Davi, ao longo da sua vida, foi desprezado. Teve tudo para desenvolver, o que hoje chamamos de doenças psicossomáticas.
O profeta Samuel buscou, sob orientação de Deus, o futuro rei de Israel, o eleito na casa de Jessé, pai de Davi. O título de "rei" leva as pessoas a achar que deva ser alguém forte e poderoso, mas assim que Jessé mostrou todos os seus filhos, desprezou Davi, pois nem o citou.
Ao inflamar-se contra Golias, foi desprezado também, pois em nada se parecia com um soldado ou alguém capaz de detê-lo, tinha o aspecto frágil.
Perseguido pela inveja do rei Saul, Davi fugiu para as cavernas. E fugir, quando se pode matar seu oponente, é ser desprezado.
Mical, filha de Saul e esposa de Davi, ao vê-lo dançando agradecido a Deus pelo retorno da arca da aliança, seminu, o desprezou - claro que por ciúmes, mas seus olhos não se abriram para o espiritual.
Nabal, homem mau questionou, desprezou Davi: "Quem é Davi?" - quando Davi cuidou de suas ovelhas e pastos.
Nas cavernas, aliou-se aos filisteus que não confiavam em Davi. Mais uma vez, desprezo.
E ainda seu filho, Absalão, perseguiu e desprezou seu pai Davi, ao querer seu trono.
O desprezo de uma vida inteira poderia marcar Davi, já que ser desprezado gera em nós feridas e marcas inesquecíveis. Mas Davi ainda hoje é chamado e conhecido por ser o homem segundo o coração de Deus, porque a melhor resposta para vencer quem o despreza, é a manifestação do fruto do Espírito: domínio próprio e equilíbrio, que só o Espírito Santo é capaz de nos dar.
Sejamos cuidados para jamais desprezar alguém, cuja o Pai, é o Senhor.
Graça e paz da parte de nosso Senhor Jesus Cristo.
Porque as coisas não dão certo? Ao olharmos, não vemos saída, e parece que Deus nada faz. Leia Habacuque 1.2-4. O profeta tinha a mesma reclamação. Então, temos um sentimento de derrota, muita luta e nada dá certo.
"Até quando" - é a frase sintomática, porque nessas horas parece que Deus se cala. E quando fala, diz: "Vou mandar Babilônia!". Quando pensamos que Deus enviará refrigério, justiça, Deus manda remédio amargo, juízo, ou a Babilônia. Como assim um ímpio consertar um justo? É nessa hora que, assim como Habacuque, nos perdemos em quem é o Senhor e quem é o servo, questionamos e discordamos de Deus, como se Ele devesse uma explicação, ou ainda, como Deus falou comigo neste texto: "Acha mesmo que ama mais sua família que Eu? Acha que Eu quero divórcio na família?". No fundo, é isso mesmo. Porque a cura não veio, Senhor? Porque perdi meu emprego? Porque o milagre não veio, Deus? Está faltando o básico na minha casa...Meu casamento está um caos... Porque as coisas não certo para mim, Senhor?
A resposta de Deus para isso é "O justo viverá pela fé" (Hb 2.4). Deus permite, assim como Habacuque, falarmos, desabafarmos, e depois que questionamos o amor, a paciência e a Graça de Deus, começamos a entender que não é pelo que vemos, nem pela situação vivida, não é pelo "sim" ou pelo "não" de Deus, mas é pela fé e confiança em Deus. Porque Deus enviou a Babilônia? Porque Israel estava em pecado, afastado de Deus. Se só frequentarmos as festas, o melhor da vida, jamais converteremos nosso coração a Deus.
Mesmo que aparentemente tudo esteja contrário do que gostaríamos que fosse, Deus nos criou, conhece nosso assentar e nosso levantar, sabe que somos pó, que nosso coração é enganoso, e que o povo naquele momento (e nós hoje) precisava. Arrependemo-nos, preparemos o caminho do Senhor, voltemos a Ele!
