Quem quiser saber como é o saber-que-nada-sabe, olhe para Jesus. Ele tudo sabia. Pois o Filho adora o Pai, para que dEle e para Ele, sejam todas as coisas.
Quando Jesus explicava algo, abria as portas que deixavam todos perplexos.
Não queria saber porque sofria, mas curava os que sofriam.
Não queria saber porque exploravam, mas acolheu os explorados.
Não anunciou a queda de satanás, mas o fez cair e expulsou a sua turma.
Passou á margem, mas ficou no centro de tudo.
Sabia e confiava no amor do Pai.
Assim, entregou-se, confiando que a memória do amor, fazendo-se pão e vinho, seria melhor que escrever seus entendimentos para posteridade. E disse: "Eu sou o caminho" - deixando claro que, para alguém saber como é, teria de segui-lo, pela fé.
Assim, Jesus é aquele que mesmo sabendo tudo, se surpreende com a fé do centurião romano. Muda sua agenda, abre porta para todos. Mas aos que se consideram porteiros do saber daquele poço, fariseus e escribas, saduceus e zelotes, sacerdotes fanáticos, Jesus os deixava á margem. A estes que se auto intitulam "poços do saber", Jesus disse: "Vai e vende tudo o que tens, dá aos pobres e me segue" (Marcos 10:21). Sabia que este estava preso demais às suas riquezas: coisas, não amor.
Quem confessa o "saber" cria um fariseu intelectual.
Mata a alma, pois é o Espírito quem vivifica.
Mata também a possibilidade do saber-que-nada-sabe, que só é porque ama e é amado pelo Pai, pois segue crendo.
O justo viverá pela fé, em tudo.
Até, e inclusive, no "saber".
Graça e Paz!