terça-feira, 24 de abril de 2012

Família (pte.2)
Malaquias 4:6 - "e ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos pais; para que EU não venha e fira a terra com maldição".

Não é fácil viver em família. As famílias acabam não porque passam por um grande problema, um problema grave.
Aliás, um grande problema não acaba com a família. Ao contrário, as une. As famílias acabam porque lhes falta a prática do óbvio, do dia-a-dia, dos atos mais simples.
Ouvi: "minha família acabou porque meu filho morreu!". Realmente é um problema grave. Mas, na verdade, essa família acabou porque vocês, marido e esposa, não souberam se perdoar. Talvez passaram a culpar um ao outro, achando que o outro deveria ou poderia fazer isso ou aquilo. O problema grave foi a incapacidade de lidar com ele. De liberar perdão. De transcender a amargura que ficou no coração. Portanto, para enfrentar grandes problemas, é preciso união, não separação.

Quando um casal descobre, que o outro tem um grave problema, eles se unem ainda mais, para combate-lo. Mas quando esses problemas são "pequenos", deixamos de lado. Não tropeçamos numa pedra grande. Dela, desviamos. Mas aquela pedra pequena no caminho, sim, nos fará tropeçar.
Se o problema é pequeno "vai passar", dizem. Afinal, talvez "nem seja um problema meu!". E assim, jogamos dardos no outro. Alguns acertam.

Um casal adolescente. Luta contra tudo e todos, até contra os pais para ficarem juntos. porque se amavam, faziam loucuras (quem nunca fez uma loucura por amor?).
Lembre de alguma loucura que fez pelo seu conjuge?
Hoje, anos depois, estão casados, e são os maiores inimigos. Agora, enlouquecem: "Eu vou matar essa mulher!" ou "Ele é um cavalo!".
Aliás, conforme a relação do casal vai deteriorando, o animal vai aumentando. No começo é só "meu gatinho" e "minha gatinha". Depois, se transforma: "seu cavalo!", e ele: "sua anta!". Depois ganha uma promoção: "seu monstro!", e ele: "sua baleia!". Quanto pior a relação, mais feio e perigoso fica o animal.
Seria cômico se não fosse trágico. Quando chega nessa fase, já perderam o respeito.

O que aconteceu com aquele casal que se apaixonou, que não vivia um dia sem se ver ou se falar, que enfrentava desafios, a família, o mundo, e diziam: "eu não consigo viver sem você!".
Onde está?
Seus filhos devem se perguntar: "Meu Deus, será que um dia eles se amaram?" Sentiram carinho um pelo outro?" ou "Eu não sei como eles se casaram...porque a nossa casa é um inferno!".
Que sentimento é esse que faz com que a relação vá se deteriorando?
A célula matriz, a família, hoje, é a matriz de toda dor.

(haverá continuação)

Orem e meditem.

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