segunda-feira, 17 de maio de 2021

O outro e eu (pte.3) - Gn 1.26,27

Não é possível escolher ser sozinho, porque nunca somos ou estamos sozinhos. Pode haver a opção da solitude, mas nunca estará sozinho. Tenho em mim meus ancestrais (DNA), pais, avós, bisavós - portanto, não sou sozinho. Nem autosuficiente, pois carecemos uns dos outros para sobreviver, socializar, construir nossa identidade e humanidade. Não há ser completo sem comunhão, relacionamento.

O poder do outro (outramento) sobre nós advém da simples razão de que eu ou você, jamais teríamos vida sem o próximo. Não haveria construção alguma do meu ser sem o próximo. Duvida? São muitos que afetaram minha vida a ponto de ser quem eu sou hoje, já que dependo do próximo para chegar na minha casa ou estar onde estou (estrada, carro, rua, luz, água, combustível, chuveiro quente, dinheiro, etc). Em tudo há alguém que eu dependo, e este é o poder do próximo: dependo do próximo para algo em minha vida. Mesmo se achar que não depende de tanta gente assim, ao estar numa Igreja, você chega está tudo limpo, não? Alguém limpou. Há luz e água, não? Alguém instalou e pagamos para chegar até você. Alguém construiu ou alugou este imóvel, não? Se tem emprego, alguém o contratou, não? Seu chefe, o policial, o locador do imóvel, o encanador ou eletricista, tem poder sobre você? Sim.

É dessa forma que somos plurais, estar numa relação com o próximo não é opção, mas uma constituição natural do ser humano. É aqui que você descobre que sim, sou guardador do meu irmão, porque fomos criados como unidade plural.

(leia a continuação)

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