Outrossim, se os judeus duvidassem de alguém que veio de Nazaré (Jo 1.46) não poderiam duvidar da descendência de Davi (herança) somado às promessas do Antigo Testamento da vinda do Cristo, o Filho do Deus vivo. Prova provada que Deus havia mesmo escolhido seu povo.
O Evangelho de Mateus cumpre o que se propôs, fortalecer a fé em Cristo junto aos judeus convertidos.
No Evangelho de Marcos temos outro alvo: os gentios, especificamente, os romanos. Os verbos mantém a ação do Evangelho, que ao meu ver, está sempre em movimento, sai de uma cena e entra em outra, onde palavras como "movimento" e " então" são comuns. Essas ações rápidas e contínuas tem uma razão para estarem no Evangelho de Marcos: a abordagem romana, humana, de Império, onde enquanto um manda o outro obedece, práticos e voltados para a ação.
É neste Evangelho que Jesus aparece como "servo" (Mc 10.45) que sofre pelo pecado de todos nós, no qual aparecem termos como serviço, curas, ministração, ou seja, um servo em favor do Seu povo. É o ministério sendo exaltado. Os romanos jamais aceitariam um "rei" (como no Evangelho de Mateus) para fazer sombra ao Império Romano, e é por isso que Jesus é apresentado como "servo" - uma maneira de fazer o povo romano compreender, onde servir era completamente contrário ao que os romanos compreendiam por "poder" (ou o ser servido).
(leia a continuação)
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