quinta-feira, 29 de março de 2012

Serviço - um presente que serve

A graça, como a conhecemos, é o favor imerecido. Custou sacrifício pois, não merecíamos. Mas ainda assim, Deus nos amou, e deu seu filho para morrer por nós.
Esse é o princípio do serviço.
Ajudar os pobres, doar roupa e comida, enfim, o "assistencialismo" - que não tem nada a ver com Assistência Social (já ouvi: "é fácil ser assistente social"), é um fim em si mesmo. Penso, ás vezes, que é puramente desencargo de consciência. Tipo: "Cumpri a minha parte".

O "serviço" citado aqui, nasceu quando Deus criou o homem e sabia que ele iria pecar.
Só poderíamos existir nEle e rompemos com Ele...e agora?
Deus precisou prestar um serviço, não por nossas qualidades ou quem nós somos, mas sim, pelo seu amor por nós. Não existimos por nós mesmos. A isso chamamos de "graça".
"Graça" é o serviço que Deus prestou pra nós para que continuássemos existindo.
E custou o sacrifício de Jesus.
Deus poderia acabar com a nossa existência.
Mas como não permitir a nossa existência, se Deus é santo? (Isaías 6:1-3)
Somos pecadores, não só porque pecamos, mas porque continuamos a pecar.
Como então um Deus santo sustenta gente pecadora?

A resposta é a mesma: Graça.
Manter a existência. "Graça" é Deus prestando um serviço ao homem. Nada tem a ver com mérito. Mas tem a ver com a carência, no caso, a nossa carência, que só pode ser suprida pela "graça" de Deus. E o que permeia a graça de Deus é o seu amor. Só houve (e há!) "graça" porque Deus nos ama.

Não é porque você é bom.
Não é porque você é filho.
Você não determina nada.
Perdeu o direito à existência.

Só existimos pela "graça" de Deus. E este é o princípio do serviço:
- A necessidade do outro por esse amor. Uns pelos outros.
Perdemos o direito de suplicar a Deus por nossa existência. Só existimos porque Deus decidiu nos amar. Mas a Palavra de Deus nos diz que Ele nos ama. Então, é só pela "graça". É importante que entendamos isso.

O que isso tem a ver com "família"?

É o mesmo princípio - o amor incondicional de Deus.
Mas, só para que você acompanhe esse assunto interessante, vou deixar para a próxima...


Graça e paz.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A igreja - Atos 2:42-47 (continuação)

O projeto da igreja é isso: viver em comunidade.
Aquelas pessoas, que eram a igreja, no meio de tanto medo, opressão, fome e miséria, se amavam. Não disputavam poder algum, não competiam, não buscavam seus próprios interesses. Essa comunidade buscava os interesses uns dos outros. Gente que se abençoava mutuamente, transbordavam de alegria, se abraçavam, repartiam tudo entre si, abriam suas casas aos irmãos. Não transformaram aquilo numa religião, não que não havia uma doutrina pela qual lutavam, mas devido ao amor que sentiam, não poderiam ser indiferentes ao sofrimento do próximo.
E que sofrimento...
Israel, marcada por brigas religiosas, país dividido, vários partidos políticos, os fariseus, os saduceus, os essênios, os zelotes, a guarda romana, um rei corrupto. Não havia respeito por ninguém.
No meio disso tudo, uma comunidade que era presente que serve. Abrir o coração e respeitar os corações abertos. Não estavam preocupados se o irmão estava certo ou errado, mas se estava bem ou não. Preocupados se alguém estava alegre, sofrendo ou sem esperança.
Imagine o contraste. Imagine o impacto. Mostraram que há outro jeito de se relacionar, de ver o próximo.

