sábado, 28 de novembro de 2015

Somos Templo do Espírito (pte.2) - I Coríntios 3:16,17

Na medida que nunca se falou tanto da Palavra de Deus, louvores, também nunca o povo foi tão estéril. Os sinais e maravilhas são escassos. Porque gritar e dançar desenfreadamente, falar língua estranha, 24 horas de louvor, "revelamentos", "profetadas", sacrifícios de tolo, definitivamente, não são sinais do Espírito Santo. 
Não acredito em pessoas que caem no espírito mas não conseguem andar no Espírito.
É aqui que também deixamos de ser “Templo” para sermos “Sinagoga”.
O Evangelho é simples.
Que possamos voltar ao aperto de mão e ao abraço, aos “ósculos santos”, ao doar-se, ao conviver, á imposição de mãos, para orarmos por quem necessita tendo certeza que o Deus de toda a Graça sempre visitará aos que o buscam em fé, em Espírito e verdade. Deus não busca a adoração, mas adoradores.
E isso só acontecerá, se cada um for apaixonado por Jesus, amar seu Evangelho a ponto de querer que seus melhores amigos e família, e quem mais você ame verdadeiramente, conheçam essa paz e esse amor nunca experimentamos.

Que experiência magnífica de Paulo, encontrando o Senhor no caminho de Damasco, seja também nossa experiência:
a) Caiu do cavalo (e você, já caiu?);
b) Ao se levantar reconhece a Cristo: “Quem és, Senhor?” (ao se levantar, reconheceu a Cristo como seu Senhor e único Salvador?);
c) A luz o cegou por 3 dias (“A verdadeira luz que ilumina todos os homens” – João 1:9), mas ao abrir seus olhos, houve transformação (houve transformação em sua vida?).

Essa é a oração que fiz (e faço) para minhas filhas, que elas tenham experiência transformadora com Cristo.

Acredito que, sem esse amor apaixonado, dificilmente opera a fé. E sem fé, não há curas, milagres, nem maravilhas de Deus.
Gosto da citação de Lutero:
Viver hoje, como se Jesus tivesse sido crucificado ontem, ressuscitado hoje, e voltasse amanhã”.  

Deixemos o marketing, a quantidade de membros, o cachê dos ídolos que louvam(?), propaganda enganosa, performance, luzes, vídeos, DVDs, carismas e dons que apenas nos separam.
Sejamos Templo do Espírito, geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo, e jamais ‘sinagoga’.



A paz do Senhor á todos!

Somos Tempo do Espírito (pte.1) - I Coríntios 3:16,17

Os evangelhos mostram que Jesus andava entre as pessoas, em todos os lugares e em praticamente todas as ocasiões, Jesus ensinava e pregava o reino de Deus, curando os doentes, tocando-os, expulsando demônios e espíritos de enfermidades, curando.
Praticamente, quando curava alguém de algum mal, também afirmava a Graça de Deus como perdão sobre a pessoa. O livro dos Atos dos Apóstolos fala muito dessa realidade. Entre eles, o Evangelho não era feito de textos, nem estudos, nem palestras ou discussões, nem de reflexões. Tais coisas vieram depois. Porque antes, creram que o Evangelho era poder de Deus, poder que  se derramava para curar pela imposição das mãos, pela Palavra de autoridade no nome de Jesus Cristo, em fé, e poder para vencer as forças deste mundo.  

Passado o tempo dos apóstolos aqui na terra, a igreja, a noiva de Cristo, daquele poder, milagres, ousadia, intrepidez, amor, bondade e misericórdia — foi se tornando um lugar de discussões, de pensamentos, de disputas, de quem estava com a verdade, de ‘filosofações’ sobre quem é e o que é Deus, ressurreição, encarnação e a natureza de Jesus, céu e inferno, julgamentos, campo vasto para criar heresias e distanciamento do próprio Deus. 
E, na exata medida contrária, a igreja foi se afastando do caminho de Jesus, esquecendo-se de Deus e assentando-se para falar de Deus ao invés de levantar-se para viver com Deus, conforme ensinamentos de Cristo Jesus. 

Colocando desse modo, que a igreja não se prostre sobre o caminho. Ninguém chega ao Pai, senão em Cristo – caminho, verdade e vida.
Durante o exílio em Babilônia, a sinagoga substituiu o Templo de Jerusalém para os judeus. Que a igreja de Cristo, a noiva do Senhor, não seja a reconstrução desse caminho.

