sábado, 28 de julho de 2012

Perdão  –  "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas
" (Mateus 6:14-15)
Perdão é uma decisão. Não é sentimento. Ouço muito: “Ah, eu não sinto que tenho que perdoar”. Não vai sentir mesmo. Tive as minhas experiências e sei do que falo.
Quando percebemos que não se trata do outro, mas de nós mesmos, você começa a entender o que é “perdão”. A oração quer dizer: “Senhor, não me dê perdão enquanto eu não perdoar o outro”. É isso.
Portanto, não se trata de opção. É mandamento.
Não carregue morto. Se perceber, verá que na maioria das vezes, quem o ofendeu, nem lembra o que disse. Você, ao contrário, não esquece.

Se você diz que perdoou mas lembra o “culpado” do seu erro sempre que surge oportunidade (afinal, ele tem que saber que te fez sofrer, não é?), então você não perdoou, verdadeiramente.
Não é necessário apagar sua memória, e sim, não viver sua emoção. Toda vez que lembra do fato que o magoou, dói o estômago, tem um mal estar, fecha-se a cara, arrepia a espinha, dói, a dor continua. É como se o fato, que aconteceu há anos, acontecesse novamente, naquele instante.

Que a ofensa não volte mais a ser discutida. Não aprendemos a jogar no mar do esquecimento. Mas não podemos deixar de tentar. Se conseguirmos separar a ofensa de hoje e a ofensa de 6 meses atrás, será melhor.
Resolveu uma? Ótimo, siga em frente. Veio a próxima? Ótimo, resolva ela. Mas não lembre da anterior. Independente da ofensa (mágoa?) que aconteceu há 6 meses, não misture as estações.
Quem perdoa tem que trabalhar com a ofensa, individualmente. Fica mais fácil. Se a cada ofensa, tudo voltar, é porque você não perdoou verdadeiramente.

Jesus mandou perdoar 70 x 7, num só dia. Como posso perdoar a 2ªvez, se não perdoei a 1ª? Seria melhor assumir que não perdoou.

Quando não liberamos perdão, achamos que temos nas mãos algo contra o outro. Como se fosse uma prova contra o outro. O direito de liberar ou não, está nas suas mãos. Não deixa de ser verdade, mas se você não liberar (deixando o direito de jogar na cara do outro a qualquer momento para ter razão!), você está carregando um fardo pesado demais. Não vai aguentar.
Por isso, perdão é . Não é um ato emocional, e sim, razão.
A emoção te leva a outros lugares, jamais ao perdão.

Pela fé, conseguimos olhar para o próprio perdão que recebemos de Deus todo dia. Pela Graça.
E se conseguirmos ver desse modo, ficará mais fácil.
Enquanto “perdoar” for uma obrigação, o perdão será um sacrifício.
Por isso é tão difícil as pessoas se perdoarem.



NaquEle q nos perdoou.
Graça e Paz!

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