Jesus ressuscitou e por isso, há um tempo de salvação, de transformação, de vitória sobre o pecado, sobre a angústia e o sofrimento. Não que vamos parar de sofrer, mas o sofrimento não vai nos derrotar. É diferente.
Não se fala mais da ressurreição de Cristo, e é por ela, só por ela, que haverá um novo dia, uma razão para existir, continuar a ter fé.
É possível conviver em comunidade sem ter medo do outro, porque todos necessitam. Porque Jesus venceu a lógica, ao 3º dia ressuscitou e tomou as chaves do inferno. Ele está vivo, e todos que nEle estão, podem viver um para o outro.
Um pastor querido disse: "A gente não nasce pra viver, a gente nasce pra conviver". É diferente.
A igreja de Atos 2:42-47 descobriu isso. Portanto: "E todos os dias acrescentava o Senhor, à igreja, aqueles que se haviam de salvar".
Ah, se descobríssemos isso dentro de casa...
Nosso chamado é para conviver, ou seja, "preste atenção uns aos outros".
Apesar de nos reunirmos hoje num mesmo lugar, prestamos atenção uns nos outros?
Em casa, nos reunimos, mas será que estamos no mesmo lugar, somos cúmplices? Nosso coração é um só? Buscamos o bem do outro?

Quantos ensinos, em nosso meio, geram divisão, juízo, desconfiança, investigação? Eles "perseveravam no ensino dos apóstolos" - o que gerava comunhão.

Creio num Deus que ressuscitou por nós. Nos ensinou a amar. E quando amamos a Deus, amamos o próximo, então não precisamos nos preocupar com o pecado, porque quando amamos, não há lugar para o pecado.

A igreja se subdividiu em pequenos grupos, nas casas das pessoas, e isso foi muito bom, pois recupera algo que o crescimento das igrejas fez: esquecer a comunhão. Aliás, o motivo pelo qual abraço a idéia dos cultos nos lares. Prefiro os grupos pequenos. Nos grupos, há comunhão, partir do pão, afeto, abraços,  saudade. Algo que as igrejas, perderam. Como hoje em dia, onde há muita tecnologia (MSN, Orkut, Facebook, Smartphone, Ipad, Tablet, etc), mas não há comunhão, nem prazer em estar junto. A igreja também reflete isso. A cada dia somos levados a nos isolar.
"Não posso pedir pra alguém orar por nós, porque tenho vergonha". Os pequenos grupos recupera o porquê da igreja, um lugar onde nós podemos contar ao outro o "porquê" de estarmos em oração.

Porque a igreja de Atos 2 era uma comunidade, um presente que serve, sinais e prodígios aconteciam. Porque Deus opera em comunidades de amor, de união. Quando um ora pelo outro. Quando uma família está junta. Onde realmente há amor, onde partilham tudo. Aprenderam, finalmente, a responder: "Onde está o teu irmão?"

Nos chamamos de irmãos, mas nos tratamos como primos.
Nada pode acontecer se uma comunidade prega: "amigo a gente escolhe. Irmãos, somos obrigados". Absurdo.
Prefiro, honestamente, "há amigos mais chegados que irmãos" ou "usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de modo que, quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas".
A fé cristã chama a todos para serem irmãos, em Cristo. Temos que aprender com os discípulos, em como ser  "irmão".

"Partir o pão em casa, comiam juntos com alegria" - hoje em dia, nem nos visitamos. Todos dizem que o tempo não dá, é só correria, é muito trabalho, mas na verdade, você não quer. Não queremos contato. Pensamos que, o que nos descansa, é a cama ou o sofá (se tiver uma Tv, melhor). Mas o que descansa, é o outro, é o aconchego das pessoas que amamos, é saber que você ajudou a suprir as necessidades do próximo, orou com ele.

A igreja de Atos 2:42-47 acordou a humanidade. Viraram referência. Precisamos recuperar isso.
A igreja ainda é o lugar onde a dor e o sofrimento são diminuídos. O Espírito Santo criou uma comunidade capaz de diminuir o sofrimento, pela comunhão, pelo amor, pela cooperação. Diminuir o sofrimento dos outros é o espírito da igreja.
Ser um presente que serve. Sempre.
Posso não acabar com o sofrimento do próximo, mas posso ajudar a diminuí-lo.
Podemos comer juntos, ouvi-lo, orar com ele, por ele, oferecer minha casa.

Quando pensarmos numa "igreja", pensemos:
estudar a palavra, aprender com os discípulos, servir ao próximo, conviver, dividir o alimento, físico e espiritual, orar,
haver sinais e maravilhas (milagres), união, fazer tudo pra diminuir o sofrimento do próximo, louvar e adorar, impactar principalmente os não convertidos.

Isso é igreja.

