segunda-feira, 19 de abril de 2021

Marketing divino (pte.2) - At 2.42-47

A Igreja-mercado quer acalmar as consciências quando deveriam despertá-las. Tanto fizeram que o povo não quer mais saber de Deus, quer os milagres. É uma visão infernal. Em contrapartida, quando se ministra o Evangelho, a verdade, o arrependimento, a Salvação, a Graça, pecado e santidade, há transformação e as pessoas mudam sua vida. Mas nas igrejas "modernas", ao falarmos tudo isso, o povo muda de Igreja. O que era culto agora é lugar para mídia (canal no YouTube, lives, culto online, etc), e o que é pior, líderes ministeriais estão preocupados com o esvaziamento das Igrejas, não o esvaziamento das almas, em plena pandemia da Covid-19.  O número de divórcios dentro da Igreja é o mesmo, percentualmente, aos divórcios de quem não crê.

Não há mais fé suficiente para crer em At 2.47: "E Deus acrescentava, dia a dia, aqueles que seriam salvos", pois agora, os marketeiros não esperam mais no Senhor, querem fazer a igreja crescer pelas próprias mãos. Dessa forma, At 2.42-47 é tido como antigo, uma Igreja que não é possível em pleno séc.XXI, já que não são praticados.

Aqueles que consomem a fé aguardando apenas o benefício, um produto com valores agregados, se distanciaram de Jesus, o verdadeiro motivo da nossa fé, e óbvio, influenciam o mercado chamado "gospel"(?). O turn-over frenético nas Igrejas (que na verdade são todas iguais, mesmo que haja raras exceções, graças a Deus) substitui a fé genuína em Jesus Cristo por uma fé amarrada ao templo, ao sacrifício, ao AT (pois lá estão as ações vultuosas de Deus em favor do Seu povo), ao líder espiritual, mas também amarrada à moda, à loja, ao consumo deste mercado.

A Igreja-mercado, por tudo o que já foi citado, fez surgir a concorrência, fruto do marketing impetrado, pois todos querem uma fatia do bolo. Cisões, casa divididas, roubos de fiéis (sim, eles pulam de galho em galho porque, de novo, todas estão iguais), acusações, fofoca sobre a concorrência, discurso de vingança de pastores, não abençoando se uma ovelha quer ir para outro aprisco, e claro, por interesse econômico-financeiro, vemos o Evangelho amargar tempos difíceis. Enquanto Deus amou o mundo para salvá-lo, tais Igrejas amam o mundo por ganância. Mentiras inacreditáveis, exorcismos simulados (fiéis atores já apareceram) até para desacreditar a Igreja concorrente, numa típica luta capitalista, em plena Wall Street (Mt 15.7-9).

(leia a continuação)

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