sábado, 25 de agosto de 2018

Perdão em família - Pv 24.3




A família tem sido, ao longo dos anos, bombardeada. O centro formador do caráter, ética e moral, agora é deturpador da ordem social, psicológica e espiritual. Pelo menos, é o que dizem os que não creem.
Se a família, como instituição, está balançando, como ensinar o amor e perdão - princípios de Deus para quem verdadeiramente, se ama?
Falo hoje, do perdão, se não for aprendido com aqueles que amamos, em família, aprenderemos distorcido, caindo para a culpa, o remorso e o egoísmo. 
O perdão não é um sentimento, mas um posicionamento: "Eu não sinto vontade, mas eu preciso, eu quero perdoar". Tem tudo a ver com arrependimento, já que não é só dizer, nem só sentir (ou não), pois falar (pedir ou dizer que perdoa) não ameniza sua culpa. É algo mais profundo, é a raiz de amargura no coração, sentir pesar porque errou, e isso será a força motriz para chegar a perdoar. Assim, conseguirá também amar. Só então, trocaremos a amargura pelo amor que cura. O perdão em família deve existir. Se ainda lembra o que te chateou, é porque não perdoou. Jesus nos ensinou não somente a perdoar nossos inimigos, mas a amá-los também (Mt 5.44). 

Mas temos inimigos em família? Temos sim. Como o laço que nos une é mais profundo, inconscientemente sabemos que, apesar das discussões diárias, jamais deixaremos de ser uma família - assim, falamos o que queremos, sem pensar. Normalmente, tratamos melhor alguém de fora que alguém da família. E assim, aos poucos, nos afastamos. 

Ora, é muito mais fácil pedir perdão pelo que fez - pronto, acabou. Mas infelizmente, o ego não permite. Para nos sentirmos superiores e melhores, necessitamos colocar o outro em seu lugar, ou seja, abaixo de nós - e nada como a culpa para isso. Jamais assumimos que erramos, porque então, teremos que assumir que não somos perfeitos, que não temos aquela imagem que queremos que todos acreditem, e isso é difícil. Sempre brinquei dizendo: "A culpa é minha e coloco ela em quem eu quero" - parafraseando os egocêntricos. Não é qualquer um que assume o próprio erro e pede perdão - só Jesus habitando em nós. 

Ao não reconhecer, em família, tanto nosso erro como pedir perdão, plantamos uma semente de maldição em casa. Já pensou seus filhos ouvindo que os pais mentem? Isso frutificará, e será uma questão de tempo para seus filhos mentirem também. E quem é o pai da mentira? É por isso que ouço muitos pais se perguntarem 'quando' e 'porque' seus lares e famílias começaram a dar errado. Lembre que o Reino de Deus é comparado a uma semente de grão de mostarda - apesar de ser a menor das sementes é a maior árvore que existe.
A semeadura está em nossas mãos, você decide o que quer plantar em sua família: o bem ou mal.



NEle, que nos amou e nos perdoou, apesar de nós.

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