Que Deus nos de graça, de ainda perceber, o próximo. A começar pela nossa casa, a nossa família.

Graça e paz.

sábado, 17 de março de 2012


"campanhas" das igrejas


Campanha = Campo onde acampam tropas. Acampamentos, batalhas, operações militares. Conjunto de esforços ou de lutas para um fim determinado.
O emprego e uso da expressão, é direcionado para realizações em busca de resultados. Neste caso, materiais.
Acredito que, campanha para o cristão, é o consta na primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses 5:17, que diz: "Orai sem cessar". Jesus Cristo nos deu o exemplo. Requer muito mais do que o conjunto de esforços, por algum dias, para alcançarmos algum bem, para determinado fim. A palavra do Senhor nos fala da necessidade de orarmos incessantemente, porque o nosso compromisso com Deus, vai além de alcançarmos algum bem material e satisfazer as necessidades desse mundo.
Tais "campanhas" se parecem muito com as "novenas" ou "promessas". Nada mais que a troca em si: eu te dou isso e você me dá aquilo. Esquecemos quem é o Senhor e quem é o servo.
Não posso concordar.
Não sei, tampouco, onde está o embasamento bíblico para a "campanha". Paulo nos alerta para o que seja anátema (Gálatas 1:18). Me parece ser o homem introduzindo doutrina de origem pagã no seio da igreja evangélica.
Hoje, as igrejas promovem uma variedade de campanhas com finalidade para todos os gostos, cuja o objetivo na maioria das vezes, é sempre apontando para a prosperidade material.
Perdemos tempo com coisas que nos afastam do verdadeiro evangelho, e o inimigo "anda ao derredor, bramando como leão" (I Pedro 5:8). O ladrão nos distrai, rouba nosso tempo na igreja, no altar do Senhor, nos desviando das coisas que realmente importam.

Chega de campanha do sabonete (compra-se o sabonete na igreja, como ele está ungido, como mágica, seus problemas estarão resolvidos); ou do trízimo; ou fogueira santa (doa-se dinheiro para receber em dobro depois - onde está o propósito de Deus?); ou óleo ungido do céu (um pregador disse que havia ungido um óleo quando estava num avião, bem alto, alegando estar mais próximo do Trono de Glórias de Deus, e por isso, aquele óleo era dotado de maior poder e virtude que qualquer outro óleo ungido na terra, pois quando fora ungido, estava mais perto de Deus).
O que eu faço com a palavra de Jesus que nos disse: "Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas"??
Vejo semelhanças à Torre de Babel. O objetivo era tocar o céu. Exatamente como ocorre hoje, aquele povo também desejava alcançar o céu utilizando-se de elementos materiais. Deus confundiu suas línguas. O paradoxo, é pensar que para unir o seu povo, séculos depois, de diferentes raças, o Senhor enviou o consolador, o Espírito Santo, para que tivessem a mesma linguagem. Para nos unir. Nos separou pela língua e nos uniu pela língua.
Existem comunidades evangélicas que realizam campanhas, em oração, para o crescimento espiritual da igreja e para honrar e glorificar o nome do Senhor. Fiquei muito feliz, em saber que a igreja que frequento com minha família, fará uma campanha com um propósito diferente: orar por alguém da família, ou conhecido, que esteja fora (afastado) da igreja. Muito legal.
O aspecto de santificação e verdade me preocupa.
Não concebo uma campanha ser isca, atrair e firmar compromisso com o cristão, levando-o a não quebrar a campanha, com o jugo de receber maldição ao invés de benção.
Pior, perdem o vínculo da fé em Cristo e o propósito da morte de Cristo na cruz - remir nossos pecados e nos dar uma vida eterna.
O que acontece com um "crente" que faz campanha, faz campanha, faz campanha, e nada acontece?
Se está firmado em Cristo, na rocha, não vai balançar, e saberá que todas as coisas cooperam para aqueles que amam a Deus, entenderá que os pensamentos de Deus são mais altos que os nossos e esperará com paciência no Senhor. Porque Deus é quem opera todo querer e o realizar.
Agora, se está firmado na palavra de homens, ofertas, emoções, determinismo, autoajuda...
A libertação não está num frasco com água do rio Jordão ou sal grosso do Mar Morto. Senão, qual é a diferença da fita do Senhor do Bonfim amarrada no pulso ou um terço, uma rosa ungida ou um copo de água em cima da Tv na hora da oração?
Somos rápidos em julgar mas vagarosos na autoanálise.
Nossa libertação e salvação vem da fé no Cristo, aquele que derramou seu sangue inocente na cruz do Calvário, "para todo aquele que nEle crer, não pereça, mas tenha vida eterna" (João 3:16)
O único alvo é a cruz de Cristo.
As campanhas acabam por sufocar a fé e a promessa de vida eterna, de salvação, porque na maioria das vezes o objetivo da "campanha" é outro: a busca desenfreada pela prosperidade material.


