quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Uma vida feliz - Mateus 5:3-11 (pte.1)

Bem aventurado é ser feliz. Um homem feliz, um servo feliz. Viver a vida que vale a pena ser vivida. Humilde de espírito, aquele que chora e, portanto, não perde a sensibilidade, a compaixão (se colocar no lugar do outro que sofre), viver em empatia até o fim da sua vida.
O homem feliz é manso, não se torna refém das circunstâncias vividas no momento chamado "hoje", não se torna vingativo, mas continua sendo quem é. Tem sede e fome de justiça, não se conforma com esse mundo nem se molda a ele (por interesse, se corrompe), mesmo depois de ver tanta injustiça, impunidade e iniquidade, ainda continua a ter fome e sede. É misericordioso, ou melhor, é alguém que se enxerga, pois só alguém que, verdadeiramente está sob a luz de Cristo, e é revelado a si mesmo, passa a conhecer-se de fato e de verdade, e sabe que só está de pé pela Graça do Senhor Jesus, e não pelos próprios méritos. Quem se vê assim, só pode olhar para o outro com misericórdia, jamais com juízo.
Este é um homem feliz.
Um pacificador, não só aquele que quer a paz mas que luta pela paz. Ora por ela. Em um coração limpo, vive todas as intempéries da vida, é vítima de dores e sentimentos, que passam pelo seu coração mas não fazem morada nele. Feliz é o homem que não persegue, jamais. Mas é perseguido, sempre, por causa da justiça. Ele não é perseguido, odiado e maltratado por fazer o mal. E sim, porque faz o bem. Eu sei bem o que estou dizendo.
Assim Jesus define um homem feliz. Um bem aventurado. 

A vida nos tempos de hoje parece que perdeu o sentido. São 25 suicídios/dia no Brasil. No Japão são 87 suicídios/dia (um a cada 17 minutos). No mundo, 1 milhão de suicídios/ano (um a cada 3 segundos).
O suicida não quer morrer. Ele quer viver, mas não consegue. Porque está cansado de tentar transformar  sua existência em vida, então prefere morrer. Nos ensina que a morte é a ausência de vida.
Quando alguém comete suicídio não quer matar a vida, quer matar a dor. 

Perceba que no texto de Mateus 5:3-11, Jesus deixa claro que "ser feliz" nada tem a ver com o fazer ou produção. A felicidade está no ser do homem, mas não diz que a sua felicidade tem a ver com sua profissão, ganhar bem, bens que possui, coisas que constrói ou com o respeito que o tratam. Nada a ver com o "fazer", tudo a ver com o "ser" (estado de permanência).
E alguns acham que fazer doações (assistencialismo) trará felicidade. Fazer o bem ao próximo momentaneamente pode ser você feliz agora, mas não ajudará o próximo até a próxima refeição, ou calor ou frio. Jesus ao curar alguns, dizia: "vá que a tua fé te curou". A outros dizia: "Vá que a tua fé te salvou". Isso muda tudo. "Salvar" é eternidade (é o "ser"). "Curar", é momentâneo (é o "estar").


(leia a continuação)

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