sábado, 6 de agosto de 2016

Estrelas milionárias, igrejas miseráveis - Mateus 10:8

Business. Infelizmente, a igreja virou business. Que o deus deste século não cegue nosso entendimento. Nesta igreja "de mercado", o objetivo é o mesmo das corporações: lucro. Logo, existimos por ele, para ele e para a glória dele. No mundo, existem os investidores, prestadores de serviço, e na igreja, as estrelas do show business. Se há estrelas, só pode ser noite/trevas. E se a estrela de alguém está brilhando, a estrela da manhã não tem lugar.

Quando não era convertido, o que mais chamava minha atenção era a dedicação á obra de Deus, sem nenhum interesse. A devoção, a graça e a entrega das pessoas que viviam o Evangelho e adoravam a Deus, era impressionante. E não queriam nada em troca, e Deus também não deixava nada faltar. Adoravam, sem pensar em dinheiro. Pregavam porque amavam o Evangelho e cantavam porque eram adoradores. nada além disso. Mas há um hiato do que acabei de escrever e o que acontece hoje em dia.

Como se tratam de artistas, é assim: "Quanto é o seu cachê?" ou "Quanto você cobra para pregar?" ou " E para cantar e tocar, quanto cobra?". Isso não deveria acontecer em nosso meio. Há pessoas que escolhem onde irão pregar/cantar de acordo com quanto pagam. Pagar 10 mil para pregar? 60 mil para tocar e cantar? Isso não deveria acontecer em nosso meio, há pessoas que escolhem onde irão pregar/cantar de acordo com o quanto pagam. Pagar 10 mil para pregar? 60 mil para tocar/cantar?
- "Magnata", ora vem Senhor Jesus! (como diz o pr.Neil)

Porém, quem formou esses mercenários?
Quem aplaudiu essas pessoas?
Se é a própria igreja que cria esses estereótipos, onde está o posicionamento da (verdadeira) igreja nestas épocas de igreja miserável? São os mesmos que, possivelmente, acusam essas pessoas de "mercenários". Respeito muito pastores que vão pregar muito longe para alcançar vidas, á mercê da sorte de hotéis, em não terem almoço ou com passagem no pior horário porque é mais barato. Mas o cachê do cantor é $10 mil.
Este é o fruto de uma igreja miserável.

Tenho a sensação de que este "mercenário" (adjetivo; que trabalha ou serve por um preço; age ou trabalha por interesse financeiro ou vantagens materiais), não começou como mercenário. Deve sim, ter passado maus bocados, e de tanto aperto, perdeu o rumo, se desviou do caminho e olhou para o homem. Viu que essa igreja miserável não sustentava seus profetas, e de tanta necessidade, passando fome, cansou. Cobrou. Percebeu que pagaram. Aumentou, e pagaram. Porta larga.

A igreja miserável gera o sacerdote que merece.
Só há quem ofereça o show-business, rosa ungida, meia ungida, óleo ungido no avião (mais perto do céu=mais unção), água do rio Jordão, caneta ungida, e outros, é porque há quem busque o que oferecem. Se há venda de indulgências, é porque há demanda. Quem procura tais igrejas é porque buscam o que é oferecido. Que Deus tenha misericórdia.

Graça e paz, da parte de nosso Senhor Jesus Cristo.

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