segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Família (pte.4) - II Timóteo 3:1-7
Pais ocupados demais com o lado de fora, geram filhos amargurados do lado de dentro. E, por incrível que pareça, a maior vítima de filhos amargurados, são os próprios pais.
Quando foi a última vez que trocou uma ideia com seu filho que você ama?
Conhece aquela história que toda vez o filho procurava o pai para brincar, e o pai estava ocupado? Pois é, no final, o filho pega sua mesada e dá ao pai, para ver se ele "vende" alguns minutos de atenção...lembra?

Pois é, nós, os pais, talvez tenhamos coragem de morrer pelos nossos filhos. Mas não temos coragem de viver por eles.
Quando mexem com a nossa mulher, viramos "macho", arrumamos briga com qualquer um. Mas não temos coragem de conviver com ela. Não temos tempo para nossa família.
Nossos filhos são orfãos de pais vivos.
Nossas esposas são viúvas de maridos vivos.
Quem morreu, não está por aqui. Mas o pior, é a ausência de quem está vivo. Parece não querer mais conviver conosco.

Queremos mostrar á sociedade o quão bem sucedidos nós somos (veja o facebook). Trocar de carro para que o vizinho morra de inveja. Comprar roupa e jóias para estarmos "na moda" e sermos aceitos pela sociedade. Enquanto isso, os filhos se "coisificam". A família implode.
Estou falando alguma mentira?
Um adolescente tentou suicídio. O menino sentia falta de ter o pai e a mãe, presentes...Não é ficção, é um caso real.

Uma diretora de escola dizia sobre sua decepção. As crianças chegam à escola e não respeitam ninguém. Batem na professora, se ela discordar deles. Xingam. E os pais, quando chamados, dão razão aos filhos.
Professor, na minha opinião, deveria ser a profissão mais bem paga do Brasil. Assim como o policial. Treinamento, estudo, qualificação.
Lembro quando a diretora entrava na sala, todos levantavam e diziam, uníssono: "Bom dia, diretora!". Hoje você é um babaca dizendo isso. Atrás dos livros tinha o hino e cantávamos. Hasteávamos a bandeira em todas datas cívicas. Tínhamos OSPB (organização social e política do Brasil). Unhas e cabelos limpos davam conceito na nota bimestral. E os melhores e mais limpos, acreditem, eram os mais pobres. Eu lembro. Ser chamada nossa atenção, ir para a diretoria, era vergonhoso. Ceder lugar de assento para meninas, mulheres, idosos e gestantes, era honra. Tínhamos respeito. A escola era nossa 2ª casa.

O menino que bate na professora, conseguiu essa capacidade onde? Na família, na sua casa.
Porque não respeitamos mais ninguém? Não aprendemos sobre limite e disciplina em casa, vamos respeitar na escola ou na rua? Não. Se não respeita-se a autoridade dentro de casa, vai respeitar a autoridade em outro lugar? Não.
Onde esse menino aprendeu isso?
Na família.

Porque os filhos de hoje não sabem lidar com os "não" que a vida lhes dá? Porque preparamos nossos filhos para "vencer", jamais para "perder".
Só que não ganhamos da vida sempre. Aliás, Deus sempre irá nos educar na adversidade, no deserto.
Se não aprendem a ser "humanos" na família, jamais o serão, em lugar algum.

"...sem afeição natural..." (v.3) - Não há mais afeto. Cordialidade. Amor mútuo, sem nada em troca. A molecada já cresce perverso. Atitudes de adulto, com ódio. Sexualidade aflorada. Garotos de 11 anos estão sendo espancados por outros da mesma idade. 
Porque?
Porque em casa não foi ensinado a amar ou perdoar. eles também não tem exemplo. Amor se aprende vendo pessoas se amando. Não é sexo, é afeto. O filho vê os pais brigando e discutindo a vida inteira. Seremos suas vítimas. Ele acha que "a vida é assim mesmo".
É o que temos para hoje...


(leia a continuação)

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