segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Atos 5: 1-11
Quando li esse texto, algo me chamou a atenção no vers.4: "Guardando-o não ficaria para ti?"

Ananias não precisaria ter doado. Se não tivesse feito, não teria morrido. Mas ele mentiu.

Ananias, assim como muitos, quis a glória dos homens.
Assim como muitos, quiseram "aparecer", posar de bom moço. Estes, esquecem que Deus olha o coração, e não o que se vê por fora, a embalagem, a bela viola.

Mas essa Palavra não é para os que estão na igreja? Sim. E esse e o problema. Porque cobrar conhecimento de quem não tem, é impossível.

Ananias, andava com os discípulos. Estava nos cultos, na ceia, na divisão dos alimentos e na integração das pessoas, na partilha dos bens.

O que fica claro aqui, é que a oferta (dá quem quiser, quem desejar), não é obrigação.

A Lei está em Malaquias 3:10. E gera medo.
A Graça, em II Coríntios 8,9. E gera verdade.
Segundo Paulo: "Separados estais de Cristo, vós os que justificais pela Lei; da Graça tendes caído" (Gálatas 5:4)

Em Atos 5:4, Pedro deixa claro que Ananias e sua esposa não precisavam mentir. Tanto que em seguida diz que, se eles vendessem, já era deles. Se era para mentir, nem dessem.


Fico muito triste quando as igrejas se valem dos dízimos no seu texto preferido (Malaquias 3:10), mas se esquecem do contexto da época, que o profeta dizia com relação ao Templo-Estado, seu sustento, literal, pelo povo de Israel, após a o cativeiro.

Além disso, é arbitrário selecionar o que na Lei, nos é conveniente, ou os textos que interessam. Porque não queimar incensos? Ou não oferecer holocaustos? Se o texto citado alerta para Israel fazer tudo isso?
Se, aqueles que leem esse texto, nos coloca como ladrões, também coloca, na mesma medida, os que cobram como fiscais dos negócios de Deus na terra. E não mais como quem tem a obrigação de alimentar, proteger e cuidar do rebanho de Deus.

Dar, sem desejar ou mentindo, gera morte. Jamais vida.


Pessoas de muito dinheiro e posses, geralmente, mantém alguma entidade filantrópica, para crianças ou idosos. Percebam que não é, necessariamente para ajudar, mas para "desencargo de consciência". Excesso de dinheiro constrange tais pessoas, e elas tem que ajudar para se sentirem "mais leves".

E se esquecem, novamente, que Deus olha o coração.

Ananias e Safira eram livres para não dar. Assim nas igrejas hoje, comigo e com você. Dar não nos torna maiores. Não dar, não nos torna menores. Mesmo que haja pastores que constranjam quem não dê dinheiro algum: "Você, por favor, que trouxe o envelope com seu dízimo...fique de pé...Vamos orar por você!"

Quer dizer que o outro que não trouxe, não tem oração?
Quer dizer que, quem trouxe, fica de pé, assim identifica-se logo quem trouxe e quem não trouxe?

Deus ama quem dá com alegria.


10% é uma boa medida, principalmente, se for para ajudar a outros a encontrar o caminho, a verdade e a vida. Mas tem que ser de coração (leia, por favor, II Cor 8:3,12-15 e II Cor 9:7,8).


A intenção de muitos é ver a igreja cheia. Mas apenas os que exortam acerca do dízimo. 

Um pastor amigo disse: "Lata vazia também faz barulho".

Espero nunca mais ouvir alguém dizer para os "crentes" não esquecerem de dar o dízimo do 13º salário no final do ano.

Doeu meu coração.

Por isso, Jesus se referindo à riquezas, disse que é impossível servir a 2 deuses. Quando alguém dá 10% do que ganha, confessa sua gratidão, a confiança na Provisão e, principalmente, sua libertação em relação aos bens, ao dinheiro, que exerce poder sobre a alma. Interessante é que Jesus não atribui esse poder ao diabo, mas sim ao dinheiro.

O "dízimo" é fruto de gratidão. Alegre. Feliz.

NaquEle, cuja riquezas não são consumidas pela traça, mas se acumulam no céu.



Graça e Paz!

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