segunda-feira, 19 de abril de 2021

Marketing divino (pte.3) - At 2.42-47

Você não precisa aceitar, mas esta é a realidade do mundo evangélico hoje no Brasil. Há 3 ou 4 Igrejas em cada quarteirão, o que prova que o povo não precisa de mais igrejas, precisa sim, é se converter dos maus caminhos, pois falta conhecimento. Há Igrejas que não tem Estudo Bíblico Dominical. O povo ficou cego, e não por Deus, mas pelos líderes. Administrativamente, uma empresa só existe se der lucro.

Graças a Deus, ainda existem pessoas sérias, verdadeiros discípulos de Cristo. Existe um cabeça na Igreja e este lugar não está vago, não pode ser negociado. O reino de Deus não pode ser escondido atrás da placa da denominação, muito menos dentro das 4 paredes de um templo (https://marcioneves67.blogspot.com/2017/04/), mas está presente nos corações sinceros e humildes que ainda buscam o Senhor, mesmo que dentro destas igrejas que pregam prosperidade, e não o reino de Deus.

Quero deixar claro que nada tenho contra a forma, a linguagem ou a comunicação do Evangelho para atingir e transformar mais pessoas e suas vidas, uma vez que pessoas diferentes exigem abordagens diferentes pois têm distintas compreensões, mas é aqui que está meu temor: O Evangelho não deve ser adaptado para que alguém se converta, e sim, a pessoa deve mudar, ser transformada para que aceite o amor de Deus. É a ação do Espírito Santo, assim, a Igreja foi chamada a ir, levar o Evangelho, mas jamais tentar convencer alguém de nada. O problema está quando a estratégia é mais importante que as pessoas, que não interessa os meios para se atingir os fins desejados. O que se pensa ser o caminho em direção ao Evangelho de Jesus acaba sendo transformado em armadilha, pois as pessoas alcançadas se prendem à forma, à linguagem, à oração e cobertura espiritual do pastor, endeusando templos, locais, pessoas, denominações e placas.

A busca por mais adeptos, por mais gente na Igreja, é exatamente como fidelizar clientes de uma empresa, estão no mesmo caminho, já que alguns líderes religiosos vendem a imagem de que a fé, o milagre, a presença de Jesus e do Espírito Santo, estão naquele lugar e não em outras Igrejas, pois desmerecem as igrejas concorrentes, e o que é pior, o Deus que deveria ser cultuado nestas Igrejas. O culto se transformou num produto vendável. Aliás, só o fato das igrejas fatiarem seus cultos à Deus, culto das mulheres, culto dos jovens, culto para as crianças, culto para idosos, culto-culto, etc., assim como fazem com as Bíblias hoje (Bíblia do homem, Bíblia da mulher, Bíblia infantil, Bíblia para área de finanças, para a área administrativa, do marido, da esposa, etc), poderiam ter os nomes de "produtos" para jovens, para idosos, para crianças. Culto é só para Deus, não é para o homem, não existe culto para atrair pessoas, logo, não é para que o homem aceite e compreenda (já existe a EBD), não importa se a pessoa achou o louvor ruim, desafinado, se não gostou da Palavra, porque o culto é para Deus, não para o homem. Há que compreender o perdão que recebemos, a Graça (Jesus Cristo) sobre nós sem merecimento algum. Se isso foi compreendido, é o que deve nos motivar a louvá-lo, permanentemente.

(leia a continuação)

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