quarta-feira, 17 de abril de 2013

Usando a Graça de Deus contra o Deus da Graça
Tiago 1:27
Se perguntar a qualquer cristão "o que é Graça?", a resposta será, invariavelmente: "Graça é o favor imerecido".
Está correto, mas a Graça em Jesus é muito mais.
Só o fato de abrirmos os olhos pela manhã (e respirar) é uma demonstração de sua infinita Graça.
Favor imerecido é simples demais para algo infinitamente superior. Não conheço palavras para descrever a Graça de Cristo. 
Nascer é um milagre da Graça. A cada criança que nasce Deus nos faz lembrar que a Salvação nos veio através do ventre de uma mulher. Da semente da mulher viria aquEle que viria esmagar a cabeça da serpente.
O choro de um bebê é a voz de Deus dizendo: "Vocês valem a pena. Eu continuo amando vocês!"
Se o nascimento de um bebê é a extensão da Graça, a morte seria uma tentativa de frustrar os planos de Deus. Mas até mesmo a morte é transformada em Graça do Senhor para com a humanidade. Se após o pecado não houvesse morte, também não haveria Salvação e remissão dos pecados pois "sem derramamento de sangue não há remissão de pecados" (Hebreus 10:18)
Jesus precisou morrer para nos salvar. E se a Salvação vem pela fé é a fé em Jesus.
Então, cada vez que um adolescente, que não recebeu a Jesus como seu Salvador, morre por overdose, sem ter recebido a Graça de Jesus, a Graça não se tornou para ele uma realidade salvadora.
A morte de um adolescente que baleado no tráfico, ou uma mulher que morre nas mãos de um marido violento e embriagado, é a maré contrária à Graça salvadora.

Muitas vezes nos perguntam "porque" Deus permite isso. Não tem nada a ver com Deus, tem a ver conosco, pois Deus já doou tudo de si. Enviou o seu Espírito. Já derramou sua Graça. Já nos amou "de tal maneira", que fez tudo o que podia por nós.

O mínimo que devemos fazer é usar essa Graça que nos alcançou para alcançar outros, antes que a possibilidade de vermos a Graça se tornar Salvação, se encerre pelo trágico fim de uma bala perdida, uma facada de ódio, morte encomendada por traficantes, pelo policial corrupto ou pelo preço que a droga cobra.
Você pode até dizer que a culpa não é sua. Porque nós não matamos, mas nós deixamos morrer. Não puxa o gatilho, mas aceita a miséria, passivo. Não enfia a faca, mas não ensina que ninguém precisa viver assim. Não amarramos bomba na cintura para matar inocentes, mas não vamos ensinar aos terroristas sobre o amor e que eles podem servir a Deus sem matar.

A voz que deveria erguer profetas contra o pecado, contra tudo o que tenta sabotar a Graça de Deus, fica calada. 

Matar não é menos que deixar morrer.
Muitas mãos que deveriam e poderiam ser a prova de que a Graça existe, funciona e salva, permanecem fechadas, para o órfão e viúvas, brigam entre si por suas denominações, querem aparecer mais pelo ego do que pelos atos.
A religião que Deus aceita é justamente quando lembram do órfão e da viúva, não se corrompendo pelo mundo (Tiago 1:27).

E nós, cristãos, que recebemos a Graça, mais que não distribuir, usamos a Graça de Deus contra o Deus da Graça.

Ele nos deu a Graça para dividir, compartilhar e nos calamos. A religiosidade é tamanha que esquecemos que, graça que não funciona, não é Graça.
Vale para todos que morrem sem Jesus.
O desejo do Pai, de que todos sejam salvos, está sendo enterrado pelo nosso egoísmo, alienação e falta de amor.
Ninguém precisa de rádio, Tv, políticos, internet para evangelizar. Nem dinheiro.

Precisamos distribuir Graça de Deus nas ações sociais, salvar nossas crianças que estão com fome, gritar em todos os lugares contra a injustiça, para que tenham oportunidade de experimentar, de fato, a Graça que salva e dá vida.


Cada vez que nos omitimos, enriquecemos ao invés de repartir, ou encolhemos a mão para fazer o bem, usamos a Graça de Deus contra o Deus da Graça.

Por isso, fazer o bem a todos, cuidar dos órfãos e viúvas, salvar nossas crianças da fome nas ruas, abraçar mendigos, visitar hospitais, centros de detenção e locais para dependentes químicos, ser a mão do amor de nosso Deus, é a única maneira aceitável de um cristão viver.
Quem nunca experimentou a essência da Graça de Deus,  jamais saberá o que é o amor. E não seremos melhores que as mentes do mal que dominam este século, e não descansam em impedir que pessoas pelas quais Jesus morreu, se percam e nem cheguem a conhecer a maravilhosa Graça do nosso Deus de amor.


Que a paz de Deus, a consolação do Espírito Santo e o amor de Cristo Jesus, nos alcance, apesar de nós mesmos,



Graça e Paz!

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