o poder de Deus quando o amamos, e esse amor de alguém todo-poderoso para nós, nos constrange. 

Poder e arbítrio (liberdade) não convivem.
No "poder" as liberdades são sufocadas, porque o poder não pode ser contestado - veja os países onde há ditaduras.
Deus não é assim. 

O amor aceita, perdoa-se inclusive a contradição, a rebelião, sem deixar de amar. Portanto, o que caracteriza o amor é aceitar o sofrimento, que é inerente ao convívio de quem tem vontade, arbítrio.
Quem não entende isso, não consegue amar, de fato.

(leia a continuação)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O que caracteriza Deus: amor ou poder? (pte.1) - I João 4:7-14

Vi num carro um adesivo que dizia: "Tudo é força, mas só Deus é poder". Ok. Meditei e fiquei pensando como as pessoas identificam Deus. O texto de João 4:7-14 deixa claro que Deus é "amor", antes de tudo, e não "poder".
Deus é todo-poderoso, mas não se identifica como "poder". Mas sim, como "amor".
Onipotente, ele poderia optar, ou um ou outro, afinal ambos são verdade, mas a discussão é um pouco mais profunda.
O poder, só é poder, quando se impõe.
O amor, aceita.
E isso faz toda a diferença. 

Pense bem: alguém que se identifica como "poder", tem que se impor. Porque ele não pode aceitar que alguém o desafie, nenhum ato contrário, nenhuma discordância, dúvida ou desconfiança - afinal, ele é "poder"!
Permitir um desafio ao "poder" exercido seria como negar a si mesmo. Mas Deus não pode negar-se a si mesmo porque Deus é poder. E o "poder" se impõe. Enquanto "poder", não pode ser contestado, porque essa é sua identidade: um Deus todo-poderoso. 

Agora, o "amor" (a outra identidade de Deus) aceita.
Não sofre nenhum prejuízo quando encontra alguém que não gosta dele ou desconfia ou se rebela. 
Porque o amor...ama! E não necessariamente é amado!
É amor porque ama, não porque é amado!
Quando Deus diz que Ele é amor, diz do que o caracteriza, e também diz que, quem ama, tem a característica de Deus.
O amor não sofre prejuízo quando encontra rebelião.
O amor não sofre prejuízo quando encontra dúvida.
O amor não sofre prejuízo quando encontra contestação.
Sabe porque?
Porque o amor aceita o outro do jeito que ele é. E ás vezes, apesar dele. 

Portanto, o amor não pode ser atingido, se mantém por si só: Ele ama... 
E é um ato independente da resposta. Sempre digo para minha esposa: Eu amo você, não porque você me ama, é independente se você me ama. Porque o meu amor não depende do seu amor (tipo: "eu te amo e você me ama?"). 

Deus ama, o tempo todo.
E a 1ª característica do amor é que ele aceita. Aceita o outro. Diferente do poder, que não tem escolha. O poder tem que se impor. Porque se for contestado, ou permitir contestação, o poder se perde...

(leia a continuação)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Quem tem ouvidos, que ouça (pte.5) - II Timóteo 3:1-7

Essa geração com relação ao amor é ferida, vazia, traída, decepcionada, que apesar de querer, se pergunta porque o outro quer te amar, já que não se acredita mais no amor.
O amor esfriou.
O homem traído, machucado, não confia mais, e reduz a mulher a um pedaço de carne, que ele não ama, ele come e despreza. Semeia o abuso, a solidão. Isso voltará para ele.
O camarada que não levanta a tampa do vaso para urinar ("ninguém levanta, porque eu vou levantar?") um dia, vai precisar sentar, e nesse dia, lembrará que deveria ter levantado a tampa. 
E dizem: "Faço porque todo mundo faz". É como passar no farol vermelho, beber, ultrapassar em lugar não permitido, coloca outras vidas em perigo, falar mal da vida alheia, bater na mulher, etc. 
Mas não são todos. 
E depois, essa pessoa vai tirar um documento ou comprar algo, precisa de uma assinatura, de um favor qualquer, de uma ajuda ou aprovação, enfim, e não consegue. Demora séculos. Enrolam ele. Não concretiza. 
Algo simples mas que ele não consegue, porque a vida vai amarrando, virando um nó e não desata, a vida não facilita nada para você porque sabe como você a trata. Ao passo que para outros, flui. Dá certo.
A vida sorri para você: "Os montes romperão em cântico diante de vós e todas as árvores do campo, baterão palmas" (Isaías 55:12). 

