domingo, 3 de março de 2013

João 15:15 - "Mas tenho vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer"
Algum dia já se sentiu sozinho? Na solidão, mesmo cercados de pessoas, podemos nos sentir sozinhos. Muitas vezes não temos apoio de ninguém.
Essa é, para mim, a maior solidão.
Pior, podemos entrar em crise porque nos esquecemos de Cristo. Ele é, de novo, nosso maior exemplo, pois seus amigos eram o que havia de pior, pessoas difíceis.

Ter amizade é procurar aceitação. Está relacionado, queira ou não. Queremos ser aceitos do jeito que somos. Se não encontramos "aceitação", desanimamos. Lamentamos.

Olhe para os "amigos" que Jesus tinha.
Ele era cercado pelos homens mais incompetentes, inseguros e interesseiros que se pode ter. Tanto, que havia um traidor. Não há nada mais desagradável, socialmente falando, que conviver com quem tem potencial em apunhalar você pelas costas.
"Há essa possibilidade? Vamos nos afastar dele!" - é isso que fazemos.

Jesus sabia quem era quem. Não viveu a crise de medo em ser traído. E tomou a única decisão para quem vive verdadeiramente o Evangelho:
- Deu tudo de si, em tudo, sem reservas.

Digo porque isso é muito difícil. E não escrevo para que façamos igual. Digo isso para prosseguirmos, como se fosse um alvo a ser acertado. 
Eu não posso, mas Deus pode.
Eu não consigo, mas Deus consegue.

Ser cristão não é fácil.
As pessoas acham que, por Jesus ter morrido por mim na cruz, e eu, ter aceitado a Cristo como Senhor e único Salvador, estou salvo. Sim, essa é a premissa: a morte de Cristo.
Mas e a vida de Cristo?
Viver como Jesus viveu é a segunda parte dessa Salvação, que muitos esquecem. Que fique claro: NÃO existem 2 salvações, ok?

Não há mais cumplicidade nos relacionamentos. Por isso o convívio, no ajuntamento de pessoas, é difícil. Temos sim, que dar bom exemplo, precisamos sim, prestar contas de nossa vida. Acabamos por não ter "amigos", mas sim "conhecidos". Sem profundidade. É como se as pessoas não fossem "boas" o suficiente para nos expormos.
Na verdade, elas não são.
Nem elas, nem nós.

Quem quer fazer parte da igreja de Cristo é indispensável a vida em comunidade. Com compromisso.

Somos igreja quando nos submetemos, voluntariamente, uns aos outros. Aceitamos a repreensão do outro.
Somos igreja quando caminhamos mais devagar para que o outro ande junto conosco, porque o propósito do Reino é que o indivíduo renuncie a seus direitos em favor dos outros.
Morremos enquanto indivíduos para ressuscitarmos coletivamente.

A solidão está relacionada com a incapacidade de uma pessoa se relacionar com outros.
Tudo mais, sobre esse assunto, são "desculpas".
E "desculpas" não serão aceitas no dia do juízo.



NaquEle, que como nosso amigo, até hoje, anda conosco.

Graça e Paz!

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