A busca e referência deve ser sempre a igreja de Atos, que amava sem medo de clichês, errando talvez, mas no caminho, pois enquanto andava, se ajeitava no trajeto, não tinha ouro nem prata, mas tudo o que tinham, doavam – e doar-se, é o ato de dar de si mesmo, não de coisas. Tinham fé no poder do alto, não inventavam, já que caíam na graça do povo, pois o Espírito lhes fora dado e Deus era quem acrescentava aqueles que deveriam ser salvos. 
A igreja de hoje é odiada devido aos que, erroneamente, levam o nome de Cristo. Infelizmente, é uma verdade. 
Em Atos, eles creram que agir como Jesus agiu, era sua única missão, pois o próprio Jesus dissera que Ele os enviaria assim como o Pai o enviou. Se somarmos a isso, que Jesus nos disse que faríamos obras maiores, não é possível pensar que estamos no lugar certo, fazendo o que é certo e na direção correta.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Família, faça o que gostaria que te fizessem (pte.1) - Lucas 6:31

Família é convívio, criação, ensino, aprendizado, vida, personalidades diferentes, crises pessoais e existenciais, competições, dissimulações, inveja, ceder espaço, desvios do caminho natural, medos, excesso de amor e amor de menos. Tudo isso vemos na família.
O caráter individual forma o conjunto chamado família. O paradoxo, e que causa mais estranheza, é que a família é a solução dos problemas sociais, base formadora do caráter, moral, ética, respeito e amor ao próximo. Porém, é nessa mesma matriz, família, que o ser humano se desconfigura. Onde ele pode ser rejeitado, humilhado, expurgado, desprestigiado, marcando profundamente sua personalidade a ponto de optar em não se relacionar com mais ninguém, e ainda faz vítimas. 

A Bíblia fala da família sem romantismo ou mentiras, justamente para não seguirmos tais exemplos. Apesar de ser lugar de vida e esperança para o ser humano, quem não cuida dos seus, nega a fé, e é pior que um descrente (I Timóteo 5:8), pois continua a ser nosso primeiro ministério, primeiro plano de Deus para o homem, e o Pai espera que sejamos gente como gente deve que ser, e vivamos uma vida como a vida deve ser vivida. E nada melhor que a família, não o que querem transformá-la neste presente século. O indivíduo, com seu caráter, afeta todo o relacionamento familiar, que é coletivo.
Na família vivemos as alegrias e os dramas, pode ser a ferida, mas também a maior cura e o melhor bálsamo que já provamos. Acredite. 

As relações de casamento são puras, a começar pelo noivo, Jesus, que virá buscar a sua noiva, a igreja. Tal analogia é para que entendamos o princípio de lar, família, santidade, que Deus quer para nós.
Na exata proporção contrária, o profeta Oséias conheceu o casamento por ordem divina, vergonhosamente, ao dar recado aos judeus, quando casou com Gomer, prostituta, para que Deus mostrasse como Ele via Israel. 

Eva, induziu o homem, Adão. Mas, a pergunta fica: onde estava ele que não a impediu? Geraram Caim e Abel, ódio e inveja, no 1º homicídio. Noé, embriagado, a ponto de andar nu, foi vítima de seu filho. Assim como José e seus irmãos, inveja e ciúmes; os filhos de Eli (Hofni e Finéias), denunciados por Samuel, que ungiu Davi, também não foi feliz com seus filhos, e são o resultado da má educação dos pais: desrespeito. A mesma inveja entre os irmãos, Arão, Miriam e Moisés. Saul, pai. Jônatas, filho. Separados até a morte.

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Família, faça o que gostaria que te fizessem (pte.2) - Lucas 6:31

 Dois (2) exemplos para falar de família:
1) Abraão andou com Deus, e a despeito de nunca ter ouvido aquela voz, obedeceu. Falhou, é verdade, mas teve experiências com Deus como nenhum outro. Deus mandou: "saia da casa de teu pai", e ele levou seu pai. Atrasou, foi para o Egito, mentiu, usou Sara, sua esposa para se proteger (quem gostaria de um marido assim?) Em seguida, desobedeceu novamente e levou seu sobrinho Ló. Deus é misericordioso mesmo.
Não para por aqui. Poderia falar sobre Sara e Hagar, uma bomba na família, a desobediência á Deus leva Ismael (filho de Hagar) e Isaque (filho de Sara e da promessa), e suas descendências, a um ódio mortal, mesmo sendo parentes próximos (Israel e Palestina); Raquel e Lia, desgraça: duas irmãs disputando um mesmo homem durante uma vida inteira?; Jacó e Esaú, tragédia que se repete nos dias de hoje: pai e mãe que tem preferência por filho, e que Jacó repetiu a mentira de Abraão, expondo sua esposa, para salvar a própria pele. 

