O "amor" ama quem ama, mas também quem não ama. O amor aceita...
Segundo João, o que caracteriza esse amor é que Deus enviou seu filho, ou seja, a maior característica desse Deus de amor é a disposição para o sacrifício.
Por isso o amor não sofre prejuízo algum quando encontra o desamor.
Alguém pode perguntar: "Como você sabe que Deus é amor?". Ora, pela disposição ao sacrifício! Pois Deus, enviou seu Filho. Você sacrificaria seu próprio filho? Talvez por boas pessoas, mas não por assassinos, corruptos e ladrões.
Deus sacrificou-se pelo seu Filho (Trindade: Deus-Pai, Filho e Espírito Santo, um só). Um ato do Filho, é um ato da Trindade. "Todas as coisas foram feitas em Cristo" (João 1:3). É o sacrifício que sustenta todas as coisas.
Se não se apresentasse como "amor", mas como "poder", Deus não poderia criar um mundo com consciências livres. Livre arbítrio? Como?
Quem convive com "arbítrio" convive sempre com a possibilidade de rebelião, contradição ou desconfiança. Pense nisso...
Porque quando você cria um ser que tem vontade e pode exercê-la, tem que saber e entender que, esse ser criado, terá vontade, inclusive, contra você, o próprio criador. Lembre do seu filho...
Agora, um ser (Deus) que se define por "poder", não pode fazer isso - porque o "poder" não pode ser contestado.
Aliás, só entendemos o poder de Deus quando o amamos, e esse amor de alguém todo-poderoso para nós, nos constrange.
Poder e arbítrio (liberdade) não convivem.
No "poder" as liberdades são sufocadas, porque o poder não pode ser contestado - veja os países onde há ditaduras.
Deus não é assim.
O amor aceita, perdoa-se inclusive a contradição, a rebelião, sem deixar de amar. Portanto, o que caracteriza o amor é aceitar o sofrimento, que é inerente ao convívio de quem tem vontade, arbítrio.
Quem não entende isso, não consegue amar, de fato.
(leia a continuação)
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