sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Provações(pte.2) - Tg 1.2-8


É desejo de cura, de emprego, restauração familiar, da empresa, livramento, mas ninguém quer ser oferta viva no altar de Deus, cheiro suave e agradável ao Senhor, consagrado, deixando seu "eu" para viver o "nós", onde muitas vezes, o local frequentado tem a Palavra rasa, sem EBD, e só se fala em prosperidade. Quero lembrar que todos esses desejos são válidos, fazem parte da vida, mas a chuva cai sobre ímpios e cristãos. Não é pecado buscar ser abençoado segundo as promessas do Senhor, porém, erramos ao fazer deste presente (bênçãos) o nosso deus. Jesus padeceu, foi homem de dores, por fazer a vontade do Pai, e nos mostra que é possível passar pela tristeza sem ficar triste. Erramos quando as bênçãos, algo que precisamos, são o verdadeiro motivo de nossa presença nos cultos, o que substitui a genuína adoração ao Senhor - Ele é a razão da nossa presença, o fim em nosso servir e o motivo maior da nossa alegria. Mas e as bênçãos? Elas te seguirão, tenha certeza (Dt 28.2).

Quer saber o que nos mata? Quere saber o motivo do sofrimento, não para evitar fazer o que fazemos de errado, mas para tentar o alívio, sendo que, mesmo sabendo os motivos, isso te aliviará? A dor e o sofrimento nos cegam, ficamos incapazes de pensar, e saber o porquê das provações não a invalida, pois ela continua sendo verdadeira e com propósito. Posso não saber a razão, mas Deus o sabe, e isso me basta, pois é Ele quem me liberta e cura. Não vivemos á mercê da história, das circunstâncias e coincidências, somos servos de Deus, aquEle que age sobre todas as coisas, para o bem daqueles que o amam e foram chamados, de acordo com o Seu propósito (Rm 8.28).

Um dos resultados dos propósitos de Deus, via provações, é a fé aprovada. Sem fé é impossível agradar a Deus, e dessa forma, Abraão, ao ser chamado, obedeceu (Hb 11.8), e ao ser provada a sua fé, não vacilou, ofereceu seu filho Isaac (Hb 11.17). Alguém duvida que ele sofreu? Mas perseverou até o fim, e as promessas de Deus foram sobre ele, com a sua descendência, até os dias de hoje. A fé produz perseverança, vontade de continuar, jamais desistir e se prostrar. As grandes mudanças em nosso caráter foram por meio das provações - falo por experiência. O sofrimento como instrumento da Graça acaba com o nosso orgulho, arrogância, soberba e autossuficiência. Quando sou fraco é que sou forte, porque dependo de Deus. Após a queda, a nossa natureza endureceu nosso coração, e diariamente, as situações impedem de ouvir a voz de Deus. Mas, infelizmente, num leito de hospital, desempregado, situação financeira difícil, luto por alguém que amamos, dor e sofrimento, nos fazem transcender, pois é uma grandíssima oportunidade para esquecer o mundo lá fora, entronizarmos Cristo, meditarmos no Seu Evangelho, ouvirmos louvores de adoração genuínos, para que seja a oportunidade que necessitamos de ouvir a voz de Deus.

(Leia a continuação)

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