Entendi que a palavra profética é: "Mergulhe em mim". Se não nos agarrarmos a Deus, não suportaremos esse mundo. Assim quando houve o tsunami na Ásia (1999), haviam mergulhadores que nada perceberam, a não ser os peixes que sumiram. Estavam mergulhados no oceano e só souberam da tragédia, milhares de mortos, depois que subiram para a superfície.
A Igreja costuma ignorar o que acontece no mundo, e não se trata disso. Ser crente dentro da Igreja, é fácil. Não podemos nos omitir, mas devemos viver profundamente com Deus. O mundo está nojento de se viver (abusos, perversão, corrupção, sexo, injustiça, impiedade). Quem não estiver agarrado profundamente com Deus, não suportará as ofensas, prisões, afrontas e injustiças, diante dos nossos olhos, assim como Habacuque. E responderemos com ódio o que deveria ser amor.
(leia a continuação)
A Igreja diz "Jesus te ama", mas as pessoas querem ouvir sobre vitória, prosperidade, riquezas, não querem ouvir sobre pecado, santidade, salvação, resignação ou esperar no Senhor https://marcioneves67.blogspot.com.br/2012/09/o-carater-de-jesus-em-nos-salmos-401.html). Deus pode não responder com milagres, apesar das coisas não estarem como gostaríamos, mas jamais deixará de ser "amor" - é a Sua essência! Ele é Pai, não um gênio da lâmpada que nos concede 3 pedidos, mas que como Pai, nos corrige onde vamos nos perder. Há coisas que conseguimos ver porque Deus disse 'não'. Mas há outras que jamais saberemos.
O juízo virá e trará salvação e recomeço sobre os escolhidos do Senhor. Somente quando tudo sacode, o mar se enfurece ao nosso redor, a água invade nosso barco e vemos: "Vamos morrer!" - só então, conheceremos Deus, que se levantará para dizer: "Para vento... sossega mar". E quem é esse que até a tempestade e o mar obedecem? (Mt 8.27).
Essa tempestade e o mar vem para dentro de nós vestidos de desemprego, do casamento que não tem reconciliação, do filho que não quer saber de Evangelho, de dinheiro que não dá até o final do mês.
Mas dentro de você há aquela paz, que é maior do que podemos entender - não pelo que está acontecendo do lado de fora, as circunstâncias e tempestades, mas pelo que está agora, dentro de você: Jesus Cristo!
Mergulhe em Deus, com o Espírito Santo, através de Cristo. Não importa o que está do lado de fora, se Deus estiver do lado de dentro. Porque quando mergulhamos não ouvimos ruído algum. Ás vezes temos que calar o ruído que vem de fora para conseguir entender que, quem está dentro é que tem o controle.
Quando o Espírito Santo nos dá entendimento sobre o que tudo isso significa, então mudaremos nosso olhar, e assim, nosso coração também muda - não as circunstâncias, elas continuarão, mas os meus olhos mudaram. Agora sim, estou pronto para dar Graças, em tudo.
A redenção é a confirmação de que é em Deus que temos que confiar. Sozinhos, jamais conseguiremos. Então "Ainda que a figueira não floresça..." (Hb 3.17-19) faz todo o sentido. O justo/justificado, tem que viver pela fé, andar de cabeça erguida, passar pelo sofrimento sem sofrer. É Deus falando ao profeta: "Você confia em mim, Habacuque? Você acha que ama mais seu filho que Eu? Acha que ama mais sua esposa do que Eu amo? Acha que Eu deixei seu casamento ser destruído? Acha que Eu permiti a doença vencer a vida? Eu sou amor, Habacuque! Vejo o que você não vê, sou justo, sou Pai. Confie em mim".
Assim, o justo viverá pela fé, mesmo se tudo falhar.
Ainda que a Babilônia venha e acabe com tudo, eu confiarei no Senhor, e exultarei o Deus da minha Salvação.
