segunda-feira, 23 de maio de 2016

Vivendo e entendendo (pte.1) - Salmo 23

"Stress" indica o máximo de pressão que alguém pode suportar, sem se deformar. Quem já sentou sobre uma bola, sabe que, apesar de deformá-la, ela sempre volta ao normal. No entanto, ao sofrer o mesmo ato repetidamente, a bola não será a mesma, porque perdeu a capacidade de suportar sem deformar.
Assim somos nós. A exposição constante ao limite, dada a pressão que sofremos, causa desequilíbrio emocional, físico e espiritual, e essa exposição pode nos levar á impossibilidade de reagir e/ou á depressão. Sem respostas, há desequilíbrio, somos deformados e desconstruídos do original criado, entrando em depressão.
E um cristão também tem depressão. Aliás, a negação desse problema emocional é resultado da demonização a qual a igreja pós-moderna se expõe hoje, pois tudo é "demônio", e por ser espiritual, não se trata a doença como deveria, no início, combatendo tanto a carne (médicos) quanto o espírito (fé) - uma vez que os médicos cuidam do corpo, não da alma. A alma, na verdade, é relegada desde os tempos de Hipócrates (medicina) a algo inferior. 
A oração, para a alma, é o remédio para o corpo. O que o corpo faz, afeta a alma; e a forma como a alma é afetada, causa no corpo, enfermidades jamais detectadas por quem trata do corpo. Ou seja, a alma continua ferida, apesar da pessoa estar em tratamento. O que nos leva a crer que, na verdade, nunca terá cura total.

Oração deve ser constante. Aliás, "orar"+"ação", é falar com Deus e agir, concomitantemente. nunca deixe de orar, em hipótese alguma. Mas tem que agir/reagir. Se Jesus Cristo nos curou, amém. Caso contrário, cuide-se e busque tratamento. Vamos parar com essa mania de que o diabo tem culpa em tudo. Daqui a pouco ele irá se defender: "Olha, eu não fiz nada ali, hein?". Pessoas continuam tendo sintomas, definhando espiritualmente e emocionalmente, e ainda continuam a repreender o diabo no corpo dos outros. Por favor, parem!! A igreja pós-moderna, por força da sua pouca fé em Jesus, teme por nada acontecer em relação à cura, e apelam, hoje em dia, por vestirem-se de branco, no dia da oração forte (nos outros dias a oração é fraca?), algo como os terreiros de umbanda (descendência afro), influenciadas pelo espiritismo, com galho de arruda, sal grosso, objetos que curam, patuás, água benzida/batizada, óleo ungido no avião (mais perto do céu), correntes de peras coloridas significando proteção, retirando o diabo do corpo de pessoas crédulas, acreditando que ali está o Evangelho de Jesus Cristo.
Quando conhecemos a deus, entendemos o Evangelho, somos perdoados, entendemos que somos co-herdeiros em Cristo, filhos amados, recebemos também Suas promessas, cuidado e Graça de Deus. Mas para muitos, não é suficiente, pois não conseguem conviver com suas carências e desejos não realizados, e sendo isso que nos baliza, focamos no que não aconteceu e no que ainda não temos. Não há pensamento positivo, autoajuda aqui. A ajuda tem que vir do alto, e a fé não é fé em si mesma. Não há mais "esperar no Senhor", "resignação" ou "paciência". São termos abolidos hoje em dia.

Temos a Deus, o que nos falta então? Pensou nisso? Pior, é que a resposta é: "Ainda me falta. O Senhor não me basta". Assim, Deus acaba sendo uma fonte de stress para nós quando conhecemos o Evangelho, pois somos habitados pelo Espírito Santo, a Palavra de Deus nos inunda, nos transforma, mas basta olhar no espelho para nos constranger com o amor de Cristo (II Cor 3:18). Porque não vemos a transformação que deveríamos ter, mas vemos que a nossa alma está ferida. Diremos então que o Evangelho não funciona? Que esse "negócio" de fé e Jesus Cristo é bobagem? H
á coisas que não estão bem resolvidas, e que só na caminhada com Cristo é que serão solucionadas, verdadeiros buracos negros sugando nossa energia - o passado, o mal praticado, o pecado, por nós e contra nós, a alma angustiada, vazio no estômago.
Como assim "refrigera minha alma?"

(leia a continuação)

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