Ao lermos a parábola dos talentos, Jesus nos conta que uns recebem mais, outros, menos. E ainda outros, que recebem menos ainda - sempre de acordo com sua capacidade. E apenas para lembrar: Deus não erra. Nos conhece, pois nos criou, ainda quando éramos uma substância informe no ventre de nossa mãe, conhece nosso assentar e nosso levantar, quantos fios de cabelo temos na cabeça, e até a palavra, antes mesmo de dizermos. Portanto, não sei de onde tiramos que podemos ser superiores aos outros. Ou até inferiores. Somos sim, diferentes uns dos outros, e assim, temos um problema seríssimo de visão. A doença do amar-se a si mesmo, o egocentrismo, nos faz enxergarmos mal, tanto quem somos, como superiores ao outro, quanto enxergar o outro menor que nós, como inferior.
Quem disse uma besteira tão grande?
Se encontrarmos alguém superior, o veremos como igual, o rebaixando, ao compararmos a nós, afinal, 'não há ninguém igual a mim', não é mesmo? E só mostra nossa arrogância, rebeldia e egoísmo - e quem pensa assim acha que Deus está errado, a parábola está errada, mas ele está certo.
Tratar o próximo como igual não é bíblico, além de ser desrespeito. Vejo a distorção do ser criado por Deus, que não ama o próximo, desobedece o mandamento do Senhor, já que ama a si mesmo, e é egocêntrico. Amar a si mesmo deve, e tem que ser, na mesma proporção em amarmos o outro. Doentes, não assumimos nossa desconfiguração e desconstrução do ser criado originalmente por Deus. A alma então fica doente e não sabemos mais onde está nosso irmão (Gn 4.9).
Quem está saudável não tem problema em obedecer e servir. Você já foi ao oftalmologista?
Que a graça e a paz do Senhor Jesus seja com todos!
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