segunda-feira, 15 de abril de 2013

Somos luz - Mateus 5:16 - "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao Pai, que está nos céus"
Como conhecemos, a grande comissão - "Pregai o Evangelho a toda criatura", tem 3 lados (3D):
- Anúncio da pessoa de Jesus;
- As boas obras;
- Discipulado das nações.
Nem sempre sabemos ou nos importamos com os 2 (dois) últimos. Vamos falar aqui das "boas obras".
O cristão não entende que deva fazer "boas obras". Ele entende que somos salvos pela Graça: "Porque pela Graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas" (Efésios 2:8-10).
O cristão entende "boas obras" como o fruto (da árvore Jesuzeiro), resultado da Salvação, pois ele, o cristão, é como se mudasse de ambiente, o modo de viver. Não é mais o velho homem que o impede de fazer as boas obras. É a Graça, o Espírito Santo que o move a fazer. É diferente.

O versículo 10 fecha essa questão: somos feitos por Deus, criados em Cristo para as "boas obras", pois é para isso que fomos criados. O que move outras pessoas, de outros segmentos de religião a fazer as "boas obras" é querer ser "bom". Se for para si mesmo, esquece. Se for para Deus, ainda que louvável fazer pelo criador, só o será se movido pelo Espírito. Isso é difícil de aceitar.

O texto diz que a Salvação nos muda, nos transfere de ambiente. Antes, o ambiente é comum a toda a humanidade¹ (o mundo): progresso próprio, auto-sustentação, viver para si e em função de si mesmo, seu próprio prazer, sua vida, conforto, sucesso, direção.
Quando alguém se encontra com Cristo², muda-se de ambiente: deixa o "eu" e passa a pensar "nós", boas obras nas quais, Deus preparou para que vivêssemos. Vivemos agora, num ambiente de boas obras.
Viver as "boias obras" é viver em função do próximo.
É ser um presente que serve (presença, presente e útil). Essa é a igreja nas "boas obras".

Interessante é que Deus não pede relatório: "Ide por todo mundo e pregai o Evangelho". Ele não espera que as pessoas sejam convertidas pela nossa ação em levar o Evangelho. Temos que levar o Evangelho, mas não nos pede "quantos" ou "quais" se converteram. Nos cobra a ação: "Ide". Levar o Evangelho é função nossa. Converter as pessoas, só o Espírito Santo. É o Espírito de Deus que as convence, não eu e você.
Porém, neste texto, Jesus quer relatório: "...e glorifiquem a vosso Pai..." - Ou seja: "Vai lá, mostre-se luz para os homens para que eles vejam a sua boa obra, assim verão o Pai", é o que Jesus pede.
Temos que fazer as "boas obras" para que as pessoas vejam, sejam alcançadas pelas nossas "boas obras", e saibam que foi por Deus. Assim, voltarão a Deus, glorificando-o.

A "boa obra" não pode ser de qualquer maneira. Ser bom não é mérito, é obrigação. Agora, a ação do bem, o desejo de ajudar, a "boa obra" tem que impactar e alcançar a vida de outra pessoa, a tal ponto que ela não tenha outra reação,  senão constranger-se a glorificar ao Pai, porque saberá que não poderia ser uma outra pessoa, só Deus.
A obra, por si, não tem valor. A fé gera obras, mas não são as obras que nos trazem a Salvação, e sim, a fé.
Uma "boa obra" deve fazer com que a pessoa sinta-se grata a Deus, não a mim. Que remeta á pessoa do Pai, não eu. Que se sinta constrangida por estar sendo alcançada, alvo do Pai, mesmo sem merecer. Isso é extraordinário.
Conheço pastores que fazem questão de dizer que Deus precisa dele. Deixa claro para a pessoa alcançada que foi ele, o pastor, que fez a obra. Ao receber os agradecimentos, por favor, apontem para Jesus...Por favor.

Uma pessoa pobre, que não tem acesso a água, luz, comida, percebe que, apesar de haver amor, ela não tem direito ao acesso a essas coisas, que são básicas. Ela tem dificuldade de entender o amor.
Uma pessoa que não falta comida, água, luz, o básico, percebe que há amor no universo, e ele será abastecido.
Entende?

O mais difícil é perceber onde está esse amor que você fala. Quantas vezes ouvi: "Poxa, ela nem agradeceu...". A "boa obra" não é um censo de gratidão em que a pessoa alcançada, tenha que ter gratidão por mim. 
Primeiro, não sou eu. Segundo, é para Deus - o Pai dela.
A "boa obra" tem que ser feita em nome de Jesus.
Essa "boa obra"" não pode deixar essa pessoa alcançada, depedente de mim. E sim, dependente do Senhor! Igual aos outros filhos de Deus.

A igreja cristã tem Jesus Cristo como Senhor, não como inspirador. O que Ele disse, não é para discutir, é para fazer. A "boa obra" não é para sermos mais amados por Deus. Ela tem que levar o beneficiário a ser o protagonista da sua história. Não pode ser muleta.
Tem sim, é que perceber que, através da sua oração, ele entra na presença de Deus, sem conchavo, arranjo, política.

Enquanto os romanos estavam ensinando o senado num arremedo, os cristãos ensinavam a verdadeira democracia.
Fé cristã: todos os homens livres.




Graça e Paz!

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