Paulo nos alerta para a sensação que o dinheiro dá, de poder, o que na verdade, neste mundo com a lógica de mamon, dá poder mesmo. Muda o caráter, muda a visão. Com o dinheiro você compra, inclusive os homens/mulheres que vendem tanto a sua alma quanto seu corpo, e até o espírito. A grande Babilônia caiu - caiu o mercado, as almas e os corpos que eram comercializados - o dinheiro nunca é neutro. Ele dá poder, seduz, cativa e faz exigências. Jesus deixou claro que não poderemos servir a Deus e ao dinheiro, até porque, o dinheiro exige ser servido, quer e faz escravos, e ao cairmos em seu encanto, passaremos a viver de acordo com seus imperativos, porque ele é vivo, existe, e pode-se apaixonar loucamente por ele - concorda que jamais nos apaixonaríamos por um copo de plástico no chão? Tem gente que ama o dinheiro e o que ele proporciona nesta lógica babilônica, e se acha "gente de bem". Sempre digo que paixão é diferente de amor, pois quem se apaixona pelo dinheiro serve o deus errado. Tire da sua cabeça que o dinheiro não tem poder, que ele é neutro, porque ele é potente, a ponto de rivalizar com o nosso Deus. Dinheiro, quando é dinheiro, tudo bem, mas quando toma o lugar de Deus, é mamon.
Paulo nos diz também para ¹não estruturarmos nossa vida na lógica de mamon, na lógica do dinheiro. No texto, ao lermos "Mas é grande ganho a piedade com contentamento" (v.6), assim como Jesus, devemos nos contentar com o que temos. Tem o que vestir? Tem o que comer? Esteja satisfeito. Se tiver o suficiente, e fora da lógica de consumo deste mundo babilônico, sua vida será significativa, talvez não em abundância do que você quer, mas o que necessitamos e seus bens, serão suficientes. A vida não se resume naquilo que possui (bens).
A lógica do mercado de mamon consiste em ²consumir e possuir em abundância, o que quer dizer acúmulo de bens e sua substituição. Se possui um celular Nokia 6600, quanto ele vale em relação ao Motorola G9? O iPhone 5 nada vale perto do iPhone 12! Assim como seus sapatos, calças, blusas que, sem limites, vão se acumulando no compasso da moda que diz "o que" usar, e te faz sentir sempre insatisfeito porque há algo sempre novo, da moda, com forte marketing dizendo que se você não tiver este novo lançamento, você está fora, não pertencerá mais à sua tribo, não será aceito e perderá uma oportunidade - eis a lógica de mercado e consumo de mamon! Que sua vida não dependa das coisas que o dinheiro pode comprar. Tem o que vestir? Tem o que comer? Que bom.
(leia a continuação)
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