quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O pobre e o rico - Provérbios 28:11



O pregador não tem poder, mas tem o título de "pastor". Ou a "carteirada", como dizem. Alguns são o "porteiro João", a "costureira Márcia", o "pedreiro Francisco" ou o "contador Benedito". Mas o título, no caso citado, "pastor", tem poder.
Senão, os chamamos: "pastor Francisco", a "obreira Márcia", o "apóstolo João", o "presbítero Benedito". Usam títulos que desumanizam e retiram do homem sua simplicidade, como cidadão, gente, filhos de Deus á Sua imagem e semelhança, para terem um status que tem mais a ver com a relação de poder, que a relação do "ser servo".
Poder, dinheiro e relações na estrutura das igrejas.
Desconfio apenas que, a soma dos salários nas igrejas é superior á 50% da média salarial, dos membros da igreja - entende essa relação? E isso tem mais a ver com iniquidade, por que o contrário disso seria equidade, algo que Deus ordena em Sua Palavra.

Descriminados e descriminadores, ricos e pobres. Em contato com alguns ricos, percebi que ficam chateados nas igrejas por não serem tratados segundo sua natureza humana, como qualquer outro. Deveriam, mas não são tratados da mesma forma, e sim, tratados segundo o dão ou o que doam. Se chateiam por não serem reconhecidos como imagem e semelhança de Deus. E a tristeza do pobre é a mesma: são tratados pelo dão e doam, jamais por serem imagem e semelhança de Deus. A diferença fica exatamente onde não poderia: um vive muito bem, o outro, muito mal. A vida é muito mais que isso.

Que não caiamos na esparrela de pensar como um fariseu, achando que quem deu mais, foi quem levou um saco de dinheiro, e não a pobre viúva, que deu tudo o que tinha. 


A igreja está formando e mantendo mercenários, o que causa morte espiritual entre ricos e pobres. 

Digo, porém, que o Evangelho (aquele, q não se fala tanto) diz que o rico venha com sua insignificância e o pobre com sua dignidade. O rico é reconhecido pelo cifrão que carrega, visto por todos, mas no Evangelho somos reconhecidos pela dignidade de Jesus Cristo. E se, o capitalismo propõe q você só é gente se possuir coisas, e o socialismo diz que você só será gente quando possuir coisas, o Evangelho de Jesus Cristo diz que somos imagem e semelhança de Deus, o filho amado em quem o Pai tem prazer. Quando você vem para o Evangelho, descobre a graça de Deus, o amor de Jesus Cristo e as consolações do Espírito Santo, percebe que tudo isso é esterco. Pronto. Entendemos que não somos nada.
Se quando descobrimos o Evangelho vemos que não somos “nada” (ou esterco), porque cobrar? Fica sem sentido, uma vez que ferimos um princípio da Palavra de Deus: “dai de graça o que recebeis de graça” (Mt 10:8). E pior, só cobram porque tem quem pague. 

Se há business, já não é mais Evangelho.
Evangelho não faz querer um hotel  5 estrelas, mas o céu forrado de estrelas. Sim, precisamos de dinheiro para sobreviver, “mas tu, homem de Deus, foge dessas coisas, apega-te á piedade” (I Timóteo 6:11). Não é pecado ser rico, mas quem busca riqueza cairá em grandes tentações. E sabemos quem é o tentador. Mas saiba que, se há acúmulo de bens, alguém está deixando de ter está tirando de alguém, porque Deus é justo – em Sua natureza. Daí o dividir para multiplicar (mas isso é outra história). O nosso excesso, a nossa sobra, tira o direito de alguém em se beneficiar das coisas que Deus nos deu. Pense nisso.


Graça e paz!

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