domingo, 19 de abril de 2020

Páscoa, legado de Cristo (pte.1) - Mt 21, 25, 26, 27 e 28


Páscoa. Sacrifício. Obediência. Morte e vida. O que Jesus fez, o que simboliza e seu significado na semana que antecedeu sua morte e ressurreição, e o que deixou como legado - tudo para que nos aprofundássemos a partir de sua ressurreição, pela fé no Filho de Deus.

Domingo - Chamado "domingo de ramos" (Mt 21.1-11)
O povo de Jerusalém aclamou Jesus como Messias, que gritando, anunciavam: "Bendito é o que vem em nome do Senhor", balançando seus ramos, entendendo-osno chão para que o Filho de Deus, sentado em seu burrinho, adentrasse Jerusalém, e como tal, recebesse adoração. Lembremos que Jesus já havia passado por Jerusalém, porém, o propósito de Deus deveria se cumprir neste domingo, ao assumir ser o Senhor do povo de Deus e receber todo louvor e adoração (Lc 2.11). 

Qual o ensinamento? 
Adorar a Jesus, o Cristo. A um Deus, só podemos adorar ou não - nada há mais para fazer. A necessidade em recebermos a Jesus como o Filho de Deus, único e suficiente Senhor e Salvador (Rm 10.9,10) confesso por nós (Fp 2.10,11). 

Segunda-feira - Jesus expulsa os mercadores do Templo (Mt 21.12,13) 
Mesmo tendo adentrado o Templo anteriormente e já ter visto o comércio ali (Lc 2.42-52), desta vez, agiu como Senhor, pois fora recebido como Senhor, contra aqueles que estavam transformando a casa de Deus em mercado (trocando moedas e vendendo animais para o sacrifício).
Além disso, um pouco mais adiante, nos v.18,19, amaldiçoa a figueira sem frutos, demonstrando claramente que uma vida sem frutos (Jo 15.1-5) não é o que Deus quer de nós.

Qual o ensinamento? 
Romper com as coisas erradas que, sem saber, o afastava de Deus. Romper com o pecado, procurar o arrependimento. Após receber o Senhor Jesus, agora é hora de buscar a santidade, para conseguirmos conviver com um Deus santo (Lv 19.2).

(leia a continuação)

Páscoa, legado de Cristo (pte.2) - Mt 21, 25, 26, 27 e 28



Terça-feira - Aprender mais da Palavra de Deus (Mt 21.28 + Mt 25.1-44)
Jesus dedica-se a ensinar aos discípulos a Palavra de Deus, principalmente sobre o Messias prometido, a quem os religiosos (fariseus, zelotes, saduceus, essênios) questionavam sua autoridade (Mt 21.23-27). Jesus ainda falou claramente sobre sua morte, a segunda vinda e juízo final (Mt 25), sermão profético (Mt 24), e prometeu o envio do Consolador (Jo 14+Jo 16), o Espírito Santo.

Qual o ensinamento?
Aprender mais da Palavra de Deus. Após receber Jesus Cristo, e retirar tudo o  errado da nossa vida, devemos nos preocupar em aprender a Palavra de Deus - o alimento espiritual (Mt 4.4). Sem conhecer as Escrituras, nada saberemos sobre o Filho de Deus (Jo 5.39).

Quarta-feira - O pacto de traição (Mt 26.6-13)
Ensinando os discípulos, uma mulher unge os pés de Jesus - na verdade, um costume de preparar para a morte. Judas e os religiosos combinaram e Jesus foi traído, mesmo conhecendo o propósito a que veio, se entregou para a morte na Cruz. Alguém nunca foi traído? As decepções são dolorosas e constantes. Mas o propósito deste dia é confiar em Deus, pois ressuscitaremos com Ele. E sem medo do que o homem pode fazer. Se sua vida está, e é assim que deve permanecer, nas mãos de Deus, você já adorou, rompeu com as coisas erradas, lê e confia na Palavra de Deus, busca a santidade - e o mundo não se conforma com isso.

Qual o ensinamento?  
Fé no Filho de Deus, Jesus, o Cristo, acima de tudo. Irão nos trair, a Palavra de Deus deixa bem claro, a começar pelos da sua casa. A luz de Cristo, a sua verdade, incomoda, e ela está em nós agora. Se há traição, é para cooperar para que os propósitos de Deus aconteçam, e assim, haverá ressurreição. Você só se decepcionará com quem confiou - e não foi em Cristo. 


Quinta-feira - Celebrar a última ceia (Mt 26.17-29)
Jesus celebra a última ceia para comemorar a festa dos pães asmos. Reuniu os discípulos, lavou seus pés (Jo 13.1-8) e instituiu a Ceia do Senhor. Um ato de comunhão que é decretado ao compreendermos: "Fazei isso em memória de mim" (I Cor 11.24b). Tal comunhão foi instituída na Igreja para a comunhão dos santos, nos lembrando que Jesus não abriu mão em declarar seu amor.
Vivê-la, assim como com o próximo, é uma decisão a ser tomada. Ao instituir a Santa Ceia do Senhor, estava instituída também a comunhão, pois ao lembrar de Cristo, viveremos seu amor, naturalmente - assim como Ele nos amou. Em tempos difíceis, Jesus orou mais, no Getsêmani.