E você se pergunta: "Porque eu?". 
Quando há equilíbrio, a vida facilita. Você ama, não vive em torno de si mesmo. Não pensa somente em você, faz o possível para o outro não se desconfigurar, não urina na tampa, ainda crê. Todos falam mal, mas você abençoa. Todos quebram tudo, mas você constrói. E o universo conspira ao seu favor, pois a vida ama você. 

Se o amor deixar de chegar a mim, de nada adianta viver 100 anos.
Imagino que alguém que está lendo agora, está tão ferido, a vida fugiu diante dos seus olhos, as amarras da vida não desatam e você não entende. Mas Deus diz á você: "Restaure o amor". 
Não faça com outros o que fizeram contigo. Permita-se a amar. Te traíram? Não traia. A vida se desenvolve no encontro. Não permita que roubem o seu sonho. É possível ser melhor do que você é hoje. Mesmo que muitos não façam, continue fazendo pois terá a parceria e companhia do Senhor. O que mantém a vida é o amor. 
Que seja para a ressurreição da sua vida.
Caio Fábio disse: Prefiro amar e ser traído, do que nunca ter o privilégio de amar.

NaquEle que é o Senhor da vida e quer que tenhamos vida em abundância, pois Ele é o Deus do amor.

Graça e Paz!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Quem tem ouvidos, que ouça (pte.4) - II Timóteo 3:1-7

Algumas pessoas a quem Deus ama são salvas na dor.
Quando estamos numa festa, não paramos para refletir: "vamos celebrar a vida, que é curta!" - é o que eu ouço.
Só quando a luz se apaga, a festa acaba, todos vão embora seguindo o seu caminho, você se encontra com suas dores, suas tristezas e a agonia te abraça. Choro. Lágrimas. Desesperança. Enxergar o outro "menor", soberba, precede a ruína.
Olha o seu chefe, aquele que te humilha e veja vida dele.
Veja o líder do ministério, aquele soberbo. Veja a vida dele.
E entre tantos exemplos possíveis, saiba que Deus rejeita os soberbos, e segundo o próprio Deus, serão humilhados. 

E existe outro grupo: os "menores" que nós. Esses são inexistentes, total indiferença da sociedade, abaixo da linha da miséria humana. Certo dia, uma pessoa pediu uma comida ou lanche, pois estava há 3 dias sem comer nada. E escutei o que estava comendo, responder: "Poxa, queria ter a sua força de vontade!". Virou e continuou a comer.
As pessoas esquecem que esse mundo é redondo, ele gira, dá voltas e chegará a nós o que enviamos, a Lei da Semeadura, onde você pode até não acreditar, mas ela existe. "Aquele que está em pé cuide-se para não cair" (I Coríntios 10:12), e assim "tudo o que o homem semear, isso colherá" (Gálatas 6:7). 

Quando trato o meu próximo como "inferior", carregarei isso, portanto, não posso reclamar. O meu presente é fruto do plantio de ontem, não só quando trato o meu próximo como "inferior", inexistente, deixando de semear.
Tanta gente pedindo milagres, mas como? A semente não foi plantada, não foi semeada... E quando não colhe (o que não foi plantado) se rebela contra Deus.
Você não semeou na vida de ninguém, então não há injustiça por parte de Deus. O que existe são pessoas que não se enxergam. O Titanic, quando começou a afundar, salvaram a classe A, porque os menos afortunados, morriam. O rico é tão pobre, tão pobre, que ele só tem dinheiro. O dia que perder esse dinheiro, o que sobra? Nada. Ele não tem nada. Quando eu deformo outros, me torno infeliz. Você é responsável pelo outro. O amor esfriou, não acabou. Como está fraco, não consegue chegar ao próximo.
"...sem amor, nada seria" (I Coríntios 13:2). 

Nada que seja sem amor continua a viver, a não ser, miseravelmente.
Se o próximo se deformou, serei deformado também, porque o amor é uma via de mão dupla. O "eu" perde sentido. Se estou cheio de amor para dar mas o outro não existe, para quem darei amor? Apodrecimento de si mesmo. por isso tantas pessoas se entregam a relacionamentos doentes, amores imperfeitos, vis, perdulários, interesseiros. Pessoas que passaram anos sozinha achando que não mereciam amor. Passaram por tantas coisas que não acreditam mais que amor exista. "Todo homem não presta" - na verdade, os homens que você conheceu não prestaram. Semear essa maldita semente de solidão, voltará para você, acredite.

