Mesmo cansado, procurando descanso, Jesus recebeu a multidão. Aprendi que, assim como Jesus acolheu as pessoas, nós precisamos aprender a mudar nossa agenda em favor do próximo, do necessitado. A compaixão tem que vencer o cansaço.
Quando permitimos que o cansaço, a nossa agenda, os nossos compromissos suplantem a necessidade de quem precisa. Falta compaixão nos que se dizem seguidores de Cristo. Eu sou o primeiro.
O que faltou em nós, sobrou em Jesus.
Percebo que o sofrimento do próximo já não nos afeta, principalmente aos que são da nossa casa. No mundo em que vivemos, principalmente nos centros urbanos, onde tudo é urgente, a influência da felicidade a qualquer custo, a teoria do apocalipse ("já que o mundo vai acabar, vou fazer tudo o que tenho direito"), ou "tenho que ser feliz, pouco importa o outro", e esquecemos que temos a ordenação de estarmos "indo" (a grande caravana), continuamente, e amar o próximo. Não esqueçamos que só pode haver convivência se pararmos, ouvirmos, falarmos, olharmos.
Jesus viu que aquelas pessoas estavam necessitadas, sob forte opressão.
Falar sobre o reino de Deus é falar sobre justiça.
De tanto ver prosperar a tirania, alguém pode chegar ao ponto de ter vergonha de ser honesto? Sim, pode, segundo Rui Barbosa.
Que esse mundo maligno não prevaleça sobre os bons. Seja para com os seus, seja para com quem não conheça, aos amigos ou cônjuges, assim como Jesus, é preciso ter a capacidade de pensar e seguir o que seja verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama, e se há alguma virtude e louvor, nisto pensai.
Se não houver esperança, o que nos resta? O amor ama quem concorda, mas principalmente, ama quem jamais concordará - isso, se o próximo for uma extensão de mim mesmo.
Da parte daquEle que nos ensinou a sermos resposta na vida de alguém,
Graça e paz.
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