Qual o ensinamento? 
A vida em comunhão nos foi ensinada. Tanto com o Pai quanto com o próximo (Jo 17). Tudo o mais que permeia este assunto, está fora da Palavra de Deus, portanto, fora dos ensinamentos de Jesus.

(leia a continuação)

Páscoa, legado de Cristo (pte.3) - Mt 21, 25, 26, 27 e 28

Sexta-feira - Jesus carrega Sua Cruz (Mt 27.1-56)
Neste dia, Jesus foi julgado pelos homens (Mt 26.47 a Mt 27.26). Açoitado a noite inteira até o momento que carregou Sua Cruz até o Calvário, onde entregou-se para morrer por nós. Horas intensas de dor. Talvez seja difícil compreender, mas todos nós vamos morrer. Uns por idade cronológica, outros porque optaram por seguir a Cristo, morrer para o mundo (Gl 2.20). 

Qual o ensinamento? 
Só há pão se o trigo morrer. Carregue a sua cruz acreditando que é preciso morrer para o pecado para que tenha a vida eterna.

Sábado - Jesus espera a sua hora (Mt 27.60-66)
Dia de descanso para os judeus quando cada família se recolhia para comemorar juntos, o êxodo do povo hebreu do Egito (Ex 12.11+ Ex 12.21). Para Jesus, já morto, esperava apenas estar "pronto" para Sua ressurreição no domingo (Lc 24.5). Tudo está consumado, ainda que tivesse que esperar o 3º dia para ressuscitar. Ao ler o texto é necessário mutia fé. Existem momentos na vida em que devemos apenas esperar em Deus, com muita fé. Esperar no homem, que ele faça algo por nós, é entrar em desespero (Sl 108.12).

Qual o ensinamento?
Depois de tudo, agora sabemos que esperar somente em Deus é o caminho. Só Ele transforma morte em vida eterna.

Domingo - Ressuscitar, viver uma nova vida (Mt 28.1-20) 
Uma luz mais forte que o sol surgiu, o túmulo foi aberto, e Jesus ressuscitou, vivo e cheio de glória. Agora, Jesus estava pronto, nada mais o impedia de executar seu propósito: Salvador - pois venceu a morte! Porém, a decisão de seguir e viver para Deus tem que ser acompanhada da morte, assim como Cristo, para este mundo corrupto. Esperar em Deus é, na exata proporção contrária, não esperar nada deste mundo. Viver para Deus é o mesmo que ter tudo o que precisamos. Chegou a hora de vivermos a vida mais que abundante prometida por Jesus (Jo 10.10)

Qual o ensinamento?
Ao morrer para este mundo, perceberá que nada mais tem sentido, se não for Jesus Cristo. Compreenderemos perfeitamente Paulo quando diz: "Viver é Cristo, morrer é lucro" (Fp 1.21)
Se quiser a vida eterna, e seguir Jesus, terá que morrer e carregar a vossa Cruz. Nesta caminhada, todo dia devemos receber a Cristo como único e suficiente salvador das nossas vidas, romper com as coisas erradas, aprender cada dia mais a Palavra de Deus, confiar na providência de Deus, viver em comunhão, morrer para este mundo, esperar em Deus e viver somente para Deus.

A via crusis ensina isso. 
Jesus deixou este legado, basta a você e eu, seguirmos.


Que Deus te abençoe, abundantemente.

quarta-feira, 1 de abril de 2020

O vírus e o antivírus (pte.1) - Hb 12.15

Outro dia, postei: "O planeta está doente porque está com a humanidade baixa". É o ser humano se coisificando. Esquecemos que nosso material de trabalho (pelo menos aos chamados por Deus) é gente... a começar por nós mesmos! Temos que discernir melhor o que as pessoas "não dizem", ouvir além das palavras, porque há misérias que o ser humano não consegue nem verbalizar. Diálogos que vão além das palavras. E muitos não estão preparados para codificar tais mensagens. 