2) Davi, merecia um capítulo á parte. Julgado pela família, pior relação sogro/genro da Bíblia, um casamento político, e além de ser homicida, adulterou consciente, pois Bate-Seba era casada com seu amigo: desejo, prazer, luxúria, engano e morte. O filho, fruto dessa união desastrosa, claro, não sobreviveu. E nos deu uma grande lição. Pai relapso, os filhos foram criados soltos, sua filha Tamar é estuprada pelo irmão, Amnon (incesto); seu outro filho, Absalão, se vinga pela irmã (fratricídio). E diante da inoperância de Davi, insurge para tomar o trono do próprio pai. Qual a raiz que cresceu neste lar? Rebeldia. O que restou diante de tanta desobediência? Morte. 

A Bíblia jamais nos escondeu esses exemplos de família para jamais o seguíssemos, para que soubéssemos quem é Deus e quem é o homem. Quem é o servo e quem é o Senhor.

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Família, faça o que gostaria que te fizessem (pte.3) - Lucas 6:31



Acho interessante que há 2 coisas que Jesus diz sobre família: 
1) A família é a última a enxergar a gente (Marcos 3:21); 
2) Jesus diz: "Mulher, eis aí o teu filho" e "Eis aí sua mãe" (João 19:26,27).
O que eu vejo é que, a família biológica não nos enxerga como 'espiritual'. E é apenas na cruz que as pessoas percebem umas ás outras, verdadeiramente. Jesus diz ao coração do indivíduo, pois a família é uma coletânea de indivíduos. Assim como um corpo tem muitos membros.
O Evangelho é a boa nova, a mensagem de Deus para as pessoas que formam a família. Os princípios para a vida, para a formação do caráter, são os mesmos para a família, pois tratam o indivíduo, e só então, poderá interagir no coletivo chamado família. 

"Como querem que outros lhes façam, façam também vocês a eles" (Lucas 6:31) 

Quem sentir no coração, contribua. Quantas vezes devo perdoar? São 70x7, ou seja, 490. E se você achou um número alto, é porque está preocupado em quantas vezes terá que perdoar, já está com o pé no farisaismo. Porque o foco aqui não é "quantas vezes", e sim, a pessoa que você vai libertar com seu perdão. Ela é o foco. Porém, alguns se enganam quando pensam que perdoar é continuar a viver uma relação doentia. Não. Posso perdoar, e não necessariamente, andar com essa pessoa. Perdão não é prisão, é libertação. 

Um filho aventureiro pode produzir um sentimento de amargura em seu irmão, que não foi mas queria ter ido e é por demais correto. Ou quer ser. Isso causa inveja e mágoa na família.
Ao começar seu ministério numa festa de casamento, onde melhorou o vinho, Jesus aponta para a questão da qualidade do relacionamento humano, seu vínculo e sua celebração. Engraçado como algumas pessoas esquecem que uma qualidade de Deus é "regozijar-se". Papel de certidão, convite e liturgia religiosa, são de César. Mas o casamento, corpo, alma e espírito, são de Deus.
Casamento é casulo, e nele, lagartas tem que virar borboletas, regido pelo amor. Mas na maioria das vezes geram serpentes.
Que os homens não queiram apenas a submissão que consta na Palavra (Efésios 5:21,22), pela admiração. Assim como as mulheres. A vida em si já é difícil, portanto, que a vida no casamento seja leve, permitindo assim que a vida em família continue leve. O desejo no Velho Testamento, de que os pais convertessem os corações aos filhos, e os filhos se convertessem aos pais (Malaquias 4:6), aponta para Cristo, mas apenas quando o Cristo viesse. Ele veio, andou entre nós e subiu aos céus. Pronto, eu e você podemos fazer parte da vida de Deus.


Em Cristo, que podemos trocar o nosso jugo.