quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O que caracteriza Deus: amor ou poder? (pte.3) - I João 4:7-14

Se alguém contesta o "amor" logo pensamos que é uma pessoa fria, que não merece ser amado, pois o amor é um sentimento que não pode ser negado, nem contestado,
porque o amor tem que ser correspondido. Mas se ele tem que ser correspondido, já não é mais amor.
Deus se definiu como "amor", como aquele que se sacrifica. Aquele que aceita o sofrimento da convivência, da comunhão, da comunidade, da família, da vida. 
Que bom que Deus se apresentou como "amor", porque se tivesse se apresentado como "poder" teria que destruir tudo no jardim do Éden, por exemplo. Porque o "poder" não pode ser contestado.
Deus só é capaz de perdoar porque Ele é amor. O "amor" aceita ser contestado, entende que qualquer convivência será ás custas de sacrifício (dar-se, doar-se!), pois conviver com outras pessoas é entender que ela tem vontade própria.
Aceita porque não sofre nenhum prejuízo em ser contestado. Já o poder, sofre. 

Em família, os pais quando sentem que estão sendo contestados na sua autoridade, e temos que decidir o que somos enquanto "pais": se somos pais de "poder" ou de "amor". Se somos autoridade (poder), não podemos ser contestados. Nossa reação será dura, não proporcional (o ofendido sempre sente mais do que quem o ofendeu), e a palavra final nunca poderá ser contestada, senão, não é autoridade. 

E nós, como nos definimos?
Isso vai determinar minha atitude. Se sou "autoridade" (poder) não posso permitir discordância com a minha decisão, tenho que punir quem discordou, como exemplo, para outros que ousarem que o "poder" pode ser contestado.
Agora, se como pais, forem definidos como "amor" - pronto para o sacrifício - todos saberão que serão amados até o fim, apesar de não concordar ás vezes, com o que estão fazendo. Porque quando se ama, não necessariamente, se concorda. Não precisa concordar, só ama. 
Aceita. 
Espera. 
Socorre. 
Dá tempo.
Sabendo que tudo isso é impossível sem sacrifício.

(leia a continuação)

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