Postei também uma mensagem solicitando doação de alimentos para as famílias que sofrem neste momento devido à pandemia (COVID-19), onde nada tem. Tenho certeza que muitos estão me pichando, porque em meio à crise, "todos" (na visão deles) estão á mercê da sorte de um futuro. Eu compreendo. Principalmente, porque uma ovelha não ensinada, não sabe mesmo para onde olhar. Sim, eu mesmo estou passando por necessidades, nem sei se em Abril/20 voltarei ao trabalho, e assim, receber por isso. Tudo bem, eu entendo. Mas enquanto cristão, meus olhos não permitem que eu veja da minha janela alguém que nada tem, e continuar passivo. As minhas possibilidades, em Cristo, são infinitamente maiores que as possibilidades dessas famílias necessitadas. Se você não olhar com os olhos de Cristo, pensará "como vou doar se não sei nem meu dia de amanhã?". Olhar egoísta. As pessoas pensam fazer missão urbana quando sobra algo, para só então, dar. Mas não aprenderam a doar - que é diferente de dar - porque estão acostumadas a dar blusa velha, dar sopão no inverno, dar tênis surrado e furado, dar dinheiro (quando sobeja), e se sentem felizes em suas selfies nas redes sociais. Doar é dar de si mesmo, enquanto dar, é sempre de algo que está sobrando ou você não usa nem precisa. 

O ser humano está se coisificando, porque está bem distante do original, criado por Deus. E por quê? 
- Pecado, simples assim. 
Mas o que fazer? 
- Jesus Cristo é o único que pode nos unir ao Pai novamente. O seu sangue nos lava das impurezas, e só então, conseguiremos nos apresentar justos, puros, e santos, a Deus novamente.
(leia a continuação)

O vírus e o antivírus (pte.2) - Hb 12.15

Vou comparar o homem a um computador, onde nossa mente é um HD, processa, arquiva e guarda informações para quando quisermos usá-las. Nosso coração é o processador do computador, a vida é como um sistema operacional. Diante disso, precisamos de um antivírus que nos direcione, nos proteja, que é o Espírito Santo. A internet e o mundo que vivemos, é satanás. E o vírus? É o pecado. Esse vírus contaminou o homem criado, perfeito, para ser imperfeito e caído da presença de Deus. Nenhum está livre deste vírus, que nos desumaniza, nos bestializa, e vivemos baseados apenas nos instintos - os animais são assim. A única diferença é o raciocínio, não somos obra do acaso, fomos criados à imagem e semelhança. Este vírus chamado pecado, nos desconstrói do original. Precisamos, neste momento, de um técnico em informática, Jesus Cristo. 

O pecado, enquanto vírus dentro do homem, apaga arquivos importantes e danifica o sistema operacional. Não abre programa algum, não tem memória, e trava, sempre. Assim, não somos mais o mesmo, nem imagem nem semelhança. A função do antivírus é manter a salvo nosso corpo, nossa alma e nosso espírito (nosso computador) e não permitir dano algum.
E por fim, formatar nosso computador é permitir que Jesus limpe o HD e o nosso computador. Lembra de ter ouvido seu computador: "Suas definições de vírus foram atualizadas" - é como ouvir "Vá e não peques mais" (Jo 8.11b). Agora sim, a nossa vida não trava mais! 

O pecado, como um vírus, toma conta ao nos afastar da fé, da Palavra de Deus, da oração e jejum, das promessas que Deus já nos fez, mas principalmente, da comunhão da Igreja - sem saber que estes são os elementos para mantermos intimidade com o Pai, e estar atualizando o antivírus, pois contra o que nos destrói e nos afasta de Deus, o pecado está sempre criando novas formas de invadir nossa rotina.


Em Cristo, que nos leva à presença do Pai, novamente. 

Dias de luta - Ef 6.10-18

Os dias de luta requerem perseverança, ou ter que insistir, porque assim Deus ensinou. Os dias maus viriam, e já estamos vivendo-os. E como vc está vivendo? Com medo, escondido, temendo a morte? Penso que somos ensinados a não recuar, onde as portas do inferno jamais prevaleceram contra a Igreja do Senhor - eu e você!

Nesse texto, Deus nos ensina a sermos fortes NO Senhor. Eu não posso, mas Deus pode. Eu não consigo mas Deus consegue. Eu não sei, mas Deus sabe.
Revestir é vestir de novo, uma outra roupa, para resistirmos, porque nossa luta é espiritual.

Nestes dias de isolamento social, cito 3 partes que devemos cuidar, e outras 3 partes que devemos perseverar:
(v.16) - O escudo da fé. Escudo é para proteger sua vida contra os ataques do inimigo (enxergar e discernir insultos, contrariedades, ser impaciente, ver o invisível e se defender);
(v.17) - O capacete da Salvação. Protege sua mente, contra ruídos, vozes, idéias contrárias, de que está tudo perdido, e daqui há pouco, duvidará até da volta de Jesus. A obra que Deus realiza em nós é para a Salvação;
(v.17,18) - A espada. A única arma de ataque desta armadura espiritual. É a Palavra de Deus (leia! medite!) somada á oração e súplica, no Espírito.

E ainda, persevere na verdade (cinturão/v.14), na justiça (couraça/v.14), calçando (sapatos/v.14), em todo tempo, os pés na motivação para proclamar o Evangelho de Jesus, a verdadeira paz.
Tudo para que tenhamos esperança naquEle que se entregou por nós, na Cruz - Jesus Cristo de Nazaré.