quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sofrimento, sem sofrer - (Gênesis 3:17)

O sofrimento começa aqui. Desobediência: "em fadigas obterás da terra o sustento durante os dias da tua vida" 
Ao comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, a raça humana definiu-se como sendo a sua natureza, a maldade (político-social, cultural ou econômico).
Diga á criança, de 2 ou 3 anos, para ela não pegar aquele objeto. Ela concorda. Mas basta você se virar, para ela buscar tal objeto, mesmo sendo avisada. Esse é o principio, intrínseco.
Só não está pior porque há uma ação da Graça e torna nossa vida possível.

Perdi meu pai no dia 28/12.

Por incrível que pareça, estou bem. Choro de vez em quando, de saudade. Não de tristeza.
"E Deus enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas" (Apocalipse 21:4)
Agora é o tempo da colheita, onde, em meio ao sofrimento, saímos chorando enquanto semeamos (Salmos 126:6).
E eu sou desses que crê que, segundo o propósito de Deus, todas as coisas cooperam para o seu bem. E Deus administra o que nos acontece para que o final seja o nosso bem, para que tudo o que passamos, nos abençoe, de alguma maneira.
O sofrimento é necessário. A prioridade de Deus é nos aperfeiçoar.
Meu exemplo é Jesus, o Cristo.
Passou pelo sofrimento, sem sofrer.
A dor e a tristeza, inerentes ao sofrimento, não devem tomar nosso espírito, e "redefinir" a identidade de quem passa pelo sofrimento. Sofrer, não pode fazer com que esqueça minha identidade: Eu sou o filho, co-herdeiro com Cristo, de quem o Pai tem muito prazer.
Na adversidade, trazemos o sofrimento para o espírito, a gente se abate, então, a gente passa a se definir pelo sofrimento. Nossa identificação passa a ser a dor e a tristeza, a vida passa a ser lamentação e nós mesmos, carregamos esse sofrimento para sempre, como um RG, quando se quer falar de si mesmo.

Jesus, não sofria. Partia e distribuía o pão. Dava esperança.

Num momento de dor e abandono intensos, disse: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34). Qualquer um de nós, ao sofrer, amaldiçoaria seus algozes e toda a raça humana. Jesus, não tornou o sofrimento, a sua identidade.

Tento passar pelo sofrimento sem sofrer, com a morte do meu pai. Comecei a entender que, através de sua morte, muitas coisas se encaixam, e produz o que Deus quer para nós: vida, amor ao próximo, perdão, aproximação, transformação.

Quando o sofrimento se torna nosso RG, tudo e todos, são julgados culpados por nós. Porque entendemos que temos sofrido.

Deus, nos ajude a entender que sofrimento algum, pode roubar nossa identidade, nem nos tirar o privilégio (e responsabilidade), de sermos o personagem principal da nossa história.



NaquEle que nos amou a ponto de se entregar e cumprir a Palavra, morrendo por nós!



Que saudade, meu pai...

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