Há tons de música certa (menores, com nona ou sustenido) para emocionar o coração de quem contribui e oferta, inclusive na hora da ministração (como se Deus precisasse de ajuda). E os jovens? A Igreja se adapta para atraí-los, e claro, agradá-los, porque senão, eles não frequentam. Alguém pode perguntar: "Mas o que isso tem demais?" Respondo: Deus é o Senhor, eu e você, os servos. Não inverta isso.
A sensação de tristeza é grande. Como deturpam a Igreja do Senhor. Tenho 15 anos de conversão e batismo, mas foi suficiente para viver a guinada da Igreja nesses tempos modernos. A Palavra de Deus precisa se cumprir, eu sei, e tudo já foi dito e escrito, mas não posso deixar de chorar por tantas almas.
Antes, a pessoa sabia que, ao se converter a Cristo, sua vida mudaria, porque a visão e entendimento diante das circunstâncias, mudaria, por opção e escolha. Hoje, ao se batizar, o velho homem que deveria morrer continua vivo. A sociedade esperava muito de nós, cristãos - inclusive, os não crentes. Para quem os ímpios pedem oração quando necessitam? O mundo continua com seu príncipe, mas quem mudou fomos nós, a Igreja que se diz "do Senhor". Houve uma mudança interna, nós mudamos, a Igreja mudou para se adaptar ao mundo, para propor a teologia (?) da prosperidade (?), por mais pessoas nos cultos, por Igrejas-catedrais, pela influência política, pelo poder. Mas o mundo, não, ele jaz no maligno, perpetuamente.
Partindo deste pressuposto, o que diferencia um cristão verdadeiro, genuíno, do crente confessional, é apenas a sua vida secreta. Jesus, no sermão do monte, demonstrou que existe uma religiosidade vazia, que gera morte, mas que existe também uma espiritualidade secreta, não vivida, que pode gerar vida. Estes conselhos de Jesus, infelizmente, não são praticados, e pior, estão arraigados no coração dos crentes.
(leia a continuação)
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