Muitos abandonam Deus diante da tristeza profunda, da decepção, da dor, da frustração, mas como se afastar da única fonte de vida e amor, da esperança que pode transformar morte em vida. Não importa o que esteja passando, mergulhe, como criança, e confie no Pai, creia que Ele fará com que TODAS as coisas contribuam para o nosso bem.
Que a paz do Senhor, aquela, que excede nosso conhecimento, venha sobre nós.
Daniel (que significa "Deus é meu juiz") era um nobre. Mas levado em cativeiro, viveu praticamente toda sua vida na Babilônia (605 a.C.). Justo e sábio (Ez 28.3) nos mostra que é possível adorar ao Senhor, mesmo em terra estranha, ser fiel, e esperar sempre o melhor de Deus.
Daniel também se destacou entre os príncipes e presidentes escolhidos pelo rei Dario, tanto em sabedoria quanto em eficiência e inteligência, pois interpretava sonhos, além das profecias, simplesmente porque sobre ele havia um Espírito excelente.
Assim, fica fácil entender que a inveja suscitada contra Daniel e as inúmeras oportunidades tentadas, ardilosamente, tanto contra o rei quanto contra Daniel, simplesmente, gerava e mantinha sua fé em Deus.
Tudo isso para dizer que, se você faz um bom trabalho, saiba que atrairá inveja, perseguição e inimigos, pois as pessoas enxergam em nós este Espírito excelente, o mesmo que havia sobre Daniel. Já ouviu a frase: "Hmmm, tem algo nele que eu não gosto...". É isso.
Quem não consegue ser luz (ou não quer), procurará sempre apagar essa luz, que deixa à mostra os pecados do mundo. Entre na sua cozinha, por exemplo, com a luz apagada. Não verá nenhuma sujeira ou louça para lavar. Mas basta acender a luz para vermos toda a bagunça e sujeira existente. Assim somos nós, pois o Espírito excelente, ou a luz de Deus em nós, mostrará os pecados (erros) de quem não teme a Deus.
E como lidar com quem se alegra com a nossa queda? Conduza sua vida de modo irrepreensível, para que seus inimigos não tenham do que acusá-lo.
Talvez apenas crer, não nos livre da perseguição, mas Deus, ao qual cremos e tudo vê, sempre nos dará livramento.
Assim como Daniel, ao lidarmos com os inimigos da nossa alma, lembre que Deus não impediu Daniel em entrar na cova com os leões. Mas tenha certeza que Deus o livrou de dentro da cova com os leões, assim como fez, faz e fará conosco. E assim será, em nome do Senhor Jesus!
Graça e paz da parte de nosso Senhor Jesus, o Cristo.
Ao lermos a parábola dos talentos, Jesus nos conta que uns recebem mais, outros, menos. E ainda outros, que recebem menos ainda - sempre de acordo com sua capacidade. E apenas para lembrar: Deus não erra. Nos conhece, pois nos criou, ainda quando éramos uma substância informe no ventre de nossa mãe, conhece nosso assentar e nosso levantar, quantos fios de cabelo temos na cabeça, e até a palavra, antes mesmo de dizermos. Portanto, não sei de onde tiramos que podemos ser superiores aos outros. Ou até inferiores. Somos sim, diferentes uns dos outros, e assim, temos um problema seríssimo de visão. A doença do amar-se a si mesmo, o egocentrismo, nos faz enxergarmos mal, tanto quem somos, como superiores ao outro, quanto enxergar o outro menor que nós, como inferior.
Quem disse uma besteira tão grande?
Se encontrarmos alguém superior, o veremos como igual, o rebaixando, ao compararmos a nós, afinal, 'não há ninguém igual a mim', não é mesmo? E só mostra nossa arrogância, rebeldia e egoísmo - e quem pensa assim acha que Deus está errado, a parábola está errada, mas ele está certo.
