segunda-feira, 19 de abril de 2021

Marketing divino (pte.4) - At 2.42-47

O grande perigo do show-estratégico chamado "culto" é que se tornou um fim em si mesmo. Não está gerando fé, percebo que as pessoas tem dificuldade em transcender, em crer, e não se pode agradar a Deus sem fé. E quando esse show-estratégico atrai as pessoas como mercado, as pessoas reagirão como mercado, ou seja, o próximo lugar que proporcionar a melhor oferta/benção/milagres/emoção será onde elas irão - é a minha teoria sobre o elevado turn-over já citado - além dessas pessoas saírem frustradas porque as promessas feitas não se cumpriram. A igreja segue o curso do mercado.

Deixo claro outra coisa: Não sou contra uso de música incidental, teatro, dança, testemunhos de ex-alguma coisa, para anunciar o Evangelho e vontade de glorificar a Deus. Porém, minha restrição é ao alcance e durabilidade dessas coisas, uma vez que o Espírito Santo é quem nos convence do pecado, do juízo e da justiça. Lembro de assistir algumas peças e danças que me impactou naquele momento, sim. Passado algum tempo, percebi que essas coisas não tem poder de nos manter na fé, justamente porque são de alto impacto emocional. Isto não pode ser usado como marketing para alcançar pessoas "para Jesus". O grande desafio do cristão hoje em dia não é crer, mas sim, de permanecer.

Parto do princípio que, tudo o que precisa de estratégia deixa de ser verdadeiro, quando se trata de Evangelho. Depois que li o livro "Desenvolvimento Natural da Igreja" (C. Shwartz) nunca mais fui o mesmo em relação ao crescimento da Igreja do Senhor. O Evangelho nasce dentro e sai para fora, produzido pela verdade, tem o efeito da espada de 2 (dois) gumes, atinge a divisão exata entre a alma e o espírito, e alcança os corações, porque testifica a eternidade colocada no coração do homem (Ec 3.11). Nunca será apenas emocional, arrepio, sapateado, fumaça e luzes, mas produz vida e em abundância.

Não consigo ver Jesus dizendo, como estas igrejas-mercado mostram: "Vejam, vocês ficarão admirados com as coisas que sei fazer!", mas ao contrário, o ministério de Jesus foi do arrependimento e da fé: "Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua Cruz e me sigam, pois farão as mesmas coisas, primeiro imitando, e depois, ensinando como fiz quando estive com vocês". Deus não faz marketing de si mesmo.


Graça e paz! Que nos encontremos de novo com a vida, que vale muito no reino de Deus.

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