A filosofia grega dizia que virtude era fazer bem aos amigos, e fazer mal aos inimigos, e ainda que era para amar os bons e odiar os maus. Platão, no livro "A república" diz que era virtude usar os recursos do Estado para ajudar os amigos e prejudicar os inimigos, e ainda tomar cuidado para não cair nas mãos do inimigo. Como sabemos, até hoje há seguidores de Platão...
Na lei de Moisés não havia mandamento para amar o inimigo. Existia a lei de Talião (mesopotâmia), olho por olho, dente por dente, que ao contrário do que muitos pensam, essa lei não incentiva a vingança, é antes de tudo, uma lei civilizatória - a quem lhe fez um mal, não se pode fazer um mal maior - se roubou um gado, você não podia queimar toda a fazenda, matar sua família, por vingança, mas poderia sim, devolver o mau, roubar apenas um gado - é a equivalência, que trabalhou a contenção do impulso violento de vingança natural no homem. Mas ela tem sua lógica: se alguém lhe fizer o bem, devolva esse bem na mesma moeda.
É neste mundo que Jesus nasce e encontra essas verdades: olho por olho, dente por dente, ame seus amigos e odeie seus inimigos, faça o bem a quem lhe faz o bem, mas faça a o mal a quem também faz o mal, e a quem lhe dá, doe, mas nunca dê nada a quem nunca lhe deu nada.
Assim, Jesus diz: "Ouviram o lhes foi dito... Eu porém, vos digo: Amem seus inimigos" (Mt 5.43,44). E qual a referência para Jesus dizer isso? O Seu Pai - que é nosso Pai também - ao dizer: "Porque faz que o sol se levante sobre os maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos" - no qual propõe igualdade porque se somos Filhos de Deus, amemos pois nossos inimigos, façamos o bem a quem nos faz mal, doe a quem nada pode nos doar - isso é revolucionário, é extraordinário, porque:
a) Antes de Jesus, ninguém disso isso;
b) Mais que só dizer, Ele praticou esse amor;
c) Ainda não conseguimos imitá-lo.
(leia a continuação)
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