(leia a continuação)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Quem tem ouvidos, que ouça (pte.3) - II TImóteo 3:1-7

Vemos deformações no outro. Lembro da Parábola dos talentos. Uns recebem mais, uns menos e outros menos ainda, mas sempre de acordo com a sua capacidade. Porque Deus não erra e nos conhece, pois nos criou. Mas nós vemos uns "superiores", uns "iguais" e outros "inferiores" a nós. Somos diferentes, e é importante saber disso porque revela toda a nossa "doença". Um "doente", aquele que ama a si mesmo, quando encontra outro que é superior, olha e vê esse superior como "igual" - rebaixando-o imediatamente, dizendo: "Não há ninguém igual a mim". Rebelde. Egocêntrico. Arrogante. Para este, Deus está errado. A Parábola está errada. Mas ele está certo.
Veja, tratar um superior como igual é desrespeito, desobediência. Não é só caráter, desconstrução do original criado por Deus.
Porque maridos e esposas brigam? Um não respeita a opinião do outro.
Porque pais brigam com seus filhos? Desobediência. Filho não honra os pais e pais irritam os filhos. É a raiz de toda guerra. O desobediente é desconstruído, deformado (comparado ao original), olha o superior como "igual" - pois ama a si mesmo.
Quem está saudável não vê problema em obedecer, se submeter, honra pai e mãe na boa, no trabalho cumpre seus horários. Seja quem é no coração de Deus, e pronto. 

Enquanto doente, não assumimos a desconstrução, damos desculpas para essas doenças, a nossa alma está doente, porque só consegue sentir amor por si mesmo. O "rebelde" faz sucesso no contexto da sociedade de hoje, a tal "atitude". O "bad boy" é aquele que coloca sua insatisfação para fora, os "black blocs", que só quando quebram tudo (como se fosse solução), sentem-se no poder. "Poder" do quê? "Poder" para quem? Provavelmente são pessoas doentes, com a alma doente, como falei. Vêem o outro como "iguais" ou "inferiores", mesmo sabendo que não são. Oprimem, ameaçam, quem ofereça o mínimo de enfrentamento, de igualdade.
Esse camarada quebra tudo porque está quebrado, e só se sente vivo quando exerce "poder" - que nada tem a ver com idealismo, que não quebra nada, tenta construir.  

Quando olho para um superior, vejo-o com respeito. 

E aquele que vejo como meu igual?
Este, eu vejo como "inferior" - não é páreo para mim. Competição. Desrespeito. Soberba. Problema oftalmológico: olho o outro mas o vejo menor do que é, e eu, maior do que realmente sou. 

"Quando vem a soberba então vem a desonra" (Provérbios11:12)
Não é apenas menosprezar, é se sentir melhor que o outro. Observe pessoas e veja como ela trata aqueles que não podem dar nada? Um porteiro e seu chefe, você trata igual? O garçom e o maitre? Veja como trata os mais simples e necessitados e verá a soberba dentro dele.
Trato o "igual" a mim, como se fosse "menor" que eu.
Na soberba, buscar a paz é não encontrá-la.
Há uma geração de pessoas que estão cansadas: "Tô morrendo de fome!"; "Tô morrendo de sede!"; "Tô morrendo de cansaço!" - Inconsciente insatisfeito. Só damos conta quando perdemos.

(leia a continuação)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Quem tem ouvidos, que ouça (pte.2) - II Timóteo 3:1-7

As dores são inevitáveis mas algumas não são nossas. Os conselhos de Paulo entram em meu coração e me abençoam. O texto citado parece que Paulo escreveu hoje de manhã. Descreve a sociedade que vivemos agora, difícil, sem liberdade, com dor, ameaçado, traído e ferido. Você tem uma vocação, um chamado, selado pelo Espírito Santo de Deus, assim como Timóteo, não pense que será fácil. Não se iluda, você é ovelha no meio de lobos. 

Quando Paulo diz "homens amantes de si mesmo" (II Timóteo 3:2), não está dizendo que não haverá amor. Haverá amor, sim, mas apontado para si mesmo. Amores que não interagem, não são compartilhados, são ilhas - rodeados por água por todo lado. Passarão ao lado do outro, mas não haverá laços de amor. Comunhão. É nela que "o Senhor ordena a benção e a vida para sempre". Hoje, não se recebe nada nem se doa nada - individualismo - porque o outro nada significa, a solidão esmaga as almas. São os dias em que vivemos. 

