quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Quem tem ouvidos, que ouça (pte.3) - II TImóteo 3:1-7

Vemos deformações no outro. Lembro da Parábola dos talentos. Uns recebem mais, uns menos e outros menos ainda, mas sempre de acordo com a sua capacidade. Porque Deus não erra e nos conhece, pois nos criou. Mas nós vemos uns "superiores", uns "iguais" e outros "inferiores" a nós. Somos diferentes, e é importante saber disso porque revela toda a nossa "doença". Um "doente", aquele que ama a si mesmo, quando encontra outro que é superior, olha e vê esse superior como "igual" - rebaixando-o imediatamente, dizendo: "Não há ninguém igual a mim". Rebelde. Egocêntrico. Arrogante. Para este, Deus está errado. A Parábola está errada. Mas ele está certo.
Veja, tratar um superior como igual é desrespeito, desobediência. Não é só caráter, desconstrução do original criado por Deus.
Porque maridos e esposas brigam? Um não respeita a opinião do outro.
Porque pais brigam com seus filhos? Desobediência. Filho não honra os pais e pais irritam os filhos. É a raiz de toda guerra. O desobediente é desconstruído, deformado (comparado ao original), olha o superior como "igual" - pois ama a si mesmo.
Quem está saudável não vê problema em obedecer, se submeter, honra pai e mãe na boa, no trabalho cumpre seus horários. Seja quem é no coração de Deus, e pronto. 

Enquanto doente, não assumimos a desconstrução, damos desculpas para essas doenças, a nossa alma está doente, porque só consegue sentir amor por si mesmo. O "rebelde" faz sucesso no contexto da sociedade de hoje, a tal "atitude". O "bad boy" é aquele que coloca sua insatisfação para fora, os "black blocs", que só quando quebram tudo (como se fosse solução), sentem-se no poder. "Poder" do quê? "Poder" para quem? Provavelmente são pessoas doentes, com a alma doente, como falei. Vêem o outro como "iguais" ou "inferiores", mesmo sabendo que não são. Oprimem, ameaçam, quem ofereça o mínimo de enfrentamento, de igualdade.
Esse camarada quebra tudo porque está quebrado, e só se sente vivo quando exerce "poder" - que nada tem a ver com idealismo, que não quebra nada, tenta construir.  

Quando olho para um superior, vejo-o com respeito. 

E aquele que vejo como meu igual?
Este, eu vejo como "inferior" - não é páreo para mim. Competição. Desrespeito. Soberba. Problema oftalmológico: olho o outro mas o vejo menor do que é, e eu, maior do que realmente sou. 

"Quando vem a soberba então vem a desonra" (Provérbios11:12)
Não é apenas menosprezar, é se sentir melhor que o outro. Observe pessoas e veja como ela trata aqueles que não podem dar nada? Um porteiro e seu chefe, você trata igual? O garçom e o maitre? Veja como trata os mais simples e necessitados e verá a soberba dentro dele.
Trato o "igual" a mim, como se fosse "menor" que eu.
Na soberba, buscar a paz é não encontrá-la.
Há uma geração de pessoas que estão cansadas: "Tô morrendo de fome!"; "Tô morrendo de sede!"; "Tô morrendo de cansaço!" - Inconsciente insatisfeito. Só damos conta quando perdemos.

(leia a continuação)

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