Tratar o próximo como igual não é bíblico, além de ser desrespeito. Vejo a distorção do ser criado por Deus, que não ama o próximo, desobedece o mandamento do Senhor, já que ama a si mesmo, e é egocêntrico. Amar a si mesmo deve, e tem que ser, na mesma proporção em amarmos o outro. Doentes, não assumimos nossa desconfiguração e desconstrução do ser criado originalmente por Deus. A alma então fica doente e não sabemos mais onde está nosso irmão (Gn 4.9).
Quem está saudável não tem problema em obedecer e servir. Você já foi ao oftalmologista?
Que a graça e a paz do Senhor Jesus seja com todos!
Jesus foi surpreendido. Falo isso, sem medo, pois nesta passagem bíblica do Novo Testamento, Jesus deixa claro que veio para os judeus. E como a Palavra de Deus diz "crescia em sabedoria, estatura e Graça" (Lc 2.52), Jesus também aprendeu com essa mulher cananéia. Naquele tempo era difícil as pessoas entenderem que Jesus era Deus - hoje em dia, é difícil as pessoas entenderem que Jesus foi homem. A cada impacto, a cada dor, a cada angústia, nos identificamos com Jesus, afinal, são sentimentos humanos.
Essa mãe diz que sua filha está endemoniada (e hoje as pessoas riem por não acreditarem no inimigo da nossa alma), pede ajuda, mas ouve de Jesus que Sua missão seria para com as ovelhas perdidas de Israel, e que não podia fazer nada por ela. Como a aflição de uma mãe só é menor que a aflição de Deus, essa mãe mexeu com Jesus.
Primeiro, os judeus consideravam os gentios como "cães" (Lv 11). No primeiro momento, Jesus não responde. Mas quando esta mulher se humilha ainda mais, então, Jesus vê nesta mãe um sentimento que nosso coração deveria ter: Fé. Foi grande a fé desta mãe. E finalmente vê, não como judeu, superior, mas como Filho de Deus - e se dirige à mãe, com amor e misericórdia, e admite que jamais viu tamanha fé que agora vê. Na aflição nos despimos de qualquer sentimento, e o que resta é amor, misericórdia, fé - infelizmente, só concebemos fé nestes casos de total incapacidade. Onde só o povo judeu teria Salvação, Jesus vê no coração desta mulher, em seu desespero, o sentimento que desejava encontrar nos homens, a fé suficiente para nossa Salvação.
Jesus ensina a nos converter ao outro, muito além da fronteira (ou trincheira?) da religião. Devemos permitir a ação de Deus mesmo que o outro ainda não consiga ver ou perceber. Reconhecer a fé do outro, e no outro, pois um espírita tem fé, assim como o umbandista ou católico - já experimentou dizer que não têm? Eles apenas, erraram o alvo. E aqui está a nossa função: amar o próximo. O mundo precisa disso, e quem, senão a Igreja do Senhor poderá fazê-lo?
A aflição desta mãe provoca Jesus, que volta e explica que não pode, que isso e aquilo. Para o judeu (e Cristo era judeu), os gentios eram cachorrinhos, por se acharem melhores. Mas a fé e a necessidade, em amor, desta mãe, faz com que se humilhe ainda mais se considerando mesmo um cachorrinho, mas que necessita grandemente, das migalhas do Pão da vida, mesmo que seja dos restos que caem da mesa. Tenho certeza que isto abriu os olhos de Jesus, que muda o status desta mulher, já que agora não é mais a quem os judeus entendem como inferior (distantes, abjetos), mas fala com quem Deus a reconheceu - a sua fé no Cristo, Filho do Deus vivo, que pode todas as coisas.
Jesus nos dá o exemplo de nos converter ao outro, a capacidade de admitir que "agora vi algo importante em você" - o ato de converter-se ao outro.
Precisamos nos converter ao outro. Não há família, Pai, irmãos e comunhão, se não houver conversão. Aquela mãe quis dizer: "Senhor, eu já sou convertida a Ti".
Que povo engraçado que somos, onde sabemos da conversão a Deus, mas não sabemos nada sobre converter-se ao próximo?
Que Deus nos dê mais da Sua Graça...
