A culpa é intrínseca ao ser humano. É uma força, não há como negar, que move o homem. Adão conhecia a lei: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2:17). E nós também. Mas apenas conhecer a lei não gera culpa, nem vergonha, nem medo.Transgredi-la, é outra história.
Esteticamente, o fruto era vistoso. Espiritualmente, algo que o igualaria á Deus, já que Deus é alguém maior, o criador de tudo, e teria que ser alcançado - dado o pequeno tamanho do homem, enquanto criatura.
Somente a transgressão da lei nos dá o conhecimento da lei, já que a lei só se faz conhecer através da CULPA ou MEDO. E todas as neuroses humanas são decorrentes destas.
O fato de perceberem que estavam nus, a culpa os abateu, e pelados, gerou vergonha, embaraço e negação, justamente daquilo que o homem busca incansavelmente: sexo. E tentando ser feliz através do sexo, confunde o sexo com amor. Nada pior, se lembrarmos que o amor é o vínculo perfeito.
Nesse momento, houve uma inversão dos valores que perpetuam até os dias atuais, cada vez mais, invertidos. Senão, observe ao seu redor:
- O belo se tornou feio;
- Vivemos a cultura do lixo, em todos os sentidos (música, textos, televisão, moral, ética, educação, política, social);
- O digno virou vergonha;
- Ser honesto virou babaca;
- A carne tem que ser saciada, afinal, não sei se o mundo vai acabar, dizem.
E assim, nossa alma sente-se em débito com Deus, com nosso próprio espírito (sopro de vida), que voltará para Deus. Nossa alma clama por um tempo para pedir "perdão" á Deus. Isso é CULPA.
(leia a continuação)
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