Deus me mostrou essa Palavra, pois meu pai amputou a perna essa semana, que antecede o Natal. Triste, não sabia como animá-lo. E Deus falou comigo: "Ei, acabou o seu Natal?".
Se está lendo, pode servir pra você também.
Maria grávida, quase estourando a bolsa. Não podia mais esperar. Logo, logo daria à luz. Ansiedade, tudo estranho, recomeço, mudanças, mal-estar.
Só tinha um problema maior: a cidade estava cheia, gente de todos os lugares, não havia nenhuma hospedaria.
"E Deus? Não abrirá uma porta onde não tem?" - pergunta de quem "féde mais" (não é trocadilho).
Nada. Nenhuma porta aberta.
Um casal pode aguentar desconforto, sereno, frio, vento, chuva...mas um recém-nascido? Merece um quarto, quentinho, limpo.
Não havia um quarto. Havia uma estrebaria, uma manjedoura (onde os animais comem...). Imagina o cheiro?
Que Natal maravilhoso...cheio de luz, não é? É o natal dos nossos sonhos... É essa cena horrível que é reproduzida nos presépios.
Acabou o Natal deles? Não.
De repente, amigos pastores, desconhecidos, vão chegando.
A Graça de Deus é sempre o inesperado.
E mais surpresa: aparecem uns "magos", trazendo presentes, diziam que seguiam uma estrela no céu, que os guiou até ali. Mais gente, mais companhias, felicitações, presentes, louvor, amizade...perfeição.
O pós-parto se ilumina de gente enviada por Deus, gente simples, solidárias, verdadeiras, amadas.
O Natal de Deus tinha essa distância de casa e da família. incluía humilhação, submissão, pouca luz, pouca comida, nenhum conforto, nem privilégio.
O Natal de Deus falta piedade de quem hospeda, mas muitos amigos.
Para Maria e José, o Natal foi com portas fechadas. Muitas pessoas, hoje, se passassem por tudo isso, diriam: "Esse ano, para mim, acabou o Natal!". Foi o que pensei quando meu pai amputou a perna.
Mas há Jesus, Emanuel, o Deus conosco, presente.
Estrela da manhã no céu, coral de anjos, antecipando a herança e felicidade dos homens. A boa vontade aqui, não vem dos homens (como muitos pensam!), mas sim, de Deus e seu amor infinito. Capaz de jogar no mar do esquecimento os nossos erros.
No Natal de Deus não havia presépio ou presepada. Havia realidade. Nós é que idealizamos quem é Deus, e o que Ele deve fazer, e duvidamos até que Ele seja real.
Permita-se ouvir de Deus-Pai: "Eu estou com você. Não temas porque Eu sou contigo. Eu te amo. O Senhor proverá. Confie! A gente está junto! Haverá um futuro e não será frustrada a sua esperança!".
Esteja você no lugar de qualquer personagem, viva o Natal! Seja você Maria ou José...
Feliz Natal!!!!
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