Faço parte da ACADH (associação cristã de ajuda e desenvolvimento humano), que cuida de 50 crianças no Vale do Jequitinhonha. É um projeto que almeja chegar a 300 crianças assistidas, que por força da lei teve que ser uma associação, onde cristãos cuidam, suportam e falam do Evangelho de Jesus a crianças carentes - principalmente no combate à miséria espiritual.
A primeira igreja também nasceu na pobreza, deixou lições preciosas ao enfrentar esse mal que Jesus mesmo nos disse que "Pobres, vocês sempre terão convosco, e poderão ajudá-los sempre que o desejarem"(Marcos 14:7b).
As lições desta igreja primitiva foram de enfrentamento desta pobreza, não tolerando tal situação onde as pessoas estão imersas. Demonstraram solidariedade, os irmãos, desfaziam-se voluntariamente de suas posses para ajudar a quem nada tinha.
Interessante neste texto é que a medida da ajuda, não era o quanto tinham e poderiam abrir mão, mas o quanto era a necessidade do outro irmão - este tinha o direito de ser assistido e cabia à comunidade assisti-lo.
Assim como Paulo nos alerta "quem não quiser trabalhar também não coma" (II Ts 3:10), o assistencialismo (praticado e recebido) é algo fácil de se fazer, pois quem dá, alivia o coração praticando o "bem" (para quem?), e quem recebe, senta na zona de conforto e espera até a próxima doação. Sim, porque ela virá. A sugestão aqui seria de uma ética do trabalho, ou seja, trabalhamos, também, por responsabilidade pelo outro, ou por solidariedade. Quando Paulo diz "A ninguém deveis nada" (Rm 13:8a), diz para que aquele que pode, trabalhe e sustente aquele que não pode (II Cor 8:13-15). A igreja, que somos nós, templo do Espírito Santo, tem que trabalhar solidariamente, e se assim fosse, a erradicação da pobreza já teria sido efetiva. Até para ensinar quem não crê. Pois a eterna busca pela igualdade de condições, entre as nações, o partilhar, quem tem mais partilha com quem tem menos, onde todos trabalhariam por todos, já que todos somos irmãos, uma vez que todos teríamos um mesmo Pai. A proposta da fé cristã é algo do trono de Deus, para o homem, sua humanidade que deságua na solidariedade, gerando uma comunidade - eis nossa meta! Deus determinou, desde o princípio desta igreja, um modelo de economia e parâmetro para a divisão das nações, suas riquezas e seus beneficiários.
O assistencialismo dito aqui é como praga que acaba com a lavoura. Ao doar roupa, sopão no inverno, tênis e roupas usadas e rasgadas, que na verdade não utilizam mais, portanto doam do que lhes sobra, e não doam de coração, suprem a necessidade momentânea. Semana seguinte, todos os pobres estarão necessitados novamente. E tudo se retroalimenta, num looping sem fim.
Não há como não lembrar da mulher samaritana, uma vez que a água que Jesus lhe daria, jamais ela teria sede novamente. Continua valendo para nós ainda hoje.
(leia a continuação)
A primeira igreja também nasceu na pobreza, deixou lições preciosas ao enfrentar esse mal que Jesus mesmo nos disse que "Pobres, vocês sempre terão convosco, e poderão ajudá-los sempre que o desejarem"(Marcos 14:7b).
As lições desta igreja primitiva foram de enfrentamento desta pobreza, não tolerando tal situação onde as pessoas estão imersas. Demonstraram solidariedade, os irmãos, desfaziam-se voluntariamente de suas posses para ajudar a quem nada tinha.
Interessante neste texto é que a medida da ajuda, não era o quanto tinham e poderiam abrir mão, mas o quanto era a necessidade do outro irmão - este tinha o direito de ser assistido e cabia à comunidade assisti-lo.
Assim como Paulo nos alerta "quem não quiser trabalhar também não coma" (II Ts 3:10), o assistencialismo (praticado e recebido) é algo fácil de se fazer, pois quem dá, alivia o coração praticando o "bem" (para quem?), e quem recebe, senta na zona de conforto e espera até a próxima doação. Sim, porque ela virá. A sugestão aqui seria de uma ética do trabalho, ou seja, trabalhamos, também, por responsabilidade pelo outro, ou por solidariedade. Quando Paulo diz "A ninguém deveis nada" (Rm 13:8a), diz para que aquele que pode, trabalhe e sustente aquele que não pode (II Cor 8:13-15). A igreja, que somos nós, templo do Espírito Santo, tem que trabalhar solidariamente, e se assim fosse, a erradicação da pobreza já teria sido efetiva. Até para ensinar quem não crê. Pois a eterna busca pela igualdade de condições, entre as nações, o partilhar, quem tem mais partilha com quem tem menos, onde todos trabalhariam por todos, já que todos somos irmãos, uma vez que todos teríamos um mesmo Pai. A proposta da fé cristã é algo do trono de Deus, para o homem, sua humanidade que deságua na solidariedade, gerando uma comunidade - eis nossa meta! Deus determinou, desde o princípio desta igreja, um modelo de economia e parâmetro para a divisão das nações, suas riquezas e seus beneficiários.
O assistencialismo dito aqui é como praga que acaba com a lavoura. Ao doar roupa, sopão no inverno, tênis e roupas usadas e rasgadas, que na verdade não utilizam mais, portanto doam do que lhes sobra, e não doam de coração, suprem a necessidade momentânea. Semana seguinte, todos os pobres estarão necessitados novamente. E tudo se retroalimenta, num looping sem fim.
Não há como não lembrar da mulher samaritana, uma vez que a água que Jesus lhe daria, jamais ela teria sede novamente. Continua valendo para nós ainda hoje.
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