Quantos tem a Graça de amar e serem amados? Quantos relacionamentos quebrados, sem amor doador, ao próximo, aos filhos, mais preocupados consigo mesmos? Quantas pessoas, casadas, mas que procuram outro parceiro? Se perguntados, dirão claramente: "Não sou amado!".
O amor cria um céu, um clima bom, suportável, gostoso. Paulo nos alerta que isso não acontecerá nos tempos do fim. Nas empresas, um bom exemplo, as pessoas sabem muito bem o que é estar sob um clima pesado. É competição. Falta de amor ao próximo. Egoísmo. Impossível criar uma rede de amor. Vivemos a completa anulação do outro.
Mas o que não percebemos é que se esse amor egoísta de hoje, anula o outro, automaticamente, me anula também, porque o outro não me verá e nem terá amor por mim. Os relacionamentos de amizade, afeto, carinho, acabarão. O outro dá sentido ao meu "eu".
Estamos nas multidões mas nos sentimos só. 
Não existe relação de amor, só solidão, essa deformação que anula o outro: "Não é bom que o homem esteja só. Farei-lhe uma ajudadora" (Gênesis 2:18). Posso sobreviver, mas não terrei uma vida de qualidade. Não é só conjugal.  

Quando você é adoecido pelo amor de si mesmo você desconstrói o outro, e destrói o que dá sentido á sua própria existência, a vida se desenvolve no encontro. Pode estar sozinho, mas nunca será bom.
Roubar, matar e destruir as relações, ruptura dos relacionamentos, é a função do nosso inimigo porque sabe que nos tornamos plenos e inteiros no outro.

(leia a continuação)

Quem tem ouvidos, que ouça (pte.1) - II Timóteo 3:1-7

II Timóteo 3:1-7 - "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmo, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes, afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; que aprendem sepre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade".

Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz ás igrejas.
Paulo escreveu esse livro, seu último, já condenado á morte. Acabou a carreira. Combateu o bom combate e guardou a fé. Imagino que, quem está para perder a sua vida, quer estar próximo às pessoas que ama, não quer desperdiçar a vida, não vai procurar um novo trabalho ou comprar um carro novo, ou fazer uma lipoaspiração. Queremos valorizar ao máximo a vida, estar próximos àquelas pessoas que amamos. Nós perdemos tempo, desperdiçamos porque achamos que a morte está longe. O que tem valor, não tem preço.  

Deus não fala com muitas pessoas porque sabe que não irão ouvir. Não obedecerão. Já deve ter falado, a Sua Palavra não volta vazia. Se não tem ouvidos não adianta Deus falar. Não tem escuta espiritual.
A palavra de João não é para todos, é só para aqueles que não tem ouvido. "Que coração duro!" - Não. Não chegou no coração porque não passou nem pelos ouvidos. E a fé é pelo que se ouve, não pelo que se vê (Romanos 10:17). 

Uma das marcas da geração de hoje, infelizmente, é a falta da capacidade auditiva. Tudo é visual (compreensão rápida, consumo rápido). Por isso há tanta frustração e decepção nas igrejas, porque essa geração de "crentes" foi gerada pelo que viram(e vêem) na TV, igrejas, e não pelo que ouviram. Não ouviram palavras de (que geram esperança), ou palavras de resignação (que hoje, geram frustração), de renúncia (que gera impotência) ou para esperar com paciência (que hoje, geram ansiedade) - http://marcioneves67.blogspot.com.br/2012/09/o-carater-de-jesus-em-nos-salmos-401.html

Mas viram milagres. E se impressionaram, não com o Deus dos milagres, mas com o que esse Deus pode fazer. E Ele pode. Não querem Deus, querem o que Ele pode fazer. Fé gerada pelos olhos não é fé gerada pelo Evangelho.
A igreja do Deus curandeiro/milagreiro cresce em número, porque só estão ali porque seus olhos viram as curas, o paralítico andar, o cego ver, tinha 1 carro agora tem 2, não está mais desempregado, etc.
Deus pode fazer milagres. Sim, claro. Mas deus é muito mais que isso. Os exploradores da fé sabem encontrar a necessidade do "mercado gospel", a tal igreja de mercado. Mas quando esse milagre não acontece, essa pessoa está vazia, sem Cristo, e absorta, vai atrás de outros milagres, outras igrejas, outras religiões.
Quando o milagre não acontece ela não suporta a dor.
Não foi ensinada que "seja feita a Sua vontade", mas que o seu desejo seria atendido, assim como o gênio da lâmpada. Morte espiritual.
A verdadeira fé não precisa de milagres para ser sustentada. Precisamos nos revestir de toda a armadura de Deus para permanecer firme no dia mau.
Nessa multidão, vejo "crentes" que nem são cristãos. Mas estão na igreja.

(leia a continuação)