Proposta para reflexão:
Porque Paulo não procurou a prosperidade, e ainda se alegrou no sofrimento?


Graça e paz!

17/03/2012 - Vigília
Na igreja do Nazareno, Itatiba, participamos de uma vigília. Foi muito bom. A presença de Deus foi sentida naquele lugar. Revi muitas pessoas queridas

quinta-feira, 15 de março de 2012

A Igreja
(Atos 2:42-47)

Aprendi com um querido pastor sobre como ser um presente. Se esse presente, servir, melhor. Enfim, ser um presente que serve.
Presente” (1) no sentido de tempo, o hoje, o agora, o tempo presente. Estar próximo ao que necessita.
E “presente” (2), no sentido de doação. Deus permitindo que você seja “o” presente junto ao necessitado. Ser o presente, não necessariamente embrulhado com uma fita. Mas se permitir ser o presente de quem necessita. Estar num estado de alerta.
O foco, em ambos os casos, é o próximo. Ou sua necessidade.
Agora, e o “servir”?

A Bíblia inteira fala sobre servir. Os profetas serviam aos propósitos de Deus. Jesus nos mostrou o ápice do servir, quando lavou os pés dos discípulos dizendo: “O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois” (João 13:7), e emendou: “Entendeis o que vos tenho feito?” (v.12).
Nessa passagem, que gosto bastante, Jesus vem falando de sua morte constantemente. Os discípulos estão assustados, afoitos, tensos, nervosos, pois não sabem o que irá acontecer. Jesus percebendo o nervosismo geral, dá o exemplo. É como se fosse um bálsamo. Um refrigério para a situação. Antes mesmo de ensinar que o maior sirva o menor, Jesus quer dar descanso.
Imagine o seu cônjuge chegando em casa depois do trabalho, nervoso, pressionado, contas a pagar, etc, e você dissesse: ”Olha, senta aqui. Deixa eu lavar seus pés. Descansa e relaxa. Esquece o mundo e seus problemas lá fora”.
Aprenderam com Jesus e se estabeleceram com o Espírito Santo.
Como uma cooperativa onde todos trabalhavam por todos, ninguém sofria sozinho. É uma comunidade, e como tal, tem sempre alguém para ajudá-lo, quando estiver doente ou necessitado.
Essa comunidade respeitava e honrava Deus. E faz uma enorme diferença. Quando respeitamos a Deus, respeitamos tudo o Deus criou. Respeitamos a nós mesmos. Tratamos os outros a partir desse respeito. Parece simples. Deus ouve a oração no individual, mas só age no coletivo.
E Deus respondia: "e muitas maravilhas e sinais se faziam" (v.43). Deixando claro que estava presente.
Interessante é que “segundo cada um tinha necessidade”(v.45), nos mostra que, quem dava o tom a essa comunidade não era sua capacidade em suprir, mas a necessidade daqueles que devem ser alcançados. A medida era daqueles que necessitavam, não o potencial de quem serve. Deus capacita segundo a necessidade do próximo. Isso é comunidade. Já imaginou Deus capacitando alguém, para que essa pessoa não faça nada por ninguém, só por ele mesmo?
A base da edificação da igreja é a doutrina dos apóstolos e profetas.
Essa comunidade era “presente que serve” não só para dentro da igreja, mas para fora, para a comunidade externa, pois “caindo na graça de todo o povo” (v.47) mostra que o povo, que não frequentava aquela comunidade, os admirava. Sabiam que agia ali algo diferente.
Só seremos “presente que serve” se buscarmos no ser humano aquilo que Deus colocou lá, mas eles não sabem.
A igreja tem a vocação de servir. Que sejamos despertados para ser um presente que serve. Não é fazer tudo. É fazer alguma coisa.
Qual é a necessidade do seu próximo?
Como vc pode ser presente? E presente que serve, como?
Não me venha perguntar “quem é o meu próximo”...
(isso é para outra postagem)


Graça e paz!



domingo, 11 de março de 2012

A igreja


Acredito na igreja de Atos 2:46,47.


I Tessalonicenses 5:18,19 - “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. Não extinguais o Espírito Santo"

Mais ou menos assim: Não atrapalhem a ação do Espírito Santo.
Tais recomendações não são para pessoas fora da igreja. Mas para a igreja, o corpo de Cristo, com a presença do Cristo.
São marcas da reunião da Igreja.
Onde dois ou mais estiverem reunidos em nome de Jesus, Ele lá estará. Quando o Cristo se manifesta entre nós, há cura. Há libertação. Há compaixão. Há luz.

Não é reunir-se em qualquer lugar, de qualquer jeito.
A marca da reunião da igreja, que vive em comunhão, agindo em comunidade, é a alegria, que somente pela manifestação da presença do Cristo, é que nos faz vencer sobre qualquer sofrimento, e nos mantém em missão.

Como agente de mudança, cristãos, como se converte as pessoas?
O grande desafio é sermos "diferentes". Engraçado é que hoje em dia, o ser diferente, é andar em justiça, praticar a justiça. Não sejamos aliados da prostituição, do desrespeito á criança ou ao idoso. Não sejamos aliados dos que andam em alta velocidade ou cruzam no farol vermelho. Vamos andar na contramão de tudo isso.
Existe um padrão. E este "padrão", Deus nos deu.

Evangelize. Se necessário, fale.

Precisamos criar uma comunidade. Se nos encontrássemos mais, poderíamos formar uma comunidade que pensa junto. Pensa o mesmo. Tem o mesmo alvo.

Mas sinto dizer que, nós cristãos, não temos uma consciência comunitária.

Pense: temos 2 (dois) momentos em comunidade:
1) encontro dominical - ou a grande celebração;
2) culto nos lares - ou os pequenos grupos

A igreja é reduzida a esses encontros.

Ouço muitos dizerem que poderiam fazer isso ou aquilo, para alcançar os drogados, os idosos, as crianças, etc. Mas jogamos fora a arma da transformação, quando caímos na armadilha do inimigo: "Cada um por si e Deus por todos".

O ápice do inimigo é querer Deus só pra mim.

Perdemos o senso de igreja. Deixamos de ser agentes de mudança.
O cristão acaba adorando só. Ele e sua família.

Diga: quando você olha sua comunidade, você gosta do que vê? Ou fecha o vidro do carro e sai rápido (porque aquele lugar é perigoso, não é...)?

Se sentar um travesti ao seu lado, no banco da igreja, qual é a sua reação?

Quando estive, por um tempo, no Desafio Jovem, ministrando, orando, louvando, adorando, fomos muito bem recebidos. Eu e minha famílila. A carência era tamanha... Alguns se apegaram a nós. E nós, a eles. Levei CDs. Levava cifras porque tinha o Henrique que tocava violão. Sabe o que aconteceu quando o tempo deles acabava lá? Alguns voltavam aos seus lares, quando a família permitia. Outros tinham que "se virar".
Não havia suporte após o tratamento e, por conseguinte, afastamento deles das ruas e antigas amizades.
Muitos voltavam a usar drogas.
E ainda ouvíamos: "eles não querem se curar!". Que coisa dura de se ouvir.

Meu Deus.
Na igreja de Atos 2:42-44, eles "perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum".

Então o Senhor não pode acrescentar, todos os dias, à igreja, aqueles que haviam de se salvar. Não é?

As pessoas aprendiam com os apóstolos. Eles eram exemplo.
Tanto na comunhão (comunidade - quem é o seu próximo?), na comida (alimento físico) e nas orações (alimento espiritual).
As pessoas viam sinais e maravilhas. Criam. Unidas.
Isso é comunidade.
Isso é igreja.