domingo, 5 de janeiro de 2020

Esperança (pte.2) - I Pe 1

Os judeus, apesar de serem os primeiros líderes da Igreja primitiva, não queriam estar ligados aos cristãos, e mesmo os que se convertiam, não abandonaram sua herança judaica (aliás, nem nós abandonamos nossa pátria para sermos cristãos). O livro de Atos denuncia que feriam, acusavam, agrediam e expulsavam os cristãos. Saulo é um bom exemplo.
A família era outra fonte de perseguição. O cabeça da casa, o chefe de família na lei romana tinha autoridade absoluta sobre seus membros - podendo ser expulsos onde apenas a Igreja os recolheria. Nenhum tribunal acolheria e expediria qualquer sentença contrária.
Tais perseguições (familiares ou socioeconômicas) espalharam o cristianismo (At 8.1-4), como um caminho para propagar o Evangelho de Jesus por todo Império Romano. 

Assim, a Igreja (casa espiritual composta por pedras vivas edificadas sobre a rocha, que é Jesus Cristo) deve gerar, acima de tudo, ESPERANÇA - essa é a tônica da carta de Pedro.
Espalhados, sem comunhão, somos presas fáceis. A fé carregada por quem crê tem valor excedido ao ouro. 
As palavras do apóstolo Pedro encorajam a enfrentar obstáculos que virão, pois ser cristão é ser inimigo das coisas que este mundo tenebroso pratica.
Há muitos cristãos vivendo debaixo de opressão de governos, sendo denunciados pela própria família, e até perseguidos por outras denominações. Quem nunca foi ridicularizado ao emitir opinião contrária ao que praticam? Quem nunca foi mal interpretado por não concordar sobre algum assunto? Amigos já não riram na sua cara por sua opinião? Ao orar sobre a refeição ou fazer o bem, quantos já não foram fustigados? Quem nunca sofreu assédio moral pela fé em Jesus Cristo?
Nenhum de nós está livre da catástrofe, da dor, da enfermidade ou da morte, e estas provações fazem com que busquemos e nos apoiemos com todas as forças na Graça derramada sobre nós por Deus - e a Graça é Jesus!

Portanto, Pedro escreve para exortar todo aquele que crê (não apenas os batizandos, recém-convertidos, novos na fé), pois, se somos perseguidos (é isso que o nosso inimigo faz) por sermos verdadeiramente cristãos, somos bem-aventurados, porque sobre nós repousa o Espírito da Glória de Deus.


Graça e paz! Que possamos manter viva a esperança até o dia da eternidade, com Cristo!

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