A surpresa de Jesus, muitas vezes, também é a nossa. Uma mãe, cuja aflição só é menor que a aflição de Deus por nós, seus filhos - diz a Jesus que sua filha está endemoniada e pede ajuda.
A alegação de Jesus é que a sua missão é para com as ovelhas perdidas de Israel, não podendo fazer nada por esta mãe.
Mas esta mãe mexeu com Jesus, algo o transtornou, como se esta mãe pegasse o Mestre de surpresa.
O detalhe é que, para os judeus, gentios eram cães (Lv 11).
Ao se humilhar ainda mais, dizendo não se incomodar em aguardar as migalhas dos judeus, esta mãe demonstra um sentimento que muitos buscam: uma grande fé.
Como Filho de Deus, não como judeu, com as superior, Jesus se dirige à esta mãe com amor.
Não há fé maior que uma mãe desesperada, e Jesus admite não ter visto a fé que agora vê.
Jesus ensina a nos converter ao nosso próximo, ao outro, muito além da fronteira, para que vejamos o agir de Deus - mesmo que ainda não consigamos ver e reconhecer fé no outro. O mundo está precisando disso.
Precisamos nos converter ao outro: não haverá comunhão se não houver conversão.
Esta mãe queria dizer a Jesus o seguinte: "Senhor, eu já sou convertida a Ti".
Sabemos nos converter a Deus - mas o quanto sabemos sobre converter-nos ao próximo?
Que a Graça do Senhor Jesus seja todos